terça-feira, março 21, 2006

State-of-the-art ou a arte de reaparecer no nevoeiro ( II )

Portas voltou aos ecrans da sic notícias. O programa quinzenal tem cada vez mais espectadores que desesperam durante 15 dias para ouvir este agora comentador político. Os que gostam e os que detestam ouvi-lo.

Portas esteve mais solto, continuando muito politicamente correcto, mas sempre num tom muito calmo e convicto, a espaços roçando ainda a pose de Estado.

Ninguém deixa de reparar nas agora longas patilhas, no cabelo sui generis e nos dentes que quase cegam de tão brancos. Uma clara americanização do agora mais conservador Portas, muito preocupado com a sua imagem. Nada é feito ao acaso, cada passo dado é pensado e repensado ao pormenor.

Melhorou claramente em relação ao programa anterior. Muito diplomático em relação ao CDS-PP, mas lá deixou sair que considera um erro o congresso extraodinário.

1 comentário:

Terra e Sal disse...

Meu Caro Carlos Martins:
Com todo o respeito pessoal que me merece, assim como o seu Blog permita-me algumas considerações.
No seu terceiro parágrafo, fiquei um bocado assustado…
De repente confundiu-me, parecia que estava a descrever o “Zé Castelo Branco”
Mas não.
Era o Paulo Portas!

Reconheço que independentemente das suas ideias, de que não comungo, Paulo Portas é um bom comunicador.
Ainda não tive oportunidade de o ver e ouvir, mas quero fazê-lo um dia destes.
É daqueles que nos obriga a estar atentos e na minha opinião, tem um tipo de comportamento diferente do Marcelo R. Sousa, para melhor.
Tem pensamentos mais sofisticados a fluírem com determinado rumo, que é o seu, que é de algum modo o dos Democratas Cristãos.

Quanto à pose que diz que ele possui, ou ainda possui, permita-me que discorde de si.
Afinal o que é ter pose de Estado?
Não compreendo, sinceramente não!
Faz-se pose para mostrar uma coisa que se não é?
A pose de cada um de nós, está latente na educação que se teve ou se adquiriu, penso.
Ela está nos princípios morais, que fazem parte integrante da personalidade e caracter de cada um.
Não é para se mostrar, é para os outros descobrirem!

De repente fez-me lembrar um artigo de opinião que li há tempos no Diário de Aveiro.
Havia em tempos idos, um “menino” na cidade, que quando apertava a mão a alguém mais “pobrezinho” ia de imediato lavar as mãos.
Aquilo era de algum modo uma pose, que traduzido, era uma atitude, que espero esteja corrigida.

Depois penso que a República é constituída por pessoas do Povo, e o Povo é o Estado.
A pose de um homem de Estado, está na dignidade com que desempenham as suas funções, e já agora, acho até, que o Portas no meio daquela “batucada” do Santana Lopes,nem se saiu muito mal.
Mas se fosse o aspecto visual que valesse, andavam todos a “bombalear-se” como a “Sofia Aparício”ou como atrás disse como o Zé Castelo Branco.
Desculpe lá esta minha manifestação interpretativa, e receba com consideração os meus cumprimentos.
Terra & Sal