Sábado o Dr. Paulo Portas não foi ao Conselho Nacional do CDS-PP. Preferiu falar aos jovens. Preferiu partilhar um pouco da sua experiência com a Juventude Popular de Aveiro. Preferiu apadrinhar a tomada de posse da CPC de Espinho da Juventude Popular. E ao que me parece, bem.
Folgo em saber que nem sempre mantém a sua postura do politicamente correcto do programa "Estado da Arte". É bom saber que continua vivo o político que movimenta e entusiasma a Direita portuguesa e que suscita ódios e revoltas na Esquerda portuguesa.
Portas falou de História, falou de Esperança e falou dos Jovens. Falou de Liberdade como um valor de Direita.
Falou de História quando referiu que Portugal em 15 anos sofreu alterações nas suas fronteiras como há muito não se via. De 1974 em que se viu reduzido a Portugal Continental e Ilhas, à entrada na União Europeia. Mas disse também que não devemos ter vergonha do Passado. Da nossa História. Afirmou (e eu aplaudi de pé) que «o "Fascismo" - e sublinho Fascismo entre aspas porque científicamente não existiu Fascismo em Portugal, existiu sim uma ditadura autoritária, e nós sempre repudiámos as ditaduras -, faz parte da nossa História». Mais, não nos devemos envergonhar do 24 de Abril, porque se não tivesse existido um 25 de Novembro não haveria Liberdade.
Democracia não é um valor, mas sim a Liberdade. Democracia é um sistema. Imperfeito. Como tal melhorável.
E falou dos jovens e da esperança. Falou de como os jovens não estão presos ao estigma da Constituição feita em 1975. E são livres de a criticar. Falou da esperança e como ela pode significar sonhar com um País que não deixe os seus melhores quadros partir por não lhe dar oportunidades.
Mas a mensagem que penso ser a mais importante é a da Liberdade. Não é possível haver liberdade sem livre iniciativa. Com entraves ao investimento. Que maior liberdade pode haver que a não intromissão do Estado na Economia, nas decisões económicas dos privados? Liberdade também em relação à propriedade privada. À livre iniciativa. Esta Liberdade só existe à Direita. A Liberdade não é um valor de Esquerda. Nunca foi. A liberdade à Esquerda é interesseira, populista, hipócrita.
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