Tenho que reconhecer: tanto o PM, com o o Min. das Finanças e o Governador do Banco de Portugal estão bem afinados numa das variáveis que talvez mais influencie o clima económico: as expectativas.
O problema é que a credibilidade da geração de expectativas por parte de governantes ja não é o que era (fruto de tentativas semelhantes no passado mal sucedidas...), e como todos sabemos, só se pode gerir expectativas se houver crebilidade dos agentes nos responsáveis.
Ainda assim, temo que esta seja mais uma tentativa frustrada. Primeiro porque me custa a crer que as previsões do Banco de Portugal sejam mais acertadas que todas as outras (FMI, BCE, UE, OCDE); depois porque o timing concertado por Socrates, Constancio e Teixeira dos Santos teve um revés terrível e obviamente impossível de antecipar: o conflito no Líbano.
Com tudo isto, fica a sensação de que talvez haja uma ténue recuperação que o Governo tenta puxar para retoma sem nunca usar esse termo. Mas com petroleo a $80 e a caminho dos $100, quem vai acreditar em retoma?
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