segunda-feira, setembro 29, 2008

O Plano era neo-liberal ou intervencionista?

Era para evitar risco sistémico. 

Mas republicanos votaram contra porque era intervencionista, e democratas votaram contra porque era pagar a ganancia de Wall St com dinheiro dos contribuintes.

Afinal o grande problema nao era o Neo-Liberalismo, foi mesmo a politica. Politica baixo nível. Rasteira. Alias, onde está sempre o problema: no Estado. O Estado que quis ter política social para incentivar quem nao podia a comprar casas; O Estado que nunca falou em ganancia quando entravam milhares de milhoes de impostos; O Estado que só regula quando interessa, o que interessa. A ganancia é uma emoção humana inevitável, que permitiu o crescimento espetacular do Mundo nos ultimos séculos. O Estado deveria regular. Quando faz mais que isso, faz asneira. Corrigir o problema é apenas corrigir os problemas que deixou criar.

Os contribuintes pagam a crise (II)

E ja agora, quem nao quis ter casa propria nos ultimos 20 anos ? 

Afinal todos fizemos a bolha. Agora aguentem-se.

Os contribuintes pagam a crise

Entao, pagam os mais ricos.

Ou será que o sistema progressivo de tributaçao so serve de desculpa para solidariedade social quando interessa?

E ja agora, quem tem contruido mais para os impostos do Estado ? Impostos sobre lucros, que levam impostos sobre mais valias em cima foram parar aonde ?


sábado, setembro 20, 2008

terça-feira, setembro 16, 2008

It's the economy, stupid !

Curiosas as reacções dos candidatos à Casa Branca à crise financeira.

O Republicano McCain defende que a AIG deve poder falir, e que Wall Street é um Casino gigante (esta ultima parte é uma frase celebre de Nick Leeson ). Curioso é que fez parte de um Governo que já salvou a Fannie Mae, a Freddie Mac, e o banco Bear Stearns... E depois, se a AIG falir, o que acontece ao "Casino" ? E à economia? E ja agora, o Presidente convem ser responsável, nao basta saber mais que George W. Bush.

Já o Democrata (e supostamente menos pro-capitalista) Barack Obama defende a intervenção do Estado na AIG. Mas curiosamente foi contra a intervenção do Estado na Lehman Bros. Ainda nao está no poder e já escolhe que agentes devem fazer o que e quando. Neste caso, quais sobreviverão. Curioso também que nao conseguiu ter uma visão sobre as GSEs Fannie Mae e Freddie Mac, cuja falência seriam, essas sim, extraordináriamente graves para todo o sistema de hipotecas dos EUA, e afectariam directamente os americanos. Obama também não percebeu que todos estes bancos e seguradoras estão a falir porque o Estado quis proporcionar casas proprias aos americanos. Disse, contudo, algo muito acertado hoje: as rating agencies nao servem para nada e devem ser revistas. Claro, o que falhou em tudo isto foi a regulação, e é isso que é preciso mudar.

Nenhum dos candidatos parece estar propriamente a par do que está a passar nem da gravidade da crise... O que vale é que sempre percebem mais disso que George Bush, cuja única aparição publica esta semana foi para falar de ... bolsas de estudo.

Humor Negro, nao fosse verdade

O Senhorio da Lehman Brothers em Canary Wharf em Londres tinha a renda assegurada pela...AIG!

A AIG

Dado o post abaixo, que dizer do possível falhanço da AIG?

Para já, que os perigos de risco sistémico é incomparavelmente maior, isto porque a AIG sempre foi tida como uma empresa segura e sólida, pelo que principalmente as suas obrigações em regra surgem nos portfolios. A dívida era notada como AAA, ou seja, o nível de rating mais alto.

Se a AIG falir, as obrigações mais seguras podem eventualmente pagar algo como apenas metade do seu valor facial (ou até menos).

Quanto aos seguros, em regra estes são assegurados pelo regulador, pelo que este parece ser o menor dos problemas ligado à AIG...

A Liquidação da Lehman

É necessário esclarecer porquê os bancos podem eventualmente estar expostos à Lehman e a sua falência (discutiremos a AIG mais tarde) e acima de tudo, a que níveis.

Assim, há obviamente a exposição directa a acções, que obviamente vale zero (ou perto disso hoje, enquanto nao é decretada falencia oficialmente).

Pode também haver exposição à dívida titulada da Lehman, e aqui convem esclarecer melhor que tipo de dívída existe. Em caso de liquidação de uma empresa (como acontece na Lehman), os activos devem cobrir os passivos segundo uma certa ordem: primeiro deverão ser ressarcidos os detentores de dívida senior, depois os detentores de dívida subordinada (e aqui inclui-se as chamadas acções preferenciais, subordinadas a toda a restante dívida) e so no fim destes credores é que os accionistas podem receber o remanescente, se houver. No caso da Lehman, tanto os accionistas, como os detentores de dívida subordinada nao terão direito a absolutamente nada. E mesmo os detentores de dívida senior, apenas receberam (estima-se) 25 a 35% do par (notional do valor titulado na dívida).

Por último, surge a exposição à Lehman via contra-parte, isto é, acordos normalmente usados nos instrumentos derivados, onde ha habitualmente apenas troca de cash flows e nao troca de notional (por vezes, haverá tambem obrigatoriedade de colaterais, consoante o instrumento derivado). Este tipo de exposição normalmente nao entra na contabilização da liquidação, e sao desfeitos antes da falencia oficial. Provavelmente este tipo de exposição gerará perdas bem mais ligeiras que os outros tipos de exposição acima mencionados.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Ultimo Capitulo da Lehman: o XI

Ja ha muito se desenhava este cenario, embora fosse o mais catastrofico e menos desejavel para todos: a falência da Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimento dos EUA, com 158 anos de história, sobrevivendo a crises dos caminhos de ferro, à grande depressão, ao crash de 1987 e a crises financeiras como a S&L e a falência da LTM.

Contudo, foi o fim para a Lehman. Hoje os empregados viram os seus emails vedados, e muitos deles empacotaram os seus pertences. A desilusao era enorme. A grande maioria, nem o salário deste mês vai receber. Salas inteiras vazias, milhares de subito no desemprego. E um arranha-céus a 100 m de Times Square (comprado ha 7 anos por 600 milhoes USD e avaliado em mais de 1000 milhoes) com dezenas de andares.

O fim-de-semana foi longo. Barclays e Bank of America perfilavam se como possíveis compradores, tudo gerido e apadrinhado pelo Fed, que contudo nao queria e nao iria contribuir para aumentar o risco moral de salvar mais uma empresa privada. E assim aconteceu. So que nenhum dos bidders avançou para o deal. 

O Bank of America preferiu comprar (fusionou-se) com a Merrill Lynch (o terceiro maior banco de investimento americano e também ha muito tempo em situação muito dificil), e o Barclays nao chegou a acordo com o Fed para as condiçoes de compra, nomeadamente quanto à manutenção das perdas do portfolio de crédito da Lehman.

E assim, na madrugada de ontem, a Lehman Brothers - o banco criado por emigrantes judeus para transaccionar contratos de algodão ha 158 anos - fez "Chapter 11". 

Desta vez nao houve intervenção do Estado nem dos contribuintes. Acabou o moral hazard. Será ?

domingo, setembro 14, 2008

Sobre Rui Pereira...


...apenas uma pergunta:

Como é possível ainda ser Ministro da Republica Portuguesa !?

Aposto que a resposta tem a palavra "Maçonaria" incluída.

Gordon Brown em maus lençois


O sucessor de Blair como PM no Reino Unido está em maus lençois para manter a sua cadeira do poder.

Depois de rejeitar eleiçoes antecipadas no reino logo após a sucessão a Blair pelas sondagens darem larga vantagem aos Tories, e depois de falhar como Primeiro-Ministro os objectivos de crescimento económico traçados por ele próprio mas como Chancellor of the Exchequer, eis senão que agora é o proprio Partido que pede a sua substituição.

Com o aproximar das eleições e com os Tories de Cameron ainda em vantagem, são muitos os MPs de Brown que conspiram para pedir congresso para a sua substituição.

Vida difícil portanto para os Socialistas no Reino Unido, cuja aura de Blair (que soube sair em alta) mostra agora como foram inócuas as suas políticas, e da fragilidade do tipo de actuação que tantos gostam de comparar a Socrates por cá. 

Vai ser uma hard landing para a economia e para os britânicos. Mas enquanto Blair estava no poder, o marketing e a imagem tudo escondiam...

sábado, setembro 13, 2008

Credit Crunch continua: o pico da crise (??)


Eis que surgem os proximos alvos do mercado: a seguradora AIG e o banco Washington Mutual.

A AIG é uma das maiores seguradoras do mundo, no entanto acumulou um portfolio superior a 700bn USD de mortgages e agora prepara-se para sofrer a pressao do mercado para resolver o problema em balanço. Ou vende os activos toxicos, ou arranja novo capital para cobrir as margin calls relacionadas com as perdas desse portfolio.

Por outro lado, também o banco comercial Washington Mutual vive dias dificeis. Mais uma vez, as posiçoes relacionadas com o mercado hipotecario estão no centro do problema. A solução apontada passa obviamente por aumento de capital, mas também pela venda de activos, nomeadamente depositos e outros titulos que permitam encaixe rapido de liquidez.

E a todo o momento espera-se a soluçao para a Lehman Brothers, cuja venda é nesta altura incontornavel.

sexta-feira, setembro 12, 2008

Lehman... sobrevive mais um dia...amanha logo se ve

A Lehman ainda nao foi hoje que deixou de existir tal como a conhecemos ha quase 150 anos. Apesar de mais um dia fortemente pressionada, tanto ao nivel do preço da acção, como acima de tudo ao nivel do board, sobreviveu mais um dia.

Certo é que depois de hoje, nada será igual para a Lehman. As alternativas sao muitas, mas poucas agradaveis.

Ou é dilacerada em varios negocios e vendida separadamente; ou arranja rapidamente comprador solido que permita robustez no balanço; ou continua sentada no monte de liquidez que detem actualmente, e tenta aguentar a onda, sendo que a cada dia que passa o seu franchising diminui drasticamente de valor.

Tambem me parece evidente que dificilmente a Lehman pode simplesmente "falir" ou entrar em Chapter 11. O risco sistémico associado é terrivelmente superior ao da falência da Bear Stearns (relembro que a Bear Stearns nao faliu, foi comprada pela JP Morgan com financiamento da Fed).

Por outro lado, isto só vem comprovar da eficiencia do mercado, que pune severamente quem comete erros graves, como a compra de activos de risco elevado mas mais avaliado.

E se pensarmos em Portugal...será que quem comete erros é punido pelo mercado ?

Rentrée do CDS-PP em Aveiro

Aí está o novo ano político. Depois de férias que se querem revitalizadoras, mas também cheias de reflexão, eis que o circo político está de volta.

O Bloco não pára, e portanto, nem voltou. O problema é que parece que nunca se vai embora, apesar de acrescentar zero à qualidade política.

O PCP vem sempre com a força do Avante, mas não gosta de ser fiscalizado nas contas; isso são coisas de capitalistas porcos.

O PS veio com a brilhante ideia da coisa pública. Ainda bem que vão estuda-la, porque até agora só souberam esbanja-la. Respublica, eis o próximo centro de emprego socialista. A fila ja está à porta da sede em Belém.

O PSD...bem...nem sei que diga... São tantos a querer marcar a abertura do ano político, que nem sei se começaram o ano político nas Universidades de Verão, na Sic Notícias ou no Comentário Semanal do Professor Marcelo...

E para nao ser acusado de só dizer mal dos outros, também o CDS-PP quis marcar a abertura do ano político com um acontecimento do ano passado. Ninguem deu por ela, mas o Dr Nobre Guedes parece ter abandonado a Vice-Presidencia do Partido e não avisou. Ninguem avisou. Mas também ninguem deu pela falta...

Mas como é preciso uma reentrada formal, este Sábado o CDS-PP fará a sua Rentrée oficial, desta vez em Aveiro. Porque o CDS-PP é parte de Aveiro e Aveiro é parte do CDS-PP. Independentemente de quem lidera.

Ai Teixeira...valha-nos os Santos...

O nosso Ministro das Finanças veio hoje afirmar que o Governo nao pode estar todos os dias a actualizar as previsoes de crescimento e de inflação portugueses.

Muito bem.

Eu diria que se acertassem (ou pelo menos poupassem no show off...) nao as teriam de fazer...

Nao deem mais ideias aos Socialistas...

Agora o Governo Norte-Americano planeia implementar um incentivo de 25bn USD / ano para ajudar as contructoras de automóveis americanas a mudarem a tecnologia usada nos carros, isto é, para produzirem carros menos poluentes. A ideia na Europa parece usual, tal é a frequencia com que os governos a usam a custo dos contribuintes, sem olhar a regras de concorrencia desleal, mas nos EUA é algo de raro.

Tudo nao parece passar de mais um incentivo estatal encapotado, que servirá para cobrir as perdas do sector (lideradas pela GM e Ford) que acumularam so este ano cerca de 26 bn USD de losses fruto da conjugação de dois factores fundamentais para a industria automóvel: o crédit crunch (que também afectou os auto loans, não se restringiu às mortgages) e a subida do preço do crude oil... É obvio que o mercado nao se queixa quando ve entrar free cash no sistema, mas nao deixa de ser mais uma medida populista daquele que deve ser provavelmente o pior Governo da História dos EUA.

E Novembro que nunca mais chega... (e nem sequer acho que a solução passe por Obama...basta deixar de ser Bush...)

terça-feira, setembro 09, 2008

Estados Socialistas da América

Chamam-lhe o fim do Neo-Liberalismo. Chamam-lhe a implosão de uma ideologia. Riem-se com a tragédia de milhões de americanos, e com o fim da política social dos EUA como hoje a conhecemos. Talvez... Talvez não.

Precisamente o contrário. Esta é a prova cabal das contrariedades da política intervencionista do Estado. Antes e depois do bailout da Fannie Mae e Freddie Mac. 

O antes. 

Depois da Grande Depressão, os EUA decidiram criar a Fannie Mae. E depois a Freddie Mac, criada em 1970, em tempo de fraco crescimento económico. Intervenção do Estado que permitiu injectar liquidez no mercado e acelerar o processo de recuperação económica. Resultado: faliu em ruptura e incapacidade de se manter em economia livre; pagam os contribuintes. Neste caso, pagam os actuais contribuintes pelo bem dos contribuintes passados. Nao passou de impostos diferidos no tempo.

Mais. Depois das crises petroliferas dos anos 70 e da recessão do fim dos anos 80, o Governo Norte-Americano decide potenciar o ambito de acção das chamadas GSE (government sponsored enterprises) - leia-se, organizações cujo financiamento é pago pelos contribuintes -, para permitir que todos os americanos possam possuir casa propria. Mesmo que nao tenham condições económicas para o fazer. (Soa a socialismo, não?). Estas organizações, dado o apoio implicito de governo americano, permitem-se assegurar e mesmo securitizar mortgages e empacota-las em novos activos vendidos com uma margem, lucro para as Fannie e Freddie. Tradução: contribuintes pagam para ter uma entidade que tome os depositos de todos (mesmo os que nao deviam poder pedir emprestimos) e torne esses emprestimos um risco de todos. 

Contudo, estas GSEs nao eram empresas publicas. Os accionistas eram privados. Podiam investir (se quisessem) neste modelo de securitização, baseado no Estado. Mas o Governo so garantia a dívida. 

Como já tinha aqui dito em posts anteriores, nao era garantido que os investidores (chamem-lhe especuldores, ou o que quiserem) se salvassem em caso de bailout. E assim aconteceu. Ou seja, os "odiosos" especuladores perderam o seu investimento, e os contribuintes vão continuar a pagar para que todos tenham casa propria. Mesmo que nao queiram.

O Depois.

O Tesouro americano decidiu tomar firme (ou pelo menos ter a opção de tomar firme) as duas GSEs este domingo. Na prática, o Governo vai entrar como credor das GSEs em Preferred Stock (com seniority a todas as outras Preferred Stocks), o que apenas significa que garante (como já garantia) a dívida senior das GSEs e que toda a divida subordinada às Preferred Stock onde o Tesouro se coloca, provavelmente valerá muito pouco (ou mesmo zero).  [ convem aqui referir que preferred stock é um hibrido entre equity e dívida. funciona como uma acção, mas o pagamento de dividendos aproxima-se ao cupão de uma obrigação de dívida. Em caso de liquidação de uma empresa, apenas terá direito a reembolso de capital após a totalidade dos detentores de dívida senior serem reembolsados. Da mesma forma, os detentores de equity (acções) so receberão apos todos os detentores de divida senior e preferred stock serem reembolsados]

Traduzindo: os contribuintes garantem injectar 200 billion (200 mil milhoes) de USD se as GSE nao conseguirem sobrevivier. Vao pagar para alguns contribuintes nao perderem a sua casa.

Ora, tudo isto me parece tudo menos liberalismo económico. Não estou a alegar que os EUA nao sao um Estado liberal. Estou antes a alegar que, devido a pressões várias (há eleiçoes em Novembro...), o Governo americano abdica dos seus ideiais. E como a Historia sempre veio a confirmar, comete erros quando o faz.

Os contribuintes nao deviam ter que pagar para que quem nao podia ter créditos, os continue a ter, so para nao perder a casa que nunca devia ter tido. Os contribuintes nao deviam ter que pagar para salvar empresas publicas, feitas com bases erradas. Os contribuintes nao devem ter que pagar para ter show off pre-eleitoral (va lá que nao se lembraram de formar uma "Fundação Republicana para pensar na coisa pública...).

As GSE deviam ter falido. Com todas as consequencias que isso poderia acarretar. O mercado sempre sobreviveria. Provavelmente melhor do que sobrevive depois disto, porque esta intervenção abre brechas, o chamado risco moral: se se salva uma, ou duas, porque nao todas?


Lehman Bros.: e agora?


No contexto da dificuldade do sector bancário e financeiro dos EUA, surge mais uma possível vítima no horizonte.

Foram já vários os dias no último ano em que esteve na agenda do dia o possível chapter 11 da Lehman, mas hoje essa possibilidade foi ainda mais forte, depois de uma queda de mais de 40% na valorização na sessão de hoje.

Depois do colapso da Bear Stearns e da Northern Rock (entre muitos outros menos conhecidos e de menor dimensão), a notícia de hoje que dava a conhecer o fim das negociações do banco de investimento americano com um fundo koreano para a venda do departamento de investment management (ou qualquer outra forma de entrada no capital da Lehman), as acções entraram em queda livre.

A Lehman Brothers é um dos bancos de investimento mais proeminentes de Wall St, e inclui(a)-se nos 5 maiores dos EUA.

Muitos foram os rumores no último ano que a sua capacidade de financiamento e acima de tudo a sua liquidez estariam seriamente afectadas pelas perdas no portfolio de crédito hipotecário e consequente incapacidade de reforçar capital, e repor os rácios. Todavia, sempre as notícias de falta de liquidez foram rejeitadas.

Ainda hoje, é possível que a Lehman Bros. detenha liquidez suficiente para enfrentar o mercado, mas será suficiente para sobreviver à pressão dos agentes que todos os dias apostam na sua falência ?

sexta-feira, setembro 05, 2008

segunda-feira, setembro 01, 2008

US Elections: os VPs

Agora que as eleiçoes norte-americanas entram na recta final, surgem finalmente os nomes para a Vice-Presidência. "100 milhões de americanos escolhem o Presidente, apenas um escolhe o Vice-Presidente".

Depois do verdadeiro circo mediático que consistiu a Convençao Democrática, com um festival digno de uma produçao de Ediberto Lima, onde perfilaram as estrelas do Partido: Michelle (a esposa), Hilary (a opositora), Bill (o marido infiel da opositora e former President), Biden (o Vice) e por fim Obama (o próprio), aguarda-se a Convençao Republicana.

Já é conhecida a nomeada para VP, assim como a reduçao do circo republicano ao minimo essencial (ja está confirmada a ausencia de George W. Bush... que conveniente!) devido a eventuais medidas de emergencia devido à passagem do Gustav. Nesta altura ja se sabe que muito provavelmente nao será tao grave quanto antecipado.

Um verdadeiro furacao está a retirar protagonismo aos candidatos. Convem em todo caso perceber melhor o que cada um dos candidatos e VPs apresentam. (to follow up)