domingo, fevereiro 26, 2006

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Thoughts...Questions... ( V )

Será que a passagem de uma capacidade de endividamento utilizada em Jan de 2005 de 86.21% para 117.81% em Jan de 2006 é responsabilidade do novo executivo? Será possível em 2 meses agravar tanto o rácio? Não será mais plausível outra justificação?

Remember "Thoughts...Questions... ( IV )"

Escrevi Domingo, Fevereiro 19, 2006

Thoughts... Questions... ( IV )
117.81...

O que era isto afinal ?

117.81% é a capacidade de endividamento utilizada da CMA em 1 de Janeiro de 2006.

Quanta areia foi atirada para os nossos olhos durante os mandatos anteriores...?

Mas não nos atirem mais, ao menos sejam oposição com postura construtiva. Aveiro acima de qualquer interesse partidário. Sempre!

What is the Meatrix ?

http://www.themeatrix.com/portuguese/


[via E depois do mesmo... ]

Liberais

Aznar defende privatização de empresas a 100%

A liberalização de todos os mercados e a privatização de empresas foi uma das principais medidas adoptadas pelo governo de José Maria Aznar para fomentar o crescimento económico em Espanha. Mas, ao contrário das estratégias que têm sido seguidas em Portugal, o ex-governante espanhol optou por privatizar a totalidade do capital das empresas, em vez de pequenas parcelas que lhe permitissem arrecadar "algum dinheiro para colmatar o défice".

José Maria Aznar, que ontem discursou no II Congresso de Comércio Moderno, promovido pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), frisou que a privatização da totalidade do capital das empresas permitiu a criação de mais concorrência e do desenvolvimento do mercado. As telecomunicações, por exemplo, "passaram de 2% para 8% do PIB".

O ex-primeiro ministro espanhol apresentou os números que encontrou quando assumiu a liderança do Governo, em 1996, e os que deixou em 2001. "Em 1996, a Espanha era um país com falta de confiança, com uma taxa de desemprego na ordem dos 24% e tinha uma situação económica grave. Não cumpríamos nenhum dos cinco requisitos para aderir ao euro."

José Maria Aznar contou que muitos o aconselharam a deixar para uma "segunda fase" a adesão à moeda única, incluindo o italiano Romano Prodi. Apesar disso, decidiu que "a Espanha ia avançar com os primeiros. A Itália podia ficar para trás, se quisesse".

Entre outras medidas, Aznar decidiu congelar os salários para os funcionários públicos e aprovar o "maior pacote liberalizador dos últimos 50 anos". Meses depois, "a Espanha cumpria todas as condições para ser membro fundador do euro".

Com um défice de 7% em 1996, em dois anos passou para 2% e em quatro anos para o equilíbrio. "Estabelecemos um programa de estabilidade em todas as contas públicas. O gasto esteve sempre abaixo do crescimento da economia."

Também a reforma fiscal foi um dos passos importantes. Em 1998 e 2001 os impostos foram reduzidos para todos os contribuintes, com maior incidência na classe baixa. A nível laboral, foram introduzidas leis mais flexíveis.

in DN 2006-02-24

tempos modernos, créditos de sempre

Malparado nos créditos rápidos é de 2%

Os créditos rápidos e de montantes reduzidos apresentam um ritmo de crescimento acelerado em Portugal e deverão ser os que mais aumentarão no futuro, afirmou o administrador-delegado do Banco Cetelem em Portugal. Para Christian Guiraud, os portugueses vão pedir cada vez mais empréstimos de pequenos montantes e cada vez menos créditos ao consumo de maior volume. (cont.)

in DN 2006-02-24

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Carta Aberta à FIFA

Dear Mr FIFA Ticket Department Officer,

My name is Carlos Martins and I am a Portuguese football lover. A few months ago, me and a friend (Francisco Dias) decided we wanted to watch a World Cup match, namely any Portugal game, in Germany, Summer 2006.

We applied for tickets, as everybody else did. The draw came up, and we had got no ticket drawn. This came as a surprise; however, we accepted our fate and waited for the next ticket selling stage, the current stage. Also surprisingly, very few tickets are available, and most of them appear to be to the so called “obstructed view” seats. So we wait. We wait to have to luck of after refreshing the website 60 times per minute, at some point a ticket (in this case, two) might became available for a match involving the Portuguese team. No luck so far.

We are obviously getting desperate. Obviously, we believe in FIFA and its honesty. We believe in Football. Furthermore, we love football. We believe that FIFA’s policies in order to stop illegal ticket selling have been carried out successfully. We believe that all the security measures surrounding a ticket purchase would result in fair ticket distribution, allowing those who love football to watch the games, paying the fair price, and not providing illegal fees and profits to illegal sellers. Hence, it seems that all the matches are sold out, according to the official ticket website.

However, because we love football and because we strongly desire to be in Germany supporting our team, our national team, we have been trying to desperately understand why there are not tickets available.

The answer is quite easy. More, is quick, it is accessible to everyone. As easy as typing “world cup tickets” in a web search engine, like Google, and at least 4 different illegal ticket selling websites are available. With prices according to the demand-supply market conditions, of course, and therefore, with a rather massive amount of profit included.

Here are the websites, in order to clear any possible doubt:


http://worldcupfootballtickets2006.com
http://www.germany2006tickets.com
http://www.euroteam.info
http://www.ticketcity.com/worldcuptickets.asp

Of course, there are many others available, including bidding websites, like Ebay.

Given all this, we would like to know why does FIFA allow these situations to happen. Moreover, why the strict security measures regarding ticket purchases are imposed, if they simply do not seem to work? Why must we pay a fee to an illegal ticket seller in order to make our dream of watching a Portugal World Cup match come true? Why does FIFA continue to be complacent with this situation?

But most important of all: why do two football fans are not allowed to watch their dream World Cup match, due to so many illegal ticket selling which are not prevented by the supposedly world football supervisor?

This e-mail is going to be sent to contact@fifa.org address but also to the press. This situation must become public. It is extremely shameful for FIFA and for football!


Best regards,

Carlos Martins

Francisco Dias

Neo-Liberalismo

O Blog já ultrapassou as mil visitas desde que pus o counter. Obrigado a todos os leitores mais ou menos assíduos por estimularem a minha escrita e o meu prazer de dar a conhecer a opinião de alguem convictamente liberal nas ideias, embora algo conservador nos valores. Democrata-cristão de militância e economista de formação académica.

Agradeço também por, com as vossas visitas, ajudar a terminar com o cepticismo em redor da noção de liberalismo ou neo-liberalismo. Por ajudar a construir este blog neo-liberal e a consolidar esta definição como um conceito mais económico e social, que político ou ideológico.

Obrigado a todos os que não concordando, honram este blog com a sua enriquecedora visita. Espero nao desiludir ninguém. Não pretendo nem quero conflitos ou celeumas vazias. Prefiro a discussão profícua.

Bem hajam e vemo-nos por aí...

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

o Deputado Voador


Deputado do PSD apanhado a mais de 200 km/horatrânsito

Ricardo Almeida pediu ao Governo Civil de Coimbra para não lhe apreender a carta Do currículo do "acelera" constam quase duas dezenas de multas, quase todas arquivadas




in Jornal de Notícias 2006-02-22

Mário Duarte

Curioso, é o único termo que me permito usar na questão dos terrenos do Estádio Mário Duarte...

Curioso, porque é que uma determinada força(?) política só agora insiste em recorrentemente forçar a agenda política local com a sugestão do referendo.

Curioso, porque é que aquando da operação de leaseback do anterior executivo camarário (quando a questão era pertinente e útil de ser colocada) nada disse.

Curioso, que não apresente alternativas nem soluções financeiras para esta questão. Não basta dizer que se quer manter a zona do Mário Duarte e críticar por críticar quem tem que gerir uma autarquia asfixiada financeiramente. Para se ser credível na política, há que apresentar alternativas. O referendo é um método útil, mas há que manter a racionalidade da questão: mantendo o Mário Duarte, que solução financeira teriam para o problema?

Curioso, que a questão do Mário Duarte seja praticamente a única que preocupa esta força política no nosso Concelho.

Ser-se responsável é tomar-se decisões que sabendo que poderão ter efeitos ou consequencias negativas, estas são suplantadas pelos decorrentes benefícios. Para o bem-estar de todos nós, cidadãos de Aveiro. Aveirenses.

Recortes...sem comentários

"...construção de um novo modelo de ética política..."

"...vontade de desmistificar a política populista do actual executivo camarário: uma política medíocre e sem estratégia, sem rumo e sem objectivos de que vai resultar um forte atraso no desenvolvimento do nosso concelho."

"...gostaria de aqui, leal e sinceramente, deixar os desejos de muita sorte ao actual executivo camarário..."

in Margem Esquerda 2006-02-22

Qual será a parte de Aveiro ?

«Autarquias derrapam 100 milhões nas contas de 2005

DE

Banco de Portugal revela que os dados do endividamento bancário das autarquias é superior ao estimado no último reporte. As autarquias e as regiões autónomas apresentaram um endividamento de 286 milhões de euros em 2005, cerca de cem milhões de euros acima do endividamento previsto no último reporte dos défices enviado pelas Finanças para Bruxelas, em Setembro passado. Os dados sobre o financiamento da Administração Local e Regional foram ontem publicadas, ao princípio da noite, pelo Banco de Portugal e revelam a exposição deste sector ao sistema bancário. »

in Diário Económico 2006-02-22

Justificar o Injustificável...

«Teixeira Santos diz há razões para manter 'golden share' da PT

DE com Reuters

O Estado entende que há razões manter a 'golden share' da Portugal Telecom (PT), que não viola as regras do Tratado de Roma, não tendo havido alterações de circunstâncias que justifiquem acabar com ela, defende Fernando Teixeira dos Santos, ministro das Finanças.

A Comissão Europeia (CE) questionou, recentemente, o Governo português acerca da 'golden share' que detém na Portugal Telecom.

No passado dia 6 de Fevereiro, o grupo Sonae anunciou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o capital da PT, avaliando o incumbente em cerca de 11,1 mil milhões de euros (M€).

Teixeira dos Santos afirmou que "os termos em que essa presença do Estado se faz sentir na PT não contraria os artigos 56 e 43 do Tratado de Roma", adiantando que "parece-nos que vai de encontro à recente jurisprudência do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias".

Explicou que "esses direitos do Estado não são discriminatórios, justificam-se por razões expressamente previstas no Tratado, limitam-se a só prosseguir a realização dos objectivos a que se propuseram" e não têm "desproporcionalidade pois não ultrapassam aquilo que é necessário".

Frisou: "esta é a nossa posição face à PT e é isto que foi dito na resposta à Comissão Europeia".

"Entendemos que houve e há razões que justificam a existência de um conjunto de direitos do Estado, no âmbito da gestão e Administração da PT que estão na base da chamada 'golden share'", acrescentou Teixeira dos Santos, numa audição da Comissão de Orçamento e Finanças do Parlamento.

"E não nos parece que tenha havido qualquer alteração de circunstâncias que justifique uma mudança de opinião", afirmou, salientando que, "apesar do Estado ter esses direitos, nunca, em tempo algum, o Estado exerceu essas prerrogativas, não foi necessário exercê-las".

Por último, reafirmou que "sempre que o Estado entender que há razões de interesse público que justifiquem a presença do Estado, tendo em vista assegurar a defesa de interesses gerais, relevantes, o Governo não se coibirá de o fazer". »

In Diário Económico 2006-02-22

"O" Glorioso

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

BaD is AwaY


@ Conferencia Progama Mais: Inovação e Competitividade nas Empresas, Lisboa

Nova Rua

Hoje pelas 17h30 a CM de Aveiro prestará homenagem a Manuel Júlio Braga Alves com a atribuição do seu nome a uma rua junto ao Centro Cultural e Congressos, pela data de aniversário do seu falecimento.

A memória colectiva fica assim perpetuada.

Mobilidade do Factor Trabalho

CE anuncia um milhão de ofertas de emprego na internet a partir de hoje

DE com Lusa


A Comissão Europeia (CE) assinala hoje o início do "Ano Europeu da Mobilidade Profissional" com o lançamento de um site na Internet que anunciará "on-line" cerca de um milhão de ofertas de emprego por toda a União Europeia.

Esta iniciativa surge no âmbito do lançamento do Ano Europeu da Mobilidade Profissional, que visa consciencializar os cidadãos europeus para os benefícios da mobilidade profissional, quer em termos de mercado de trabalho (mudança de emprego), quer em termos geográficos (nomeadamente para outro Estado-membro).

A partir de hoje, no sítio de Internet da EURES - o Portal Europeu da Mobilidade Profissional -, serão disponibilizados, em todas as línguas da UE, as ofertas de emprego publicitadas pelos serviços públicos de emprego de todos os Estados-membros.

Além de anunciar as vagas de emprego, o portal, com o endereço http://europa.eu.int/eures/home.jsp, disponibiliza ainda uma rede de cerca de 700 conselheiros, para prestar assistência aos trabalhadores em "movimento".

O lançamento deste sítio é mais uma medida do executivo comunitário com vista a incentivar a mobilidade dos trabalhadores no seio da União Europeia, onde apenas dois por cento dos cidadãos vivem noutro Estado-membro que não o de origem, uma percentagem inalterada ao longo dos últimos 30 anos.

Segundo o comissário europeu com a pasta do Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, Vladimir Spidla, a livre circulação de trabalhadores, "um direito fundamental da UE", deve ser aproveitada ao máximo, pois "proporciona oportunidades de aprender, trabalhar e adquirir novas qualificações".

"Os trabalhadores necessitam de novas qualificações, e a Europa necessita de trabalhadores adaptáveis", sustenta Spidla.

De acordo com os primeiros resultados de um amplo estudo levado a cabo na União Europeia (UE), os Portugueses são dos cidadãos europeus com menos propensão para a mobilidade profissional.

Apesar de uma maioria dos Portugueses (cerca de 58%) considerar que, em termos geográficos, uma mobilidade de longa distância é algo de positivo, apenas 29% - o sexto valor mais baixo no conjunto da UE - admitiriam rumar a outro Estado-membro em busca de emprego se estivessem desempregados em Portugal, indica o Eurobarómetro, cujos dados completos estão ainda a ser analisados.


Os Portugueses apresentam ainda uma das médias mais baixas da UE a 25 em termos de mobilidade profissional a nível de mercado de trabalho, já que cada trabalhador inquirido mudou de emprego em média menos de três vezes ao longo da vida, quando a média comunitária atinge praticamente quatro e nalguns casos se aproxima das seis mudanças de trabalho.

É com o objectivo de sensibilizar os cidadãos europeus para os benefícios da mobilidade profissional e tentar inverter os "números" actuais que a Comissão decidiu, já em Junho de 2005, instituir 2006 como o Ano Europeu da Mobilidade Profissional.

A cerimónia de lançamento oficial realizar-se hoje à tarde em Bruxelas, paralelamente a uma conferência internacional intitulada "Mobilidade Profissional: um direito, uma opção, uma oportunidade?".

Durante o Ano Europeu da Mobilidade Profissional - dotado com um orçamento de 10 milhões de euros -, vão realizar-se centenas de eventos, tais como feiras de emprego, um pouco por toda a União Europeia, com o objectivo de promover a mobilidade profissional e dar a conhecer as formas como a UE pode ajudar os trabalhadores a "moverem-se" a nível profissional.


In Diário Económico 2006-02-20

domingo, fevereiro 19, 2006

Thoughts... Questions... ( IV )

117.81


...

Thoughts... Questions... ( III )

A Sonae está cada vez mais apetecível... Mas...e se a SEC (US Securities and Exchange Commission) se pronunciar favorávelmente a compra de acções da PT pela Sonae depois de anunciada a OPA e pelo contrário o Governo Português decidir "negociar" o takeover?

Porque é que há tantos takeovers em mercados financeiros desenvolvidos e em Portugal quando há uma OPA é noticia para várias semanas?

O que são Golden Shares? Não...a sério... O que são Golden Shares? São títulos imprimidos numa placa de ouro? São transaccionáveis ? Se são assim tao valiosas porque é que um governo com orçamento deficitário não as vende ? Pois...parece que não é nada disto... mas que existem...existem...

Mais uma pergunta... Tendo o BES dito que não compraria a PT porque não tem expertize para gerir empresas de telecomunicações, tem o Estado especial aptência para gerir empresas de telecomunicações? A avaliar pela forma como geriu a PT, não parece...

Thoughts... Questions... ( II )

O que se ganha em fazer a AM em Santa Joana? O que se perde? Numa análise Custo/Benefício, qual a solução óptima?

Thoughts... Questions... ( I )

EU - Portugal: Trade off entre desenvolvimento e soberania ? E quem benefia/beneficiou ?

"Pau da Sorte"














[Foto do Dia in Expresso 18-02-2006]

sábado, fevereiro 18, 2006

Anime Weekend 2006 Aveiro


Não sou particularmente fã do Anime (lembro-me, contudo que adorava o Dragon Ball), mas fui ao recinto da AveiroExpo apreciar um pouco do Anime Weekend 2006 em Aveiro.

Fiquei positivamente surpreendido pela quantidade bastante apreciável de público que decidiu participar. De facto, pelo que me foi dado a conhecer, parece-me que esta iniciativa foi um verdadeiro sucesso. Constou-me que os workshops por inscrição estavam esgotados, e as sessões de filmes também com bastante audiencia.

Os parabéns para quem o concebeu, organizou ou idealizou, apesar do risco de ser direccionada para um publico muito específico.

Além deste aparente sucesso, o evento permitiu também relançar de alguma forma as relações com o Japão, apesar de, ao contrário do que pude ver hoje no Diário de Aveiro, não me parece que a atracção de investimento japonês para o Concelho seja a solução para os nossos problemas. Se vier, obviamente que é bem-vindo...

Espera-se, portanto, por mais iniciativas deste género. Aveiro tem público, haja eventos.

[até o site oficial ficou com bom aspecto!]

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

AM em Santa Joana

Recebi ontem a convocatória para a próxima Assembleia Municipal. Devo dizer que foi com algum espanto que reparei (da segunda vez que li) a alteração do local de realização da sessão.

Parece que a Digníssima Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro decidiu começar já a concretizar as suas intenções de descentralizar as reuniões. Gosto desta Presidente. Não sou laranja, é um facto, mas agrada-me o modo como actua, (ate porque há a coligação. claro).

Só tenho de aplaudir esta atitude, esta decisão. Depois de largos anos onde as freguesias rurais e periféricas foram ostracizadas, e mesmo marginalizadas, é bom que se faça sentir ao Concelho que somos todos Aveiro. Não chega lembrarem-se destas freguesias quando é preciso mediatizar uma obra, ou quando uma transferência ha muito em falta é, finalmente, misericordiosamente paga.

Agostinho da Silva costumava dizer que "é preciso ouvir o Povo, porque o Povo sabe muito".

E o Povo de Aveiro sabe muito.

Nem tudo se vende...

Élio Maia não concorda com condições de alienação

O presidente da Câmara Municipal de Aveiro voltou a demonstrar, anteontem, numa reunião com o Ministério da Defesa e a Direcção-Geral de Património, a intenção da autarquia em ver resolvida a situação dos edifícios devolutos que existem na cidade e que são património do Estado. Apesar dessa intenção, Élio Maia terá feito saber à Administração Central que não concorda com as actuais condições apresentadas para a alienação do património, não pondo de parte, no entanto, a hipótese de vir a comprar alguns desses imóveis.

O autarca não avança para já o que pretende vir a fazer com esses edifícios, no caso de vir a comprar. Para já, é apenas certo o futuro do Centro de Saúde Mental de S. Bernardo, que irá acolher as associações da freguesia. Em aberto continua o futuro do Quartel do Parque, do Edifício da EPA, do Quartel de Sá e dos terrenos da Direcção-Geral de Viação.

As negociações vão continuar, estando agendada uma nova reunião para o final do mês.

Paula Rocha

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Febre de Liberalismo no Governo de Portugal...

Bem, serve este post para por lado aplaudir este Governo pela coragem de começar a retirar o Estado da Economia de uma forma inequivoca. Como se vê aqui. Não quer isto dizer que seja suficiente, mas num País onde "neo-liberalismo" parece ser uma palavra maldita de um qualquer regime anti-democrático, parece-me um bom começo.

Por outro lado, obriga-me a esclarecer que NÃO, este Blog não tem nada a ver com a direcção do Eng. José Socrates... Felizmente... Nem José Socrates é um Liberal... Infelizmente... Porque a espaços bem que parece... (assim quase fazemos as pessoas esquecer que o IVA foi aumentado, num ano em que o Defice Orçamental é o mais elevado desde Cavaco Silva, cuja taxa de IVA se tornou numas das mais elevadas da Europa e onde se paga mais em termos de impostos nos combustíveis, ...)

Policia Municipal de Aveiro...

Comandante da Polícia Municipal está de saídamudança
Divergências com o vereador da Câmara responsável pelo pelouro na origem da substituição de José Fernandes, que regressará à PSP

Ocomandante da Polícia Municipal (PM) de Aveiro, José Fernandes, deverá abandonar o cargo até ao final deste mês, apurou o Jornal de Notícias. Na origem da decisão está um diferendo com o vereador da Câmara responsável pelo pelouro, Carlos Santos.

A divergência de opiniões entre o vereador Carlos Santos e o comissário José Fernandes relativamente a várias matérias levou o autarca a concluir que a melhor solução seria a substituição.

Contactados, ontem, pelo JN, José Fernandes e Carlos Santos recusaram falar sobre o assunto, mas a decisão do vereador é praticamente irreversível, havendo já contactos para a sucessão.

Fernando Lopes na calha

Tal como aconteceu com José Fernandes, também o provável substituto sairá do Comando da Polícia de Segurança Pública de Aveiro. O nome mais provável é o comissário Fernando Lopes, actual chefe da área administrativa do comando de Aveiro.

O comandante distrital da PSP, Francisco Bagina, explicou, ontem, que o processo não passa pelo comando de Aveiro da polícia. "A autorização terá de ser dada pelo Ministério da Administração Interna após solicitação da Câmara Municipal", referiu ao JN. Questionado se foi informalmente avisado da possível substituição de comando na Polícia Municipal, Francisco Bagina respondeu "Não confirmo, nem desminto".

José Fernandes entrou para a PM em Abril de 2004. Quando saiu da PSP, era responsável pelo sector de operações. Se regressar à Polícia de Segurança Pública, deverá ocupar o cargo do comissário Fernando Lopes.

in JN 2006-02-16

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Um dia de cama...

Que raio de dia escolhi eu para ficar na cama com problemas digestivos... Parece que foi escolhido a dedo onde quase tudo aconteceu por este País.... Senão, vejamos:

A meio da tarde o Governo anuncia alteração nas retenções na fonte de IRS, com o respectivo corte nas devoluções. De aplaudir, obvio, nao fosse uma operação onde mais um vez nao se percebe o objectivo do Estado, reter na fonte para depois devolver? Emprestimos a juros zero? Bem, pelos comentarios que ouvi, apesar de tudo, parece que era um "incentivo à poupança" pois assim as pessoas nao teriam o rendimento disponível para o consumo...que raio de ideia... Mas ao menos agora terão a opçao de consumir no imediato ou no futuro... Só espero que esta medida nao seja uma antecipação de uma redução de benefícios fiscais. Não que esteja muito a favor destes, mas porque acaba por ser uma encenação para eufemisticamente enganar o contribuinte comum. Obvio que o ideal era uma significativa simplificação e redução fiscal...

Horas depois, surgem os numero do desemprego em Portugal. Como que por magia, no mesmo dia, surgem duas noticias, uma boa outra má. A verdade é que o desemprego continua a aumentar. De nada parece ter surtido efeito as politicas do Governo, se bem que concorde que muito dificilmente as politicas têm efeito no curto prazo. So temo que nao haja politicas que tenham efeito no longo prazo... E é obvio que ninguem se pode esquecer da promessa eleitoral de Socrates, de criação de 150 000 empregos...

Por outro lado, surgem também notícias de que afinal quem tinha razão em relação aos numeros do Orçamento era Bagão Felix e todos os críticos da Comissão Constâncio, que na altura afirmaram a encenação feita, ou seja, que o numero avançado pela Comissão seria no pressuposto de não se fazer absolutamente nada...

Mas não se ficou por aqui as notícias num só dia, que passei na cama... Ainda consegui ouvir as enormidades do Embaixador do Irão em Portugal, enquanto agradecia as palavras do MNE portugues... Palavras que já provocaram a reacção da Polónia. Ao que parece, o Embaixador não acredita ser possível queimar tantas pessoas quanto se afirma ter acontecido no Holocausto...

E agora algo nunca visto... A PJ entrou pela redacção do jornal 24 no ambito de investigações sobre o Envelope 9... UM MES DEPOIS. Acredito que em termos relativos à justiça portuguesa, 1 mes até se pode enquadrar na definição de urgente...mas parece-me manifestamente irrealista acreditar que se poderia encontrar algo de relevante nos computadores... Por outro lado, parece-me bem mais realista que a PJ quisesse antes procurar outras investigações e outras fontes sobre outros casos que estivesses naqueles PC´s...

As reacções aos cartoons continuaram, um responsavel governativo italiano quer fazer t-shirts com as caricaturas e novas imagens foram divulgadas sobre as torturas em prisões no Iraque...

E bottom line: a Sonae parece estar cada vez mais apetecível...

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Ainda o MIT... essa coisa que só parece incomodar o PM

The Economist critica atrasos no Plano Tecnológico

E agora Eng. Socrates? Já nao me parece que sejam "apenas" "funcionários publicos" a reclamar"...

E agora Prof. Mariano Gago? Quer assumir a responsabilidade pelo MIT nao vir para Portugal?

Explicações continuam urgentes...

Moliceiros e Modernices

Os Moliceiros do Futuro, dizem eles. Aqui.

Moliate chamam-lhe eles. Moliceiro e Iate...

Desejo maior sucesso aos Moliates que aos taxis da Ria...

Inquietações...


Esta notícia publicada hoje no Diário de Aveiro não deixa de me por algo inquieto.

Por várias ordens de razões.

1. Primeiro de tudo, porque se está a "fazer acordos com os credores", o que quer dizer não se está a pagar. E sejamos racionais, se são 141 acordos, correspondentes a 613 mil euros, isto da uma média de praticamente 4400 euros por acordo. O que não é pouco para um cidadão comum ou para um pequeno empresário. Precisamente os credores.

2. Como consequencia do dito no ponto anterior, é apenas uma gota no oceano de dívidas do munícipio.

3. Pareceu-me ler nas entrelinhas algum desespero latente. O que sendo compreensível, não pode acontecer no actual executivo. Há que gerir as expectativas, mas também as reacções.

Para terminar...

Olhe que o tempo passa a correr Sr. Presidente, tal como estes 3 meses...

"com calma, ponderação, equilíbrio e conscientes de que temos muitos meses pela frente neste mandato" Elio Maia

Comparações...







Dick Cheney, vice-presidente dos Estados Unidos, atingiu um amigo com uma caçadeira durante uma ida à caça...

Se o Vice-Presidente da Câmara de Aveiro quisesse dar um tiro acidentalmente em alguem...em quem seria..?

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Europeu de Sub-21

Em mais um programa da Aveiro FM "É Notícia" no qual tive novamente a honra de participar aflorou-se o tema da realização do Europeu de Sub-21 no Estádio Municipal de Aveiro, entre outros.

De facto, parece que as declarações do vereador Jorge Greno foram alvo de alguma celeuma. Só não percebo porque. O facto do vereador ser realista e admitir que na verdade este evento não trará lucro para o concelho de Aveiro é um gesto de honestidade a que talvez não estejamos habituados. É obvio que seria bem mais simpatico ouvir dizer que o Europeu de sub-21 traria grandes lucros para Aveiro, mas nao seria verdade. Verdade é que talvez seja uma oportunidade de relançar o nome da cidade na industria de Turismo, embora eu tenha serias dúvidas que haja uma afluencia significativa de adeptos estrangeiros ao nosso concelho. Indiscutivelmente é melhor para Aveiro organizar este evento do que não o fazer.

Fiquei no entanto satisfeito por ver uma preocupação por parte dos responsáveis da nova direcção da Rota da Luz em relançar o nome de Aveiro e da Região no sector do turismo. Faz falta a Aveiro!

Saudade...

A justificação...

Câmara atribui culpas a funcionária
2006/02/13


O chefe do gabinete de imprensa da Câmara de Aveiro, admite uma falha na recepção ao embaixador francês na semana passada justificando-a com uma falha de uma funcionária, que frustou a expectativa do diplomata, que esperava ser recebido pelo presidente da Câmara.

Num comentário, num blog, onde o assunto foi comentado, João Oliveira admitiu que se «cometeu uma falha, que nos penitenciamos: uma administrativa não enviou um email que deveria ter seguido».

Nesse dia, o presidente da Câmara estava no Governo Civil e o embaixador foi recebido pelo vereador Pedro Ferreira.

A visita do embaixador foi ainda muito comentada nos blogs, devido ao facto de ser o francês a pagar o almoço. João Oliveira também apresenta uma justificação para isso. «O embaixador definiu ele as horas e convidou-nos para almoçar. No final, gostou da presença em Aveiro e promete voltar...».

PS Aveiro pós-autarquicas

Raul Martins candidato à concelhia do PS/Aveiro

Raul Martins é candidato à presidência da concelhia de Aveiro do PS, nas eleições que se realizam em finais de Março. Contactado ontem, o socialista não confirmou a sua entrada na corrida, mas o Diário de Aveiro sabe que a decisão de avançar está tomada.

Raul Martins prefere confirmar a informação, primeiro, aos militantes e, mais tarde, dar outros esclarecimentos. Por isso estão ainda por conhecer as razões da sua candidatura e o que pretende para a liderança da concelhia do partido.

O actual líder, José Costa, já disse em recente entrevista ao Diário de Aveiro, que não se recandidata ao cargo, sendo que Raul Martins, economista, membro da bancada do PS na Assembleia municipal, é o único candidato conhecido.

O processo das eleições para a concelhia antecede as eleições para a distrital, que se realizam no mês de Abril e, neste processo de sucessão de Alberto Souto, Raul Martins é um apoiante de Afonso Candal, que enfrentará Costa Amorim nas urnas.

A marcação das eleições nas concelhias e distritais é um passo do processo, iniciado este ano, de «reorganização interna», que teve início com a substituição de José Sócrates por Jorge Coelho na coordenação da Comissão Permanente. Depois dos dois actos eleitorais, o partido realizará o congresso nacional, em Outubro próximo.

in Diário de Aveiro 2006-02-13

Surrealizar por aí...

Depois de um fim de semana sem posts, volto a este espaço de uma forma revoltada, porque este texto alusivo à reacção da Comissção de Trabalhadores da PT me incomodou sobremaneira.

Senão veja-se excertos:

«Para a CT, só com a garantia de que o Governo pode "supervisionar e intervir, através de prerrogativas especiais", é possível "contrariar decisões que não defendam os interesses de Portugal, a empresa, os clientes, o emprego e os trabalhadores".»

Ora bem, os interesses da empresa é maximizar o valor para o accionista, os interesses dos clientes é ter um serviço de qualidade eficiente a barato. Os interesses dos trabalhadores deveria ser que a empresa fosse competitiva, que oferecesse serviços de qualidade para que os seus postos de trabalho nao estivessem em perigo. Quanto aos interesses de Portugal, penso que ficam muito melhor servido se o Estado deixar de ter qualquer tipo de influência nas decisões internas da PT.

Mas há mais:

«A CT entende que a OPA "provoca a paralisação da gestão da empresa", porque o órgão da administração fica com limitação de poderes e "só pode tomar decisões de gestão corrente".»

Ou seja, para a Comissão de Trabalhadores nunca se deveria fazer OPAs! Mas eu percebo o medo, porque a CT sabe que com a saida do Estado a PT deixa de ser uma casa da misericordia, qual centro de emprego, e passa a reger-se por uma politica da meritocracia, a que muitos nao estão habituados. Compreende-se.

«Por outro lado, expressa os seus receios de que esta operação venha, "em caso de sucesso, retalhar a empresa, desmembrá-la e vender activos estratégicos para a economia nacional a quem der mais, possibilitando a transferência de importantes centros de decisão para o exterior".»

Ora bem! A CT já dá palpites sobre activos estratégicos para a economia nacional! E eu que pensava que isso era competencia do governo democratica e legitimadamente eleito pelo povo portugues...

Entre outras deliciosas tomadas de posição.

Como é tão facil detectar as verdadeiras forças de bloqueio de uma economia...

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Teo-Liberalismo

Todos sabemos que o Liberalismo, seja ele no conceito moderno ou mais clássico, defende a livre actuação do mercado, o qual atingirá o seu equilibrio via forças dos agentes económicos que exercem pressão pelo lado da oferta e procura.

Todos sabemos também que ao Estado deveria caber um papel de mero regulador de forma a evitar concentrações excessivas de poder de mercado ou situações de abusos na actuação do mercado. Situações como as de monopólios e oligopólios. Tendo assim o Estado um papel reduzido e reservado a sectores dos chamados bens públicos: a justiça, a defesa, a educação, a saúde e o ambiente. Mesmo nestes, a abertura a privados é sempre desejável, dada a sua maior eficiência, desde que com os correctos incentivos.

Mas muito se tem falado nesta altura de religião e conflitos religiosos. De facto, o Estado como hoje o conhecemos provém em grande parte da noção de Igreja, nomeadamente a católica. O Estado, como já tenho aqui defendido muitas vezes e onde bebo a douta perspectiva do Prof. Adriano Moreira, não é uma criação divina, e se fosse boa ou imprescíndível ao Homem, Ele te-lo ia criado e achado que era bom. O Estado foi uma criação do Homem. Boa ou má, tem aspectos positivos e outros nefastos.

Não querendo eu ser nenhuma espécie de blasfemo ou herege, o que é certo é que Deus - Ele próprio - é o primeiro liberal. Senão veja-se:

- cria regras gerais e nada complexas as quais todos tem acesso e cuja interpretação é deixada a cada um.

- deixou a cada um o livre arbitrio de atitudes, de actos, de acções. A liberdade foi sempre tida como essencial para o bom desempenho, e não a obrigação, porque desta não provém um acto consciente e objectivo, mas sim imposto.

- por falar em imposto, não me lembro de ver grandes politicas divinas neste campo. A história do dizimo é suspeita. Só tentou regulamentar as taxas de juro, com as Escrituras a dizerem que não se deveria cobrar juros sobre emprestimos. Mas também isto deve ser interpretado, no contexto da época. Juros é apenas um custo do dinheiro, nao uma forma gananciosa de aproveitamento dos outros, até porque só têm crédito quem possa paga-lo...

- Lembro isso sim da primeira lição de portfolio theory, dada na Bíblia, onde se deverá ajudar o próximo e não acumular riqueza. Claro, a noção de risco é perfeita, ajudar o próximo a desenvolver-se para tornar-se um melhor agente e nao acumular riqueza por forma maximizar os fundos, diversificandoo investimento.

- E mais importante que tudo, ao que parece indicar, Deus não parece ser estranguladoramente interventivo, no sentido repressivo. O livre abitrio é tido como fundamental. Aos crentes, como eu, é reservado o pragmatismo da intervenção divina, em aspectos puramente fundamentais, e como estamos a falar do Divino, com incidencias e timings perfeitos (salve-se melhor opiniao).

Por isto tudo, não deve o Homem seguir estes exemplos, e já que o Estado quer cada vez mais fazer o papel de Deus, por que não faze-lo à Sua imagem?

nota: Tudo o que são interpretações são naturalmente sujeitas a erro. Pelo que surgem interpretações do Dívino que nem sempre são as melhores. Dúvido que Alá ou Maomé se revejam nas atitudes do mundo muçulmano, assim como dúvido que se reveja naquilo que se tem generalizado sobre o Islão. Mas não querendo ferir susceptibilidades, imagine-se se as interpretações do Alcorãofossem mais liberais...parece-me que muito deste fundamentalismo parte precisamente também da falta de livre-arbitrio e de liberdade de acção dos crentes.

Elefante Colorido

Segundo notícias vindas hoje a publico aqui, parece que há um plano estratégico para o moribundo Estadio Municipal de Aveiro (não, não estou a falar do velhinho Mário Duarte, esse parece mais vivo que nunca!), ou pelo menos um esboço.

É certo que no passado nada parece ter sido planeado com vista à rentabilização deste "elefante colorido", mas isso começa a deixar de ser desculpa para não se fazer nada no presente. Acredito piamente que nao deve ser nada fácil tentar rentabilizar os espaços no Estadio, dificil atrair investidores, lojistas, construtores, organizadores de eventos, conferencistas, desportistas a um sitio tao inospito como o local onde se encontra o Estádio. Ainda para mais com um hospede que se faz cobrar como o Beira Mar.

Mas tem haver uma solução melhor que a simples demolição e venda do entulho à penhora para pagar o que falta do novo Estadio...

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Embaixador ou Secretário de Estado?

Embaixador ou Secretário de Estado? Embaixador ou Secretário de Estado? Embaixador ou Secretário de Estado? Embaixador ou Secretário de Estado? Embaixador ou Secretário de Estado? Embaixador ou Secretário de Estado? Embaixador ou Secretário de Estado? Embaixador ou Secretário de Estado?

Secretário de Estado ou Embaixador?Secretário de Estado ou Embaixador? Secretário de Estado ou Embaixador? Secretário de Estado ou Embaixador? Secretário de Estado ou Embaixador? Secretário de Estado ou Embaixador? Secretário de Estado ou Embaixador? Secretário de Estado ou Embaixador?

Que dúvidas vão por esses lados!

Tribunal ou Investimento Francês?

Burocracia ou Diplomacia?

Agenda ou Vontade?

Haja bom senso!

Entrenchment?

Estará Horta e Costa a preparar-se para fazer o que já vem sido estudado em diversos artigos académicos chamado managerial entrenchment?

O Dr. Horta e Costa foi nomeado por accionistas para maximizar o valor dos accionistas, e cabe apenas a estes decidir acerca da sua continuidade assim como da empresa. Não é o gestor.

Uma reflexão tresloucada

Está a chegar o dia dos namorados. Que é que este dia em honra de S.Valentim tem a ver com neo-liberalismo, política, com este blog ou comigo?

Bem, comigo não tem nada a ver, porque não sofro desse sindroma de compromisso que me-obrigue-a-comprar-alguma-coisa-senão-tenho-que-ouvir.

Mas não sendo este um blog de cariz sentimental, que terá este dia de tão especial?

Bem, de facto, a urgencia em comprar alguma coisa para a cara-metade cria inumeras celeumas à volta da dicotomia sentimento-materialismo.

Para um liberal, materialismo é apenas a lei do mercado. Só compra quem quer, quando quer e por quanto quer se quiser. Mas na prática não é bem assim. Porque entra o sentimentalismo, capaz de transformar qualquer anti-capitalista convicto, num capitalista incurável. E tudo para evitar discussões ou problemas.

Ora bem, eu sou liberal mas sentimentalista, o que não me provoca problemas nenhuns (até porque também não vou ter a quem comprar nada). É sabido que todos gostamos de receber prendas (seja homens ou mulheres), pelo que maximizamos a utilidade (nossa e do parceiro/a).

Para um anti-capitalista, tudo se complica. O mercado parece obrigar ao consumo, há um factor superior a esta procura ou oferta - qual Estado - que obriga o consumo. Uma espécie de imposto de relacionamento.

Mas então, não será este "imposto" o verdadeiro problema? Senão houvesse este imposto, não seria apenas uma pura escolha entre comprar ou não comprar presente?

Nota: se este post parecer completamente disparatado, é normal. é uma questão de ignorar.

Publicos jovens para a cultura

Mais uma tertúlia no café do Teatro Aveirense, desta feita sobre "públicos juvenis para a cultura" mas que rapidamente resvalou para os problemas que os "produtores de cultura" ou os criadores sentem, assim como os gestores culturais, em balançar a produção cultural e a procura por parte da sociedade.

De facto, significativa quota parte do problema reside no sistema de ensino, que não incute o espírito de curiosidade e interesse aos jovens em relação à cultura em geral. Contudo, muito se falou sobre este aspecto, no entanto as opiniões emitidas eram sempre demasiado perspectivadas, faltando claramente uma visão mais abragente desta problemática. Pareceu-me que, claramente, os criadores olham demasiado para o seu umbigo, querendo chamar a si a verdade absoluta sobre a qualidade e tipo de cultura que produzem, esquecendo um aspecto fundamental: a cultura deve ser feita também para os outros, por mais minoritários que sejam.

E aqui reside outro pormenor a ter em atenção. Não se pode querer massificar um determinado tipo de produção cultural se tal não de todo do interesse do publico em geral. Elites culturais sempre existiram. Apenas há aquelas que se massificam e outras que não. Ou seja, não será através da adaptação da oferta face á procura, mas sim o inverso (sim a economia está em todo o lado). Claro que podemos inserir aqui a problemática da qualidade vs massificação. Totalmente d acordo. Mas como em tudo (e também na economia) vive-se de equilíbrios. O equilíbrio entre os que os experts consideram produto cultural de qualidade e aquilo que as pessoas querem ver e admirar. Obvio que para se ver e admirar é necesário alguns conceitos prévios, mas não é essencial.

Na minha opinião, dever-se-á tentar atrair o público para espectaculos de qualidade, mas nao demasiado elitistas ou elaborados do ponto de vista técnico. Nem sempre a qualidade extrema significa aceitação geral, salvo honorabilíssimos exemplos. E tudo começa talvez por atrair primeiramente o publico a produtos culturais acessíveis, tentando a partir daí criar vícios e necessidades de cultura. Porque a cultura deve, apesar de tudo, ser para todos. Todos os que a querem, claro. E deixo este como o bottom line: a cultura não é algo que deva ser produzido com o intuito de atingir toda a gente, mas também nao se pode ter a veleidade que todos se interessem por esse produto. Apesar de tudo, a cultura é "apenas" um divertimento, um alimento para o intelecto e para a alma.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Defesas para Takeover

A teoria financeira prevê alguns tipos de defesa para situações de takeovers:

- reestruturação defensiva
. venda de activos valorizados
. emissão de novas acções para accionistas "amigáveis"
- poison pills: warrants dadas a actuais accionistas com direitos de compra sobre titulos a baixo preço em caso de tender offer.
- poison puts: permite a detentores de dívida de vender obrigações a par ao emitente
- paraquedas dourados, para proteger gestores actuais. Ou seja, incluir indemnizações gigantescas nas clausulas de rescisão dos actuais managers.
(Bart Lambrecht)


Ora, o problema é que na PT, não se sabe quem manda. O accionista de referência so detêm cerca de 10% do capital e o Estado tem poder de veto. Também por esta razão a PT se enquadrava numa apetecível M&A. Pode-se mesmo dizer que o Estado pela sua teimosia em manter poder de decisão na PT vai deixa-la ser comprada "em saldos". Mas atenção, o Estado não ficou a perder: era uma empresa publica, privatizou-a. Ganhou. Ficou com golden shares, pelo que tornou impossível a um investidor controlar a empresa. Ganhou. Vendou (privatizou-a) distribuindo-a por varios interessados. Ganhou. E agora deixa que um outro investidor bom jogador tenha reparado na conjuntura e aproveitado todos estes factos, fazendo esta OPA; o Estado consegue assim deixar cair a sua influencia na PT como a comissão europeia exige sob um belo embrulho de funcionamento do mercado, nao sofrendo tantas críticas políticas. Ganhou.

Felizmente ha mais players, e esperançadamente o mercado vai mesmo fucionar. Se a PT é mesmo apetecível, entao surgirão mais interessados. Mas que fique bem claro: querer manter a PT em mãos portuguesas é uma ilusão. Pura ilusão. O capital não tem nacionalidade, tem retorno. É tudo o que interessa. E nenhum investidor racional vai simplesmente cortar as linhas de comunicação nacionais por razões estrategico-militares.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Agora a OPA

Pela hora do jantar ontem ia surgindo timidamente uma notícia que dava conta de uma possivel OPA da Sonae.com à PT, qual político a querer aparecer no telejornal das 8.

As primeiras notícias indicavam uma oferta de 10eur por cada acção da PT, com a condição de poder reunir 50% dos votos, ou seja, uma clara alusão aos estatutos da PT que contem uma blindagem (curiosamente, contra takeovers) que impede um qualquer accionista de deter mais de 10% dos votos.

Hoje de manhã acordo já com a PT, Sonae.com, Sonae e PTM com negociações suspensas, e com a notícia que afinal a OPA era a apenas 9,50 eur. Adicionalmente, a Sonae lançou também OPA sobre a PTM, mas sem premium, ou seja, 9,03 eur por acção mais 27,7 centimos de dividendo de 2005, abaixo portanto do preço de fecho de ontem em 9,62 eur. Por outro lado, a PT hoje ja ultrapassou o preço da OPA, o que sendo normal esta overreacting do mercado, torna a oferta da Sonae.com curta face a uma possível investida da Telefónica.

Quanto à OPA propriamente dita, encerra varios problemas. A ver:

- Poderá a autoridade da concorrência permitir tamanho poder de mercado em termos de operadoras de rede fixa, movel, internet? certamente que não. nesse caso, que fará a sonae?

- poderá o Estado alterar os estatutos da PT para permitir o takeover? certamente que sim. Muito provavelmente isto havia ja sido acordado com Belmiro de Azevedo.

- estará a sonae sozinha nesta OPA? certamente que não, fala-se em france telecom e outras entidades para financiar a compra deste gigante das telecomunicações portuguesas. E se é este o caso, estaremos perante a compra da PT por parte de estrangeiros encapuzada pela Sonae? Bem, provavelmente sim, mas capital não tem nacionalidade, tem retorno, e se a PT abre o apetite a capital seja ele de onde for é porque o retorno esperado é mais elevado do que outras alternativas de investimento com este risco.

- E as alternativas à sonae liderar a PT mesmo financiada por estrangeiros? É a telefónica, espanhola, parceira de investimentos na america do sul, detentora de 10% do capital da PT. Uma obvia interessada. Hoje caía no mercado só por ainda nao ter reagido. O mercado anseia pela posição da Telefónica. A esperado é que Belmiro ate acorde com a Telefónica a venda das posições da PT na Vivo e outros investimentos; afinal no mercado não há inimigos, há concorrentes, e cada vez mais, cooperantes.

- que poderá o governo fazer? nada, absolutamente nada. sendo negócios de privados, o governo so pode decidir se os 9,50 eur é suficiente para o fazer vender as suas 500 acções (já sem golden share).

- a minha posição politica sobre este assunto: nenhuma. Este caso é apenas um raro exemplo do mercado em Portugal a funcionar (e bem). A política pouco ou nada tem a ver com este assunto. Como vou dizendo habitualmente, se os políticos nao fizerem nada para impedir o mercado de actuar, já é suficientemente bom.

(vou aguardar os futuros desenvolvimentos para continuar a comentar. mas para já a bolsa portuguesa PSI20 já sobe mais de 3,50%!)

Primeiro a definição

Primeiro de tudo, sendo este um Blog também com a intenção de esclarecer, para além de transmitir a opinião do autor, penso ser relevante nesta altura definir a noção de Takeover, neste caso da Sonae.com à PT, ao que tudo indica, hostil.

Sendo Fusões ou Aquisições um processo de ajustamento face a alguma mudança de cariz económico, pode resultar de evolução tecnológica, economias de escala, globalização, alterações na estrutura do mercado, aparecimento de novas industrias, alterações legais, mundaça de ciclo económico ou efeitos de mercado de capitais.

No caso particular dos Takeovers ou Tender offers, estes poderão configurar-se de diferentes formas, nomeadamente, raiders, hostile takerovers, Manager Buyout (MBO) ou Leverage Buyout (LBO) e friendly merger.

Ainda segundo a teoria, estes processos poderão ter como explicação ou uma intenção de aumentar a eficiencia e/ou criando sinergias; hubris (confiança exagerada, resultando em bids mais elevadas); e problemas de agência.

A M&A pode ser feita com cash, acções ou dívida, ou misto deles. Estudos revelam que o retorno do comprador é zero, e o retorno da empresa comprada é de 15-20% para stock offers e 20 a 25% para cash offers.

fonte: Prof. Bart Lambrecht



















E agora...?

O humanismo do futebol...

Arrepiante esta historia...que nem tenho coragem de a "pastar" para aqui...

O pior do ser humano, sob a forma de futebol.

http://www.record.pt/noticia.asp?id=696498&idCanal=44

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Falta de Educação

Que estranho mundo este em que nos encontramos.

Mas eu gosto de reverter o pensamento. Sigam-me, por favor.

imaginemos o seguinte:

- Uma grande mesquita num qualquer sitio do Médio Oriente é atacada.

- Os autores são cristãos.

- A jihad declara guerra ao terrismo, na derradeira guerra santa.

- A al-jahzira publica imagens de Jesus ofensivas.

- O Papa revolta-se.

- São cortadas relações com o mundo árabe.

- O mundo entra em recessão económica por falta de petroleo.

Ora bem,

Visto por um árabe, de facto houve cristãos a bombardear mesquitas, e.g. guerra no iraque, afeganistão, etc; a jihad ja existe; Jesus é considerado um profeta no islamismo, pelo que nao podia ser mostrado em imagens; o Pinto da Costa revoltou-se contra os SuperDragões (desculpem, nao resisti); as relações com o mundo árabe não as melhores, é amizade à base de toma-la-armas-da-ca-petroleo. Já entramos em recessão ha muito tempo.

A questão é saber por onde tudo isto começou. Os cartoons não são mais que uma arma adicional usada contra o islão. E o islão nao é mais que uma religião, não uma civilização. Como religião também tem como base o amor e o respeito. Mas as civilizações que o praticam não. Com isto quero dizer que talvez este problema não seja religioso, mas sim civilizacional. Como é que ninguem tem a coragem de dizer que de facto os conflitos do médio oriente tem uma base civilizacional, por outras palavras, são menos civilizados. E não se trata de um ataque ou crítica vazia aqueles povos que respeito. Trata-se de uma evidencia histórica.

Os enormes fluxos monetarios provenientes do petroleo serviram para construir palacios, carros e sanitas em ouro. Mas não serviram para investir em educação. Educação que permita ler o Alcorão e mesmo vendo a interpretação oficial, reflectir sobre o verdadeiro sentido dessas escrituras.

O fundamentalismo acaba por ser fruto de uma marginalização à qual o médio oriente foi deixado, consequencias de guerras e conflitos sucessivos ao longo de toda a historia da humanidade. A democracia nao pode ser imposta; a paz nao se pode estabelecer, emerge!

Eu proponho então um almoço. Em Portugal. Lideres arabes, cristãos e de governos. Sem fato e gravata. Cozido à portuguesa. Para que todos se entendam e vejam o quão rídiculo é isto tudo.

Freakpolitics

Nos últimos dias em Aveiro parece que surgiu um "movimento de cidadania" sememlhante ao fenómeno Alegre, senão repare-se as semelhanças: o grande argumento é a crítica aos seus companheiros e correlegionários políticos (ou pelos menos ex-correlegionários...); o que o move parace ser um sentimento profundo anti-partidário, mas cujo currículo demonstra, antiteticamente, uma enorme experiencia partidária, eu direi mesmo, "partidárias" dadas as convenientes "transferencias", qual mercado de futebol, segundo uma ainda pouco comum "lei Bosman" da política. Suponho que seja conveniente críticar os políticos e a política quando se está fora dela, mas na qual sempre se viveu. Suponho que sim. Não admito é que se critique optimismo em relação a Aveiro. Mas admito a crítica em relação ao passado, desde que com o devido assumir da sua quota parte de responsabilidade.

É também um movimento de cidadania com as devidas diferenças face ao de Alegre, senão note-se: não parece cativar muitos cidadãos; não parece ter espaço ou moralidade política; e ao contrário de Alegre, nota-se uma clara intenção da crítica pela crítica, de ganhar espaço que não existe. Onde estão as soluções? Se as tem, apresente-as. E se as tem, porque não as implementou quando assumia funções executivas?

É obvio que a questão das empresas municipais torna-se um alvo fácil de crítica. É obvio que as nomeações para cargos de confiança política também. Mas se os salário auferidos são altos ou não é algo que só mais tarde se poderá avaliar. No final do exercício do cargo. Ou seja, seria interessante, sob a perspectiva apresentada que concordo, avaliar a prestação do referido crítico numa perspectiva custo-benefício quando exerceu cargos numa das empresas municipais. Será que o munícipio também saiu a ganhar? E esse cargo? também nao foi uma recompensa pelo brilhante mortal à rectaguarda?

Ressabiados políticos ha muitos, comece-se por esses para dignificar a política.

Conversas na Cafetaria: Públicos Juvenis para a Cultura

A não perder quarta-feira dia 8 de Fevereiro, mais um encontro na Cafetaria do Teatro Aveirense, pelas 21h30. Depois do sucesso que foi a tertúlia com os Blasfemos, mais um tema em discussão numa dinamização interessante do espaço nobre de cultura do concelho.

Conversas na Cafetaria


Tertúlia "Públicos Juvenis para a Cultura" Quem será o público da cultura de amanhã? Como fidelizar o público jovem português? Perante uma solicitação cerrada ao tempo livre do público juvenil e de uma "concorrência feroz da televisão", os agentes culturais terão de criar mecanismos e estratégias de atracção do público jovem. Como?

Participam: Instituto Português da Juventude, Casa Municipal da Juventude, Centro de estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de coimbra, entre outros. Organização Teatro Aveirense e Blasfemos Entrada Livre

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Lancaster University Management School continua a sua subida meteórica nos rankings do Financial Times








Lancaster University Management School

FT 2006 MBA Ranking:

- 30th in the world
- 11th in Europe
- 4th in the UK
- 9th in doctoral ranking in the world
- 1st in Europe Value for money of the programme
- 10th in the world, 1st in Europe Accountancy teaching
- 11th in the world Alumni career progression
- 15th in world on International experience gained by students whilst on the MBA programme

Ranking FT

Problemas de Visão...

Hoje proponho um ligeiro exercício mental:

- E se o Governo em Portugal fosse CDS-PP?
- E se a notícia da Visão tivesse vindo a público como veio nos mesmissimos moldes?

Será que o desmentido do porta voz do Conselho de Ministros chegava? Será que o Governo se mantinha em funções? Quantos viriam a terreiro apelidar-los/nos de fascistas e outras coisas semelhantes? Quantos viriam manifestar-se dizendo-se contra a PIDE e contra o Fascismo por essas ruas de Portugal? Quantos dias duraria o Governo mesmo depois de desmentir categoricamente tal notícia? O que faria o Dr. Jorge Sampaio? O que diria o PS (ja nem digo o BE ou PCP...)?

Perguntas a mais para uma democracia que se desejaria madura e (perdoem-me o aparente pleonasmo) justa.

Acabado o exercício que como se vê foi bastante facíl, volto-me para a realidade e vejo duas saídas possíveis para o caso concreto:

- ou a notícia é falsa
- ou a notícia é verdadeira

(claro que estamos em Portugal, pelo que, provavelmente, em nenhuns dos casos há consequencias...)

Se a notícia é falsa, então porque é que a Visão a publicou? A publicidade pode exponenciar as vendas e a marca, mas apenas no curto prazo; no longo prazo perde credibilidade e (num Estado de Direito) perde também as acções nos tribunais. Se é falsa, o jornalismo em geral tem que ser posto em causa, porque claramente está ao serviço de interesses que não o da simples informação. E isto é grave.

Contudo, e se a notícia é verdadeira? Primeiro de tudo, é impossível prová-lo. O PM não iria obviamente admití-lo. Nem ninguém a esta suposta estrutura. Mas a ser verdade, como e porque foi montada esta estrutura paralela? Com que objectivos? Quais as consequencias para o PM? Poderá este ser demitido pelo PR? A ser verdade o Estado de Direito está de facto em causa, pois claramente o PM quebrou a confiança dos cidadãos.

Provavelmente, ninguem se lembrará deste caso daqui a dois dias, depois dos jogos da Liga de Futebol, mas o que é facto é que "A Verdade Anda Aí!"

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

A democracia-cristã personificada

Foi ao nível pessoal um dos momentos mais marcantes pelo qual passei em toda a minha vida o de hoje á noite, na tertulia com a presença do Prof. Doutor Adriano Moreira na CUFC em Aveiro.

A lucidez e a sabedoria da vida são impressionantes, aliada a um brilhantismo só ao alcance dos mais dotados intelectualmente.

À entrada um ilustríssimo aveirense confidenciava-me "este senhor não é um intelectual, é um sabedor, porque intelectuais há muitos, basta ir ali ao café ao lado...".

E nada de mais acertado. Impressionante a clareza mental de um dos grandes democratas-cristãos portugueses.

Falou-se de cidadania, de política, de estratégia, de valores, do futuro.

De cidadania porque "a tolerância é so para aquilo que nao gostamos, quando o que é preciso é respeito".

De política porque "há falta de liderança na Europa", falta alguém que tenha coragem política para indicar o caminho. Ou porque "Portugal sempre foi grande diplomata, o melhor a seguir ao Vaticano". Ou porque "a Bíblia fala em trabalhos de Deus, que os viu e disse que eram bons, mas nenhuma dessas criações era o Estado, o Estado é uma invenção do Homem".

De estratégia porque "temos que fazer fronteiras amigáveis, em vez de expandir a união". "É preciso fazer fronteira amigável com a Russia, com a Turquia, e não enveredar por problemas como o dos curdos, do reconhecimento do Chipre, dos direitos humanos, do mundo islamico com o qual a Turquia tem fronteiras, uma fronteira amigável é suficiente".

De valores porque "a roda tem um eixo, e não é o eixo que anda". Toda a sociedade evolui "e o tempo é mais rápido que a sociedade que o acompanha", e a roda pode rolar, mas tem que manter o seu eixo, os seus valores, as suas bases.

De futuro porque "a investigação e o ensino deviam ser despesas de soberania", pois só atraves do conhecimento e da sabedoria se pode evitar "que Portugal se torne num Estado exíguo". Porque "Ciência e saber pouco são sem sabedoria": um investigador americano concluiu apos testes atómicos que "nenhum governo deveria possuir conhecimento nuclear" e apesar da ciencia e o saber o terem levado a investigar e testar o armamento nuclear, foi a sabedoria que o levam a recomendar evita-lo, mesmo que tal custasse a sua carreira...

Por isso meus amigos, este dia marcou-me, mudou a minha forma de ver o mundo. Este é sem dúvida um grande senhor, das mentes mais brilhantes do nosso País. E cujo passado é a todos os níveis notável! Infelizes daqueles que perderam uma oportunidade de escutar e beber e absorver cada palavra do Prof. Doutor Adriano Moreira. E que para que conste, curiosamente é do CDS!

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Freakonomics: a rogue economist explores the hidden side of everything


Também disponível na versão portuguesa.

Ainda nao sei o que dizer do livro...comprei-o ontem. Mas estou ansioso por acaba-lo...

mais info em:
http://www.freakonomics.com

Microsoft também em Aveiro

Universidade de Aveiro lança CET apoiado pela Microsoft

A Universidade de Aveiro vai levar a cabo, no próximo ano lectivo, um curso de competências em software, apoiado pela Microsoft. O acordo será firmado hoje, em Lisboa, pelo Governo português e pelo próprio Bill Gates, dono da multinacional americana.

O protocolo de cooperação será assinado entre a Microsoft em Portugal e o Governo português, com vista à elaboração de cursos tecnológicos a ministrar nas universidades de Aveiro, Beira Interior e Minho.

Este protocolo para o desenvolvimento de competências em software envolve um conjunto de entidades, onde se incluem as três academias onde serão ministrados os cursos, bem como o IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, a Forino (Escola de Novas Tecnologias, com sede em Lisboa) e a Recet (Associação dos Centros Tecnológicos de Portugal).

Para a Universidade de Aveiro este protocolo permite criar um Curso de Especialização Tecnológica (CET), de nível IV, no domínio das TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação. De acordo Manuel Assunção, vice-reitor da academia aveirense, este curso terá «uma componente prática muito forte na área da programação, gestão e administração de sistemas» de software.

Este curso será ministrado pelas quatro instituições de ensino – as três universidades públicas e a Forino –, comportando, assim, «quatro edições do mesmo curso, de uma forma descentralizada», sublinhou Manuel Assunção, destacando que se, tal como é esperado, se registarem muitas inscrições no curso, este poderá ter mais do que uma turma, estando ainda por definir se o curso será ministrado em horário normal ou em pós-laboral. Certo é que o curso terá início já no próximo ano lectivo, em Outubro.

Público-alvo

Tal como aconteceu com os demais Cursos de Especialização Tecnológica – CET, que a Universidade de Aveiro ministra, o curso apoiado pela Microsoft verá divulgado, oportunamente, a forma de inscrição. De registar que a UA espera atingir um público, «numa primeira fase, de 200 jovens», sendo que a continuidade do protocolo dependerá da avaliação que no final do primeiro ano será feita pelas entidades envolvidas.

O vice-reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assunção, espera com este curso «contribuir para o emprego qualificado de jovens nas empresas, ajudando, simultaneamente, ao desenvolvimento das próprias empresas», uma vez que considera ser «importante ajudar as novas empresas a serem mais produtivas» e cursos marcadamente tecnológicos poderão, no seu entender, dar um forte contributo nesse sentido. Este curso denota, de resto, uma cooperação entre o tecido empresarial e os centros de saber para identificação de necessidades de formação, uma parceria que Manuel Assunção classifica de «interessante», já que permite que a UA dê um contributo para o emprego dos jovens.

Videoconferência com Lisboa

A Universidade de Aveiro vai ligar-se, hoje, com Lisboa para acompanhar intervenções de Bill Gates e José Sócrates. Pelas 15.30 horas, terá lugar, na reitoria da UA uma sessão de apresentação do programa «Competências em software, um contributo da Microsoft para o Plano Tecnológico» e, às 16 horas, está previsto o estabelecimento de uma ligação por videoconferência ao Hotel Sheraton, em Lisboa, onde Bill Gates e José Sócrates apresentam os projectos de colaboração da Microsoft com o Governo português.

No estúdio de videoconferência da Universidade de Aveiro, localizado no edifício da Reitoria, estará às 15.30 horas, António Oliveira, da Oliveira e Irmão, SA, para falar sobre «A importância das TIC na competitividade das empresas», bem como Osória Veiga, Gestora do ACE-Aveiro do IAPMEI, e Nuno Costa, da Microsoft, para apresentarem o programa «Competências em software, um contributo da Microsoft para o Plano Tecnológico»; um projecto que prevê o desenvolvimento de parcerias para a oferta de formação pós-secundária em Tecnologias da Informação e da Comunicação.

Às 16 horas, será estabelecida uma ligação por videoconferência ao Hotel Sheraton, em Lisboa, para transmissão das intervenções do Chairman da Microsoft Corporation, Bill Gates, e do Primeiro-Ministro, José Sócrates.

in Diário de Aveiro 2006-02-01