Há anos que defendo que o IA (Imposto Automóvel) em Portugal devia ser abolido. Há anos que pretendo uma forma de tributação não so mais justa (evitando a dupla tributação) como mais eficiente em termos ambientais.
É irrelevante para o ambiente se um audi a4 tdi tem 2.0 de cilindrada e está na garagem parado, e um smart forfour tem 1.1 de cilindrada a gasolina e anda todos os dias. Qual o mais tributado? O Audi. Qual o que mais prejudica o ambiente? O Smart. Imposto ridículo, isto é, se o objectivo do imposto é persuadir a compra de automóveis poluentes. E se não é, devia ser.
O imposto é, portanto, estupido na sua essencia. O imposto sobre o que gastamos em gasolina, portanto, poluição que criamos, estará nos combustiveis. O IA será mais um imposto de circulação. Tudo bem, mas ao menos cobrem consoante o que circularmos, e não a cilindrada.
E se há tanta preocupação com o ambiente, porque razão a estrutura tributária incide tanto sobre o Toyota Prius ?
De qualquer forma, parece que o Parlamento Europeu quer mudar alguma coisa. A ver aqui.
4 comentários:
Concordo plenamente com o que disseste!
Paguei 49 euros pelo IA de um Daewoo Lanus 1.4 cc do ano 2000 a gasolina e o meu pai pagou os mesmos 49 euros pelo IA de um Renault Mégane comercial 1.9 cc de 2001 a gasóleo!
Já a minha mãe que tem um Renault Clio 1.2 de 2004 a gasolina pagou 24 euros e consome mais do que os outros carros!
Caro Sarcastic,
Refiro-me ao IA e não ao imposto de Selo.
Cumprimentos
Sim, ok, compreendi
Mas fica aqui na mesma o testemunho de uma roubalheira imensa!
Associei o IA aos Imposto Autarquico!
Viva Companheiro
Interessante esta tua abordagem.
De facto é de uma falta de respeito para com os cidadãos e de alguma incoerência financeira a duplicação do imposto, porque a imposição do IA e do IVA no mesmo produto, é, tão somente, tributar duas vezes.
Eu, que até nem ligo muito (ou quase nada) à União Europeia, desta vez dou a mão á palmatória e espero sinceramente que a imposição de acabar com o IA seja uma realidade.
No que diz respeito à taxa ambiental, devo reconhecer que aqui a matéria é mais melindrosa. Embora reconheça a lógica do imposto.
Só que os argumentos que apresentas, baseados na circulação (kms percorridos) não me parecem uma razoável justificação.
Porque o Audi 2.0 cc está na garagem porque o seu dono assim o quiz. Mas se andar tem um impacte ambiental diferente do do Smart 1.1 cc.
A regra tem qu se bem estabelecida e justa. E estes valores parecem-me serem dificeis de encontrar, ou de pelo menos não serem muito contestavéis.
Um abraço não poluente e isento de imposto
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