terça-feira, julho 29, 2008

EMA: o buraco sem fundo

Sejamos realistas, o Estadio Municipal de Aveiro, EM foi uma empresa criada com o unico intuito de retirar passivo do balanço da CM Aveiro e poupar alguns trocos com o IVA.

A EMA nao tem qualquer poder de encaixe financeiro, nem soluçao possível. Nao é uma empresa no verdadeiro sentido da palavra, é um sorvedouro de fundos publicos, como tantos ha por aí.

Ja pouco importa quem criou o problema (ate porque nao o vai resolver), embora fosse importante que esses tivessem mais decoro e uma atitude mais responsavel.

Nao vou invocar o argumento facil (apesar de verdadeiro) que não aprovei em sede propria com o meu voto a sua construçao. Ser-me-ia de facto dificil naquela altura ver o Euro2004 partir para Viseu.

Mas a verdade é que muitos destes problemas eram possiveis de antever na altura e nao foram convenientemente acautelados. Toda a construçao e planeamento do estádio foi errada e teve o consentimento dos responsaveis de então. O estádio foi construído sem o minimo cuidado para ser rentavel. As infraestruturas sao debeis, pouco resistentes. Os materiais (mais do que de duvidoso gosto) pereciveis. As areas nao sao funcionais, e mesmo aquelas para as quais foi planeado um uso rentavel, nao foi acautelado questoes tao simples como...janelas, ou pilares. Enfim, todo um desastre arquitectónico. Uma verdadeira taveirada...

Agora resta pagar...e durante muito tempo.

Soluçoes?

1. Obvio que se houver algum desalmado suficientemente inconsciente para pagar a concessao de tal elefante colorido, entao força !

2. Nao desaprovaria a junçao de todas as empresas municipais de aveiro (com excepçao do TA, por nao se enquadrar a meu ver naquilo que deve ser a rede de empresas publicas municipais, dado o seu fim muito especifico e delicado). Esta sinergia poderia mesmo criar condiçoes para que houvesse investimento no Estádio por forma a poder tornar-se, se nao rentavel, no minimo menos oneroso.

3. A minha soluçao preferida embora utopica: englobar toda a divida da EMA e vender sob a forma de obrigaçoes municipais aos municipes a uma respectiva taxa de juro conveniente com o nivel de risco de default da CMA. Esta taxa a meu ver nunca poderia ser inferior a 15% ( 10% acima da taxa de juro sem risco). Obrigaria a tomar medidas e soluçoes. Implicava controlo da populaçao sobre toda a actividade. Impediria divisoes entre clube residente e cidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Agora é que disse tudo: Uma verdadeira Taveirada!
Ou seja, fomos todos enr......!