Segundo o FT citando o George Soros, é de esperar uma queda na economia americana pelo ano de 2007.
As implicações disto podem ser dramáticas para uma ainda muito US-dependente economia europeia em crescimento muito lento e pouco convicto.
Se há a vantagem do enfraquecimento do dolar com o respectivo impacto no preço do petroleo, a subida constante do preço dos combustiveis é apenas amenizado. Mais, em termos de exportações, o risco é enorme. A politica de abertura continuada da UE aos mercados exteriores pode revelar-se prejudicial neste momento.
Na minha opinião, o mercado europeu dever-se-á virar para os seus próprios problemas no futuro próximo, tornando as suas industrias mais competitivas, apostando claramente nas energias alternativas, que são ao mesmo tempo, produtos de industrias inovadoras, com valor acrescentado, que possibilitam retirar dependencia do exterior e aumentar os niveis de produção de riqueza interna. Liberalismo económico não é, necessáriamente, abolição de fronteiras em termos de comércio internacional. Sem tornar os agentes económicos ao nivel interno preparados para tal, de pouco serve competir directamente com as grandes potencias extra-Europa, seja Japão, China, US ou mesmo India (este último, o grande novo polo de desenvolvimento do conhecimento e inovação em termos informáticos).
Há que pois ficar atento, quem sabe até haver uma revisão por parte do BCE da politica de aumento das taxas de juro de referencia. A inflação nao parece ser de momento um problema grave, pelo que urge dinamizar a economia europeia. Tal não é, importa referir, uma responsabilidade do BCE, cuja unica função é zelar pela estabilidade dos preços da zona euro.
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