É, de facto, de enaltecer a atitude do Governo face a este ponto. Incentivos fiscais é a política correcta para favorecer uma forma de investimento de pequena dimensão, da criação de pequenas empresas. Tudo porque aparentemente o recurso ao microcrédito criou 600 postos de trabalho o ano passado.
Mas não consigo deixar de pensar que estamos a ter uma visão minimalista do problema.
Passamos do "think poor, act rich", para o "think poor, act poor" quando deveriamos estar no "think rich, act poor".
Ou seja, é de louvar esta medida, mas o principal problema mantém-se: a barragem no recurso ao capital de risco.
Os bancos não têm uma visão oportunista da realidade, mantendo a sua atitude conservadora; ao Governo não compete intervir directamente nesta área, mas sim criar incentivos para o capital de risco seja mais utilizado, como por exemplo na nossa vizinha Espanha; ao investidor é necessário mais e melhor informação, onde ir, a quem se dirigir, onde basear o seu projecto de financiamento, como elaborar um projecto que tenha apoio dos fundos europeus.
Tudo está por fazer. E um País onde o investimento tem caído tanto não se pode dar ao luxo de não apoiar as boas ideias, apenas porque as boas ideias não têm capital para iniciar o projecto.
É preciso pensar grande, pensar arrojado!
Think rich, act poor!
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