A espanhola Iberia e a britanica British Airways vai encetar conversaçoes para se fusionarem (sim, nao é "fundirem").
Para alem dos obvios ganhos de sinergias (inumeros avioes vai poder ficar parados), ha toda uma gestao de frotas, pilotos e trabalhadores, assim como de optimizaçao de recursos em dois dos maiores aeroportos da Europa (Barajas Madrid e Heathrow Londres).
Neste contexto, e nao esquecendo que a Iberia vinha ja ganhando inumera força na peninsula iberica fruto da agressiva politica de voos para a Europa, ganha agora mais poder naquele que vem sendo a sua grande aposta: os percursos sul-americanos, onde a TAP vinha tendo grandes esperanças.
Com o fim dos hedges para o preço do petroleo (desde ha um ano...) e a manter-se assim (nao é o que apostaria, mas é um cenário...), as dificuldades para a transportadora portuguesa so podem aumentar...
terça-feira, julho 29, 2008
EMA: o buraco sem fundo
Sejamos realistas, o Estadio Municipal de Aveiro, EM foi uma empresa criada com o unico intuito de retirar passivo do balanço da CM Aveiro e poupar alguns trocos com o IVA.
A EMA nao tem qualquer poder de encaixe financeiro, nem soluçao possível. Nao é uma empresa no verdadeiro sentido da palavra, é um sorvedouro de fundos publicos, como tantos ha por aí.
Ja pouco importa quem criou o problema (ate porque nao o vai resolver), embora fosse importante que esses tivessem mais decoro e uma atitude mais responsavel.
Nao vou invocar o argumento facil (apesar de verdadeiro) que não aprovei em sede propria com o meu voto a sua construçao. Ser-me-ia de facto dificil naquela altura ver o Euro2004 partir para Viseu.
Mas a verdade é que muitos destes problemas eram possiveis de antever na altura e nao foram convenientemente acautelados. Toda a construçao e planeamento do estádio foi errada e teve o consentimento dos responsaveis de então. O estádio foi construído sem o minimo cuidado para ser rentavel. As infraestruturas sao debeis, pouco resistentes. Os materiais (mais do que de duvidoso gosto) pereciveis. As areas nao sao funcionais, e mesmo aquelas para as quais foi planeado um uso rentavel, nao foi acautelado questoes tao simples como...janelas, ou pilares. Enfim, todo um desastre arquitectónico. Uma verdadeira taveirada...
Agora resta pagar...e durante muito tempo.
Soluçoes?
1. Obvio que se houver algum desalmado suficientemente inconsciente para pagar a concessao de tal elefante colorido, entao força !
2. Nao desaprovaria a junçao de todas as empresas municipais de aveiro (com excepçao do TA, por nao se enquadrar a meu ver naquilo que deve ser a rede de empresas publicas municipais, dado o seu fim muito especifico e delicado). Esta sinergia poderia mesmo criar condiçoes para que houvesse investimento no Estádio por forma a poder tornar-se, se nao rentavel, no minimo menos oneroso.
3. A minha soluçao preferida embora utopica: englobar toda a divida da EMA e vender sob a forma de obrigaçoes municipais aos municipes a uma respectiva taxa de juro conveniente com o nivel de risco de default da CMA. Esta taxa a meu ver nunca poderia ser inferior a 15% ( 10% acima da taxa de juro sem risco). Obrigaria a tomar medidas e soluçoes. Implicava controlo da populaçao sobre toda a actividade. Impediria divisoes entre clube residente e cidade.
A EMA nao tem qualquer poder de encaixe financeiro, nem soluçao possível. Nao é uma empresa no verdadeiro sentido da palavra, é um sorvedouro de fundos publicos, como tantos ha por aí.
Ja pouco importa quem criou o problema (ate porque nao o vai resolver), embora fosse importante que esses tivessem mais decoro e uma atitude mais responsavel.
Nao vou invocar o argumento facil (apesar de verdadeiro) que não aprovei em sede propria com o meu voto a sua construçao. Ser-me-ia de facto dificil naquela altura ver o Euro2004 partir para Viseu.
Mas a verdade é que muitos destes problemas eram possiveis de antever na altura e nao foram convenientemente acautelados. Toda a construçao e planeamento do estádio foi errada e teve o consentimento dos responsaveis de então. O estádio foi construído sem o minimo cuidado para ser rentavel. As infraestruturas sao debeis, pouco resistentes. Os materiais (mais do que de duvidoso gosto) pereciveis. As areas nao sao funcionais, e mesmo aquelas para as quais foi planeado um uso rentavel, nao foi acautelado questoes tao simples como...janelas, ou pilares. Enfim, todo um desastre arquitectónico. Uma verdadeira taveirada...
Agora resta pagar...e durante muito tempo.
Soluçoes?
1. Obvio que se houver algum desalmado suficientemente inconsciente para pagar a concessao de tal elefante colorido, entao força !
2. Nao desaprovaria a junçao de todas as empresas municipais de aveiro (com excepçao do TA, por nao se enquadrar a meu ver naquilo que deve ser a rede de empresas publicas municipais, dado o seu fim muito especifico e delicado). Esta sinergia poderia mesmo criar condiçoes para que houvesse investimento no Estádio por forma a poder tornar-se, se nao rentavel, no minimo menos oneroso.
3. A minha soluçao preferida embora utopica: englobar toda a divida da EMA e vender sob a forma de obrigaçoes municipais aos municipes a uma respectiva taxa de juro conveniente com o nivel de risco de default da CMA. Esta taxa a meu ver nunca poderia ser inferior a 15% ( 10% acima da taxa de juro sem risco). Obrigaria a tomar medidas e soluçoes. Implicava controlo da populaçao sobre toda a actividade. Impediria divisoes entre clube residente e cidade.
Merrill Lynch limpa balanço
Ontem ao fecho do mercado americano o banco Merrill Lynch (ML) anunciou um aumento de capital de 8,5 bn USD assim como a venda de 30,6 bn USD (par value) de CDOs (collaterized debt obligations) a 22 centimos de dollar do par, ou seja, praticamente reduzindo a zero a sua exposiçao a este tipo de activos que está actualmente no centro de toda a crise financeira.
A ML tinha anunciado resultados ha cerca de duas semanas e tinha estes activos avaliados no seu balanço a cerca de 35 centimos de dollar.
A enorme desvalorizaçao dos CDOs resulta de defaults nas hipotecas (assim como no aumento da probabilidade de default descontado pelo mercado para os proximos tempos). Com o preço das casas nos EUA ainda a baixar e a divida dos particulares nos maximos dos preços desses activos imobiliarios, restam poucas soluçoes senao entregar a casa, e aos bancos que detem direitos sobre essas dividas fazer a foreclosure e encaixar a (enorme) perda.
Talvez seja este o principio do fim da crise, mas acima de tudo, o inicio de uma nova realidade no mundo financeiro.
A ML tinha anunciado resultados ha cerca de duas semanas e tinha estes activos avaliados no seu balanço a cerca de 35 centimos de dollar.
A enorme desvalorizaçao dos CDOs resulta de defaults nas hipotecas (assim como no aumento da probabilidade de default descontado pelo mercado para os proximos tempos). Com o preço das casas nos EUA ainda a baixar e a divida dos particulares nos maximos dos preços desses activos imobiliarios, restam poucas soluçoes senao entregar a casa, e aos bancos que detem direitos sobre essas dividas fazer a foreclosure e encaixar a (enorme) perda.
Talvez seja este o principio do fim da crise, mas acima de tudo, o inicio de uma nova realidade no mundo financeiro.
domingo, julho 27, 2008
Fantasminha Brincalhão...buh buh buh
Acha o video mau ? Tente ver este link...:
http://fantasmadaopera99.blogspot.com/
(estive na duvida entre o video de cima e este)
sexta-feira, julho 25, 2008
Liga Sagres na RTP: afinal sempre é pay per view
A RTP ganhou surpreendentemente o concurso de direitos televisivos em sinal aberto da I Liga de futebol. Nada de mais estranho portanto. E quanto mais pensamos nisso, mais estranho fica. Senao, vejamos:
1. A RTP é uma empresa pública. (inclua-se na definiçao, a má gestão, inerente a quase tudo o que é gerido pelo Estado).
2. O corolário de 1. é que é uma empresa falida, onde é necessário injectar capital (dos contribuintes, ora pois!) e fortemente subsidiada.
3. Sendo uma empresa pública, deve servir os interesses da sociedade. Eu gosto de futebol, mas isso nao significa que o futebol seja algo com impacto positivo na sociedade. Penso eu (de que).
4. Dir-me-ão, o futebol traz receitas publicitárias. Correcto. Mas o mundo está em recessão, a publicidade está a apertar o cinto, como toda a gente. Isto significa que o NPV deste projecto é menor, tanto maior for a oferta pelos direitos. Ora, sendo de grande interesse para qualquer televisão sem o enviesamento de ser detida pelo Estado, não lhes é permitido abdicar facilmente destes direitos. Ou seja, oferecem o maximo que podem para ainda ter lucro na operaçao. A RTP ofereceu mais que os canais privados.
5. A diferença entre o que a RTP oferece e o que a TVI oferece é o que a sociedade como um todo PERDE por não optimizar o mercado via privados. É uma externalidade...so que o futebol não é um bem publico... a RTP é que é... Por isso perde-se também o custo de oportunidade do montante pago (retirando a tal diferença) que poderia ser aplicado em programação de qualidade que servisse o interesse público, seja la o que isso for.
6. Nao vou falar sequer em ligaçoes ZON-PS-Joaquim Oliveira-etc.
1. A RTP é uma empresa pública. (inclua-se na definiçao, a má gestão, inerente a quase tudo o que é gerido pelo Estado).
2. O corolário de 1. é que é uma empresa falida, onde é necessário injectar capital (dos contribuintes, ora pois!) e fortemente subsidiada.
3. Sendo uma empresa pública, deve servir os interesses da sociedade. Eu gosto de futebol, mas isso nao significa que o futebol seja algo com impacto positivo na sociedade. Penso eu (de que).
4. Dir-me-ão, o futebol traz receitas publicitárias. Correcto. Mas o mundo está em recessão, a publicidade está a apertar o cinto, como toda a gente. Isto significa que o NPV deste projecto é menor, tanto maior for a oferta pelos direitos. Ora, sendo de grande interesse para qualquer televisão sem o enviesamento de ser detida pelo Estado, não lhes é permitido abdicar facilmente destes direitos. Ou seja, oferecem o maximo que podem para ainda ter lucro na operaçao. A RTP ofereceu mais que os canais privados.
5. A diferença entre o que a RTP oferece e o que a TVI oferece é o que a sociedade como um todo PERDE por não optimizar o mercado via privados. É uma externalidade...so que o futebol não é um bem publico... a RTP é que é... Por isso perde-se também o custo de oportunidade do montante pago (retirando a tal diferença) que poderia ser aplicado em programação de qualidade que servisse o interesse público, seja la o que isso for.
6. Nao vou falar sequer em ligaçoes ZON-PS-Joaquim Oliveira-etc.
quarta-feira, julho 23, 2008
Tecnologia em papel
Uma equipa de portugueses desenvolveu uma tecnologia que permite criar um transistor numa folha de papel. Permite aplicações inovadoras como identificaçao eletronica inserida em documentos. Como não percebo muito do assunto, indico o link:
http://www.physorg.com/news135927474.html
Entao e o Robin de collants ?!
Agora que o Crude Oil voltou a preços de Maio (muito antes de se falar na taxa Robin dos Bosques) que vai acontecer ?
a) A taxa é suspensa;
b) o consumidor vai pagar o risco das petroliferas poderem ter que pagar a taxa;
c) os preços nao baixam nas bombas, e fica tudo na mesma, no nacional-porreirismo-socialista;
a) A taxa é suspensa;
b) o consumidor vai pagar o risco das petroliferas poderem ter que pagar a taxa;
c) os preços nao baixam nas bombas, e fica tudo na mesma, no nacional-porreirismo-socialista;
Chavez outra vez por ca...
Quanto vale para uma democracia albergar e negociar com um ditador ? A preços de hoje, 126 USD / barril.
domingo, julho 20, 2008
Casamento para todos ? Claro
Se me perguntarem se tenho algo contra o "casamento" - leia-se contrato entre duas pessoas - de pessoas de sexo igual, a resposta é não. Cada um deve ser livre de optar pelo que muito bem entender.
Contudo, nesse caso, a igualdade deve também ser..."progressista" como advoga a JS. Ou seja, beneficios fiscais zero para todos os casais e incentivos à natalidade. Nada mais justo ou igualitário.
Contudo, nesse caso, a igualdade deve também ser..."progressista" como advoga a JS. Ou seja, beneficios fiscais zero para todos os casais e incentivos à natalidade. Nada mais justo ou igualitário.
sexta-feira, julho 18, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
Energia Nuclear: agora é que querem discutir ?!
Este post data de Abril de 2006. Repare-se na ainda pertinencia.
http://neoliberalismo.blogspot.com/2006/04/realidade-hoje-para-prevenir-o-amanh.html
http://neoliberalismo.blogspot.com/2006/04/realidade-hoje-para-prevenir-o-amanh.html
terça-feira, julho 15, 2008
Segurem-se ! Vem aí a decisão !
Estará iminente a decisão do TC quanto ao pedido de empréstimo da CM de Aveiro. Sinceramente, divertido é mesmo ver como os diversos "jogadores" se dispoem no tabuleiro, jogando com a incerteza (?) da decisão, mas também com a reacçao e consequencias da mesma, em uns e em outros.
Seja como for, depois da decisão haverá um body count, porque haverá casualties certamente. Inevitavelmente, diria. Seja quem incoerentemente "torcia" para que o emprestimo passasse, para numa reviravolta política inesquecível passou a achar a aceitaçao do emprestimo (depois do primeiro chumbo) uma "catastrofe" para a cidade; seja para quem pede Robespierre's na vereaçao; seja para os donos das respectivas cabeças; seja inclusivamente para quem gosta de emergir das cinzas, porque no queimado há menos para se queimar.
Divertimento puro, portanto.
P.S.: nao se esqueçam das tintas para o estádio, um mero miminho a quem quiser concessionar aquilo por tanto milhao...
Seja como for, depois da decisão haverá um body count, porque haverá casualties certamente. Inevitavelmente, diria. Seja quem incoerentemente "torcia" para que o emprestimo passasse, para numa reviravolta política inesquecível passou a achar a aceitaçao do emprestimo (depois do primeiro chumbo) uma "catastrofe" para a cidade; seja para quem pede Robespierre's na vereaçao; seja para os donos das respectivas cabeças; seja inclusivamente para quem gosta de emergir das cinzas, porque no queimado há menos para se queimar.
Divertimento puro, portanto.
P.S.: nao se esqueçam das tintas para o estádio, um mero miminho a quem quiser concessionar aquilo por tanto milhao...
segunda-feira, julho 14, 2008
Capitalismo para (des)entedidos em Estado Central
Reconheço que para nao especialistas, a economia e em especial as finanças possa dar a "Ilusão da Visão" para interpretações dispares. Temo no entanto que em muitos casos essa ilusória necessidade de "interpretar" segundo uma ideologia barra e esbarra na realidade pura e dura, cujo desconhecimento compreende-se. A economia real, o capital e os mercados financeiros são exactamente como o dinheiro: sem cor e sem ideologia.
A minha ideia de neo-liberalismo pode também em parte entrar neste enquadramento, e esbarrar também ela na realidade, mas nunca a tal ponto utópico.
Neste post que apesar de assinado por um não especialista, tem o mérito de abordar o tema, há inumeros erros da tal "interpretação".
1. Os bancos são empresas especiais, não pelo poder financeiro que supostamente lhes é atribuido pela esquerda política, mas sim pelo facto de serem o nucleo de qualquer economia (seja ela de Estado Central ou Liberal).
2. Os bancos e entidades financeiras por serem especiais, tem também obrigações especiais, incluindo uma muitas vezes esquecida nestas "interpretações" obrigação de deixar uma percentagem dos seus depósitos numa entidade supervisora (como nenhum outro sector tem), que em Portugal se dá pelo nome de Banco de Portugal. Seria bom ver por uma vez estes acerrimos defensores do proletariado avançarem com ideias economicamente inteligentes (em vez da hipocrita retória do costume), como obrigações semelhantes para outras empresas.
3. Talvez seja falta de conhecimento ou nao, mas para o mercado muitas das vezes as intenções funcionam quase tão bem como os actos propriamente ditos, quando vindo da autoridades. É o sinal que é dado que importa. No caso em particular da Fannie Mae e Freddie Mac, o Tesouro Norte-Americano ao assegurar a dívida destas empresas deu um sinal positivo que a tal dívida tem de facto baixo risco. Ainda (e provavelmente nunca terá que o fazer) não colocou um único centimo nessa dívida. O mesmo se aplica à equity destas empresas. O Estado se por acaso tiver que comprar acções de alguma destas empresas, fá-lo-á a um preço extraordináriamente baixo (quem sofre serão os "odiados" "jogadores"), pelo que os contribuintes farão ainda um excelente negócio (privatizaram caro e agora recompram barato...). A equity em caso de falência vale ZERO.
4. Convem também nao esquecer que foram estas duas empresas quem possibilitou o chamado American Dream, que inclui naturalmente inumeros imigrantes vindos de ditaduras comunistas por essa América Latina fora, a fugir da miséria a que foram votados. E o contribuinte até aqui também nada pagou por isso...
Dito isto, aceito sugestões para perceber quem é que realmente tomou o risco... Se o Estado ou os privados que perderam dinheiro.
E ja agora, expliquem-me como seria um mundo sem sistema financeiro. Sem classes? Ou com caos ?
A minha ideia de neo-liberalismo pode também em parte entrar neste enquadramento, e esbarrar também ela na realidade, mas nunca a tal ponto utópico.
Neste post que apesar de assinado por um não especialista, tem o mérito de abordar o tema, há inumeros erros da tal "interpretação".
1. Os bancos são empresas especiais, não pelo poder financeiro que supostamente lhes é atribuido pela esquerda política, mas sim pelo facto de serem o nucleo de qualquer economia (seja ela de Estado Central ou Liberal).
2. Os bancos e entidades financeiras por serem especiais, tem também obrigações especiais, incluindo uma muitas vezes esquecida nestas "interpretações" obrigação de deixar uma percentagem dos seus depósitos numa entidade supervisora (como nenhum outro sector tem), que em Portugal se dá pelo nome de Banco de Portugal. Seria bom ver por uma vez estes acerrimos defensores do proletariado avançarem com ideias economicamente inteligentes (em vez da hipocrita retória do costume), como obrigações semelhantes para outras empresas.
3. Talvez seja falta de conhecimento ou nao, mas para o mercado muitas das vezes as intenções funcionam quase tão bem como os actos propriamente ditos, quando vindo da autoridades. É o sinal que é dado que importa. No caso em particular da Fannie Mae e Freddie Mac, o Tesouro Norte-Americano ao assegurar a dívida destas empresas deu um sinal positivo que a tal dívida tem de facto baixo risco. Ainda (e provavelmente nunca terá que o fazer) não colocou um único centimo nessa dívida. O mesmo se aplica à equity destas empresas. O Estado se por acaso tiver que comprar acções de alguma destas empresas, fá-lo-á a um preço extraordináriamente baixo (quem sofre serão os "odiados" "jogadores"), pelo que os contribuintes farão ainda um excelente negócio (privatizaram caro e agora recompram barato...). A equity em caso de falência vale ZERO.
4. Convem também nao esquecer que foram estas duas empresas quem possibilitou o chamado American Dream, que inclui naturalmente inumeros imigrantes vindos de ditaduras comunistas por essa América Latina fora, a fugir da miséria a que foram votados. E o contribuinte até aqui também nada pagou por isso...
Dito isto, aceito sugestões para perceber quem é que realmente tomou o risco... Se o Estado ou os privados que perderam dinheiro.
E ja agora, expliquem-me como seria um mundo sem sistema financeiro. Sem classes? Ou com caos ?
domingo, julho 13, 2008
sábado, julho 12, 2008
Fannie Mae e Freddie Mac: o centro da crise
A crise hipotecária nos EUA atingiu esta semana o seu auge, certa de um ano depois de começar. Na semana em que a maior parte dos mercados mundiais entraram oficialmente em bear market (designaçao que lhes é dada depois de cairem mais de 20% desde o ultimo máximo), duas empresas estiveram em especial destaque, pelo seu comportamento em bolsa, mas especialmente pela sua importância na maior economia do mundo.
A Federal National Mortgage Association (mais conhecida pelo acrónimo Fannie Mae) e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (com o acrónimo Freddie Mac) sao GSEs (Government Sponsored Enterprises) mas detidas por stockholders (investidores, como qualquer outra empresa cotada em bolsa). Tanto a Fannie Mae como a Freddie Mac tem como negócio financiar hipotecas (a outras entidades financeiras) ou garantir essas hipotecas, e como contrapartida (e daqui vem o seu lucro) vender MBS (mortgage backed securities), que nao sao mais do que pacotes de hipotecas que financiou ou garantiu, mas cuja reuniao em pacotes permite vender por um preço mais elevado do que se o fizesse individualmente, via efeito de diversificaçao de risco. Por outras palavras, empresta dinheiro a entidades financeiras que fazem emprestimos para comprar casa a clientes, e por outro lado, investidores de MBS emprestam-lhes dinheiro; via efeito de diversificaçao, a taxa que cobram é maior que a taxa que pagam, pelo que o seu negocio é na pratica securitizar hipotecas.
A criaçao destas entidades permitiu dar liquidez ao mercado de hipotecas nos EUA, e foi uma forma de universalizar o acesso a uma habitação própria aos americanos. Foi portanto uma politica social, iniciada em 1968 e intensificada e massificada a partir de 2000. Para aqueles que olham os EUA como o centro do capitalismo, esta foi uma forma via mercado de tornar possivel que muitos americanos pudessem ter uma casa propria.
Contudo, a espiral de preços das casas teve um forte revés há cerca de 2 / 3 anos atras. Em julho de 2007 estourou a crise do subprime, e muitas das entidades financeiras que detinham hipotecas ou instrumentos derivados de hipotecas subprime, viram o seu patrimonio desaparecer, e muitas foram inclusivamente à falencia.
Contudo, estas duas GSEs, não estao no negocio do subprime, as suas hipotecas sao na esmagadora maioria de qualidade superior (prime ou near-prime). No entanto, as hipotecas que detem correspondem a metade do valor total de hipotecas dos EUA, isto é, detém ou securitizam cerca de 5 trillion USD (5 biliões de USD) do total de 12 trillion USD.
Tanto a Fannie Mae como a Freddie Mac esta semana desvalorizaram-se cerca de 70% em bolsa , com rumores que estariam em falencia técnica segundo os critérios contabilisticos em vigor nos EUA, onde os MBS (e todos os activos) teriam de ser avaliados ao fair price (ou seja, em caso de liquidação imediata, qual o seu valor no mercado). Sendo que o mercado de MBS está praticamente "morto", estes activos, apesar do valor intrinseco, tem um baixissimo valor de mercado, devido à escassez de procura.
Sendo GSEs, tanto a Fannie Mae como a Freddie Mac tem uma garantia implicita do Governo Norte-Americano, que assegura a sua divida tacitamente. Contudo, isto nao implica que reste algum valor para os accionistas...
Em caso de tomada firme pelo Governo Americano destas GSEs, a divida publica Norte-Americana praticamente duplica, pelo que será a maior injecçao de capitais publicos para obra social que ha memória...
Nada mau para o centro do capitalismo e imperialismo que tantos odeiam...
sexta-feira, julho 11, 2008
Robin Hood II - O Heroi em Collants
A economia e a política tem destas coisas engraçadissimas. Não é que os ambientalistas e defensores de medidas ecológicas agora estão calados com este novo imposto sobre a Galp ?
Curioso, porque o aumento do custo dos combustíveis incentiva não só a poupança de energia (e menos poluição, consequentemente) como acima de tudo incentiva o uso e desenvolvimento de novas energias alternativas...
Claro que tributando a Galp para "ajudar os mais desfavorecidos", o Estado está indirectamente a tornar menos rentável o projecto que ainda ontem apresentou dos carros electricos.
Pior, está a tornar uma situação onde a preocupação com o preço com os combustíveis e com o ambiente, se torna uma perseguição a lucros legítimos.
Mas, no fim de contas, quem é que julgava que a esquerda era coerente ?
Curioso, porque o aumento do custo dos combustíveis incentiva não só a poupança de energia (e menos poluição, consequentemente) como acima de tudo incentiva o uso e desenvolvimento de novas energias alternativas...
Claro que tributando a Galp para "ajudar os mais desfavorecidos", o Estado está indirectamente a tornar menos rentável o projecto que ainda ontem apresentou dos carros electricos.
Pior, está a tornar uma situação onde a preocupação com o preço com os combustíveis e com o ambiente, se torna uma perseguição a lucros legítimos.
Mas, no fim de contas, quem é que julgava que a esquerda era coerente ?
quinta-feira, julho 10, 2008
Robin Hood ao poder ! Traz um amigo também !
Um Estado que cobra impostos especiais a empresas especificas é um Estado no mínimo pró-Revolucionário ou pró-Soviético. Parabéns extrema-esquerda. Ganharam.
Agora preparem-se para que as melhores empresas saiam do País assim que puderem. Eu assim o faria. E fiquem com os vossos sindicatos e o desemprego.
Ridiculo.
Tenho vergonha do Estado em que vivo e acima de tudo dos pseudo-governantes intelectualmente menores e desonestos que temos.
(Pergunto-me se o Estado criaria baixa de impostos especiais à Galp se por acaso o Crude Oil passasse de repente para abaixo de 40 USD... Ou se por acaso algum arauto de esquerda viria reclamar pelos prejuizos "extraordináriamente baixos". )
Agora preparem-se para que as melhores empresas saiam do País assim que puderem. Eu assim o faria. E fiquem com os vossos sindicatos e o desemprego.
Ridiculo.
Tenho vergonha do Estado em que vivo e acima de tudo dos pseudo-governantes intelectualmente menores e desonestos que temos.
(Pergunto-me se o Estado criaria baixa de impostos especiais à Galp se por acaso o Crude Oil passasse de repente para abaixo de 40 USD... Ou se por acaso algum arauto de esquerda viria reclamar pelos prejuizos "extraordináriamente baixos". )
Robin Hood, Sheriff de Nottingham e o King Richard
OK. O Robin Hood roubava as colectas de imposto ao Sheriff de Nottingham, mandado pelo King John, para redistribuir pelos pobres.
Pergunta: Os escaloes de IRS e a tributação chamada "progressiva" ja nao é supostamente uma forma de redistribuição de riqueza? Então e que dizer dos infindáveis subsídios que o Estado dá aos desbarato sem saber exactamente se cumprem o fim para o qual foram criados ?
Claro que o tirano King John tentava cobrar o máximo de imposto aos cidadãos, e o Sheriff de Nottingham era o cobrador coersivo.
Pergunta: O Estado já nao cobra demasiados impostos?
A situação do povo em geral na floresta de Sherwood era de facto precária. Ao fim ao cabo, por mais que trabalhassem e recolhessem de riqueza, sabiam que mais cedo ou mais tarde o Sheriff lhes retiraria o proveito do seu trabalho.
Pergunta: A cobrança desmedida de impostos incentiva à produtividade ?
Pergunta: Cobrar impostos a quem mais conseguia ganhar (uns menos pobres que outros, mas todos pobres, todavia, em Sherwood) resolvia as desigualdades sociais ou tornava todos igualmente paupérrimos ?
Como centro da revolta popular, Robin Hood decide roubar ao Sheriff e ao King John, para devolver o dinheiro aos pobres, nao se sabe ao certo em que proporções.
Pergunta: Já nao há quem fuja ao fisco ?
Pergunta: Entre tirar e voltar a redistribuir, porque nao deixar tudo como está?
Pergunta: Já nao pagamos demasiados impostos (não esqueçamos que neste "nos" incluo as empresas que nos pagam salarios)?
Depois da chegada do King Richard, tudo ficou diferente. Presume-se que os impostos tenham baixado, porque Robin Hood viveu feliz para sempre com a Lady Marion.
Pergunta: Mas será que foi pelos roubos do Robin Hood ou por uma política diferente ?
Pergunta: O King Richard perguntou quem era o mais rico ou quem é que produzia mais ferro ou mais vestidos de cetim para a Lady Marion e passou a cobrar lhes mais imposto por isso so porque eram bens com elevada procura ?
Pergunta: Os escaloes de IRS e a tributação chamada "progressiva" ja nao é supostamente uma forma de redistribuição de riqueza? Então e que dizer dos infindáveis subsídios que o Estado dá aos desbarato sem saber exactamente se cumprem o fim para o qual foram criados ?
Claro que o tirano King John tentava cobrar o máximo de imposto aos cidadãos, e o Sheriff de Nottingham era o cobrador coersivo.
Pergunta: O Estado já nao cobra demasiados impostos?
A situação do povo em geral na floresta de Sherwood era de facto precária. Ao fim ao cabo, por mais que trabalhassem e recolhessem de riqueza, sabiam que mais cedo ou mais tarde o Sheriff lhes retiraria o proveito do seu trabalho.
Pergunta: A cobrança desmedida de impostos incentiva à produtividade ?
Pergunta: Cobrar impostos a quem mais conseguia ganhar (uns menos pobres que outros, mas todos pobres, todavia, em Sherwood) resolvia as desigualdades sociais ou tornava todos igualmente paupérrimos ?
Como centro da revolta popular, Robin Hood decide roubar ao Sheriff e ao King John, para devolver o dinheiro aos pobres, nao se sabe ao certo em que proporções.
Pergunta: Já nao há quem fuja ao fisco ?
Pergunta: Entre tirar e voltar a redistribuir, porque nao deixar tudo como está?
Pergunta: Já nao pagamos demasiados impostos (não esqueçamos que neste "nos" incluo as empresas que nos pagam salarios)?
Depois da chegada do King Richard, tudo ficou diferente. Presume-se que os impostos tenham baixado, porque Robin Hood viveu feliz para sempre com a Lady Marion.
Pergunta: Mas será que foi pelos roubos do Robin Hood ou por uma política diferente ?
Pergunta: O King Richard perguntou quem era o mais rico ou quem é que produzia mais ferro ou mais vestidos de cetim para a Lady Marion e passou a cobrar lhes mais imposto por isso so porque eram bens com elevada procura ?
quarta-feira, julho 09, 2008
Empresas Municipais de Aveiro
Novo folego para a reorganização das empresas municipais em Aveiro foi agora dado pelo actual executivo. Há muito se espera a extinção de muitas destas gorduras, criadas em tempo fartura (virtual, é certo, era apenas ilusão contabilistica).
Resta esperar para ver qual as decisões a tomar, sendo que há obvias sinergias a obter na fusão de varias empresas municipais, e até forma de formar um package mais interessante para eventual venda. Não haja dúvida que o grande cancro reside no EMA, sendo a sua concessão por 60 milhoes de euros eufemisticamente utópica a meu ver, pelo que o caminho passa indubitavelmente pela constituição de um grupo empresarial municipal, capaz de gerar receitas e sinergias, assim como mais-valias para o municipio, sempre tendo em conta que o problema reside na genese (ou seja, na criaçao das empresas para camuflar divida) e nas eventuais tentativas de resoluçao do problema.
Nao obstante, a entrada de capital privado é assim mais facil e deve ser incentivado. Torna-se menos importante em que peso a CMA participa, mas convem ter algum poder de decisão, caso contrario mais vale vender a totalidade. Uma perda marginal de peso no capital que pode ser decisivo, é muito mais valioso que o preço simples da percentagem de capital, e isto deve ser introduzido em possiveis negociações, ou em alternativa, com a criação de obrigações contratuais que defendam os interesses dos municipes. Ou entao, a total privatização (a melhor opção sempre que possivel), apesar de constituir a aceitaçao da total incapacidade de gerir rentavelmente, a manutenção do erro é sempre pior.
E que nao haja duvidas, a MoveAveiro só terá futuro sendo privatizada. A gestão municipal é incompetente, a actividade sindical inaceitavel e prejudicial para a propria empresa e a politica de subsidio-dependencia apenas adia o inevital: a ruptura total.
Resta esperar para ver qual as decisões a tomar, sendo que há obvias sinergias a obter na fusão de varias empresas municipais, e até forma de formar um package mais interessante para eventual venda. Não haja dúvida que o grande cancro reside no EMA, sendo a sua concessão por 60 milhoes de euros eufemisticamente utópica a meu ver, pelo que o caminho passa indubitavelmente pela constituição de um grupo empresarial municipal, capaz de gerar receitas e sinergias, assim como mais-valias para o municipio, sempre tendo em conta que o problema reside na genese (ou seja, na criaçao das empresas para camuflar divida) e nas eventuais tentativas de resoluçao do problema.
Nao obstante, a entrada de capital privado é assim mais facil e deve ser incentivado. Torna-se menos importante em que peso a CMA participa, mas convem ter algum poder de decisão, caso contrario mais vale vender a totalidade. Uma perda marginal de peso no capital que pode ser decisivo, é muito mais valioso que o preço simples da percentagem de capital, e isto deve ser introduzido em possiveis negociações, ou em alternativa, com a criação de obrigações contratuais que defendam os interesses dos municipes. Ou entao, a total privatização (a melhor opção sempre que possivel), apesar de constituir a aceitaçao da total incapacidade de gerir rentavelmente, a manutenção do erro é sempre pior.
E que nao haja duvidas, a MoveAveiro só terá futuro sendo privatizada. A gestão municipal é incompetente, a actividade sindical inaceitavel e prejudicial para a propria empresa e a politica de subsidio-dependencia apenas adia o inevital: a ruptura total.
terça-feira, julho 08, 2008
É "VOI" ou "BACA" !?
http://www.moveaveiro.pt/Votacoes/votacoes.htm
uma votação excitante a não perder no site da MoveAveiro !
uma votação excitante a não perder no site da MoveAveiro !
domingo, julho 06, 2008
Bagunça na FPF
Nem sequer vou falar de futebol e corrupçao. As ligaçoes entre os dois sao demasiado obvias neste caso do CJ da FPF.
Vou apenas lembrar o quão sintomático esta situação é do estado deplorável da legislação portuguesa. Pode-se andar para a frente e para trás com recursos, e no fim (ultima instancia portanto) ainda há forma de nao ser tomada uma decisão. Ou nao é válida.
A verdade é que a inexplicável complexidade do sistema jurídico portugues e sua legislação e codificação dá emprego a demasiada gente, mas é talvez o maior responsável pelo atraso estrutural do País, seja a nível económico, ou social.
Legislação simples é sinónimo de transparencia e responsabilização de quem toma decisões jurídicas, e de credibilidade e fiabilidade para os agentes económicos. Legislação complexa permite contornar a propria lei, e favorece a corrupção. Curiosamente, os políticos adoram complicar a legislação ainda mais...
Duas notas finais para reflexão:
1. Se o Estado cobra impostos, cria subsidios e beneficios e agravamentos fiscais, não seria mais fácil tornar o processo mais simples, deixando ao contribuinte apenas um fluxo financeiro (o net do débito e crédito ao Estado)? Claro que já nem falo na abolição total de beneficios e agravamentos, já que a sua implementação nao tem justificado os meios...
2. Uma economia de mercado, liberal, precisa de um Estado regulador, e nao complicador. Portugal é uma economia de mercado em que a legislação nao permite o livre funcionamento do mercado. Em que ficamos ? voltamos ao PREC (ao menos era coerente...)?
Vou apenas lembrar o quão sintomático esta situação é do estado deplorável da legislação portuguesa. Pode-se andar para a frente e para trás com recursos, e no fim (ultima instancia portanto) ainda há forma de nao ser tomada uma decisão. Ou nao é válida.
A verdade é que a inexplicável complexidade do sistema jurídico portugues e sua legislação e codificação dá emprego a demasiada gente, mas é talvez o maior responsável pelo atraso estrutural do País, seja a nível económico, ou social.
Legislação simples é sinónimo de transparencia e responsabilização de quem toma decisões jurídicas, e de credibilidade e fiabilidade para os agentes económicos. Legislação complexa permite contornar a propria lei, e favorece a corrupção. Curiosamente, os políticos adoram complicar a legislação ainda mais...
Duas notas finais para reflexão:
1. Se o Estado cobra impostos, cria subsidios e beneficios e agravamentos fiscais, não seria mais fácil tornar o processo mais simples, deixando ao contribuinte apenas um fluxo financeiro (o net do débito e crédito ao Estado)? Claro que já nem falo na abolição total de beneficios e agravamentos, já que a sua implementação nao tem justificado os meios...
2. Uma economia de mercado, liberal, precisa de um Estado regulador, e nao complicador. Portugal é uma economia de mercado em que a legislação nao permite o livre funcionamento do mercado. Em que ficamos ? voltamos ao PREC (ao menos era coerente...)?
sábado, julho 05, 2008
As FARC e o aliado PCP
Perfeitamente inexplicável a posição do PCP no Parlamento em relação à libertação da ex-candidata à presidencia da Colombia, Ingrid Betancourt.
Para além das práticas, propostas e ideologia pouco (ou nada democrática), e depois da recusa em considerar a Coreia do Norte uma ditadura (ja para não falar de Cuba), descobre-se agora que também as FARC não são, para o PCP, uma organização terrorista. Lamentável.
Para além das práticas, propostas e ideologia pouco (ou nada democrática), e depois da recusa em considerar a Coreia do Norte uma ditadura (ja para não falar de Cuba), descobre-se agora que também as FARC não são, para o PCP, uma organização terrorista. Lamentável.
quinta-feira, julho 03, 2008
Como a lesma
Aveiro não mudou muito entretanto. Ainda (??) não ha emprestimo aprovado no TC. O plano foi reapresentado, mas não é muito diferente, embora o TC tenha ajudado com as cábulas do primeiro acordão.
Agora surgem notícias que muitos querem cabeças se o emprestimo não aparecer. So posso discordar. Para o bem e para o mal, a população confere mandato para resolver problemas. Resolver problemas, o melhor que se possa ou sabe, não levantar egos ou promover individualidades. Sejam da posição ou da oposição. Não sou adepto da política de terra queimada ou de constantes necessidades de legitimação, isso deixa-se para os partidos instáveis.
Agora surgem notícias que muitos querem cabeças se o emprestimo não aparecer. So posso discordar. Para o bem e para o mal, a população confere mandato para resolver problemas. Resolver problemas, o melhor que se possa ou sabe, não levantar egos ou promover individualidades. Sejam da posição ou da oposição. Não sou adepto da política de terra queimada ou de constantes necessidades de legitimação, isso deixa-se para os partidos instáveis.
What goes up...must come down...
Impensável para muitos, o PSI20 destacou-se como uma das piores performances dos mercados mundiais este ano (so atrás da Turquia, China e Vietname, julgo).
O grau de especulação e alavancagem de posições resulta nisto: um banho frio de realidade. Resta saber quando todos estarão limpos, ou se alguem se afoga pelo caminho...
O grau de especulação e alavancagem de posições resulta nisto: um banho frio de realidade. Resta saber quando todos estarão limpos, ou se alguem se afoga pelo caminho...
Ferreira Leite: a dama enferrujada
O PSD escolheu novo líder. Não exactamente novo. Não exactamente líder. Uma pessoa que assume aquilo que há muito nao se ve por aqueles lados: alguem que coordene e faça uma espécie de união do conjunto de tendencias políticas (que nem chamaria ideologicas) que forma aquilo a que muitos chamam partido político.
Mas que não se enganem. Esta senhora é uma tecnocrata, formada pela teoria Keynesiana, embora polida por uns toques de liberalismo antiquado. Assim uma espécie de Sócrates, sem o marketing e imagem associada.
Mas que não se enganem. Esta senhora é uma tecnocrata, formada pela teoria Keynesiana, embora polida por uns toques de liberalismo antiquado. Assim uma espécie de Sócrates, sem o marketing e imagem associada.
Crise dos bancos
New definition of balance sheet for banks:
"On the left side, nothing is right; and on the right side, nothing is left"
"On the left side, nothing is right; and on the right side, nothing is left"
A figura do hiato do Neo-Liberalismo: JC Trichet !
O presidente do ECB, Jean-Claude Trichet foi a grande estrela das ultimas semanas nos mercados financeiros.
Por um lado, decidiu focar-se no único mandato do ECB, e combater as expectativas de inflação. Como tal, e com uma expressão nova (um tal de "heightened alertness" ), sinalizou a subida de taxas para a reunião de hoje, como de facto veio a suceder.
Numa altura em que a crise de confiança do sector da banca atingia o seu climax, as palavras de Trichet cairam de forma absolutamente bombastica. Senão, vejamos:
Os bancos, por definiçao, detém enormes portfolios de obrigações de taxa fixa, seja de empresas ou governos, cujo preço varia inversamente à taxa de juro. A sinalização da subida de taxas do ECB provocou um abrupto aumento das expectativas das taxas de juro de curto prazo, e imediatamente esses portofolios sofreram perdas consideraveis, precisamente numa altura em que a liquidez é um bem escasso.
Por outro lado, o preço das commodities, nomeadamente o petroleo, tem variado de forma inversa ao Dollar, pelo que as palavras de Trichet, para alem de fazer subir o Euro face ao Dollar, fizeram também disparar o preço do ouro negro, que curiosamente é um dos motivos do aumento da expectativa de inflação.
Por ultimo, o aumento das taxas provoca imediatamente uma subida das já sufocantes prestações das hipotecas, pelo que não so as pessoas veem o seu poder de compra afectado, como também os bancos veem o nivel de incumprimento aumentar.
Claro que a inflação é o único mandato do ECB, pelo que parece a acção ser correcta nesse sentido estrito...mas a que preço ?e
Por um lado, decidiu focar-se no único mandato do ECB, e combater as expectativas de inflação. Como tal, e com uma expressão nova (um tal de "heightened alertness" ), sinalizou a subida de taxas para a reunião de hoje, como de facto veio a suceder.
Numa altura em que a crise de confiança do sector da banca atingia o seu climax, as palavras de Trichet cairam de forma absolutamente bombastica. Senão, vejamos:
Os bancos, por definiçao, detém enormes portfolios de obrigações de taxa fixa, seja de empresas ou governos, cujo preço varia inversamente à taxa de juro. A sinalização da subida de taxas do ECB provocou um abrupto aumento das expectativas das taxas de juro de curto prazo, e imediatamente esses portofolios sofreram perdas consideraveis, precisamente numa altura em que a liquidez é um bem escasso.
Por outro lado, o preço das commodities, nomeadamente o petroleo, tem variado de forma inversa ao Dollar, pelo que as palavras de Trichet, para alem de fazer subir o Euro face ao Dollar, fizeram também disparar o preço do ouro negro, que curiosamente é um dos motivos do aumento da expectativa de inflação.
Por ultimo, o aumento das taxas provoca imediatamente uma subida das já sufocantes prestações das hipotecas, pelo que não so as pessoas veem o seu poder de compra afectado, como também os bancos veem o nivel de incumprimento aumentar.
Claro que a inflação é o único mandato do ECB, pelo que parece a acção ser correcta nesse sentido estrito...mas a que preço ?e
E porque o Blog é meu...
...escrevo e deixo de escrever conforme me apetece !
Não obstante, nao foi propriamente falta de vontade ou algum ataque de preguiça prolongado.
Basta dar uma olhada nas variações mensais do PSI20 ou do S&P para perceber o porque desta ausencia tão prolongada.
Obviamente que muito se passou neste hiato, mas também muito ficou igual...
Resta-me fazer o catch up...
Bem-vindos de volta !
Não obstante, nao foi propriamente falta de vontade ou algum ataque de preguiça prolongado.
Basta dar uma olhada nas variações mensais do PSI20 ou do S&P para perceber o porque desta ausencia tão prolongada.
Obviamente que muito se passou neste hiato, mas também muito ficou igual...
Resta-me fazer o catch up...
Bem-vindos de volta !
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