Orçamento e Fundos de Pensões
Voltaram à carga os críticos iletrados das decisões dos governos PSD / CDS-PP.
Até aceito que do ponto de vista dos trabalhadores da CGD, CTT e outros, a opção de juntar estes fundos de pensões ao orçamento do Estado não seja nada favorável. Mais, ate pode por em risco algum dos retornos esperados no futuro. Mas, foi a opção, o sacrificio que lhes foi pedido para ajudar ao reequilibrio das contas publicas.
Enganem-se aqueles que acham que defendo de forma intransigente estas medidas. De facto, so de uma perspectiva puramente desesperada posso aceita-las. Mas os males vieram de trás, de sucessivos governos despesistas, que engordaram o Estado em periodo de vacas gordas, e depois nao têm como alimenta-lo em periodo de recessão.
Não fosse isto, e já deveriamos estar a discutir um sistema privado de pensões. Porque motivo é que eu e qualquer outro contribuinte temos que entregar ao Estado a nossa contribuição para futura pensão de reforma quando não é reconhecido ao Estado qualquer mérito nem especial capacidade de gerir os fundos que recebe dos contribuintes... Antes pelo contrário, o Estado é cada vez mais reconhecido como um mau gestor de recursos, humanos ou financeiros. Pior ainda, é o agente económico mais ineficiente.
E mais, a contribuição para a segurança social pouco tem a ver com isto. Essa sim, é de natureza solidária com os menos favorecidos (mesmo assim discutivel em termos práticos, pois mais uma vez se denota a total incapacidade do Estado em redistribuir correctamente os rendimentos pelos mais pobres).
Que culpa terei eu que os meus antepassados tenham deixado um buraco tremendo nas contas do Estado e na Segurança Social ? Que culpa terão os meus descendentes?
"Nós não herdamos este mundo os nossos pais, pedimo-lo emprestado aos nossos filhos."
Que sejam responsabilizados os que geriram mal os fundos de todos os contribuintes, que o Estado assuma a divida, mas que deixe de uma vez por todas de se meter onde não deve. A politica de subsidiariedade tambem aqui se aplica: é quem tem mais eficiencia que deve fazer/produzir/decidir. Não é para quem quer, é para quem pode. Diria mais, para sabe fazer!
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