Está a chegar o dia dos namorados. Que é que este dia em honra de S.Valentim tem a ver com neo-liberalismo, política, com este blog ou comigo?
Bem, comigo não tem nada a ver, porque não sofro desse sindroma de compromisso que me-obrigue-a-comprar-alguma-coisa-senão-tenho-que-ouvir.
Mas não sendo este um blog de cariz sentimental, que terá este dia de tão especial?
Bem, de facto, a urgencia em comprar alguma coisa para a cara-metade cria inumeras celeumas à volta da dicotomia sentimento-materialismo.
Para um liberal, materialismo é apenas a lei do mercado. Só compra quem quer, quando quer e por quanto quer se quiser. Mas na prática não é bem assim. Porque entra o sentimentalismo, capaz de transformar qualquer anti-capitalista convicto, num capitalista incurável. E tudo para evitar discussões ou problemas.
Ora bem, eu sou liberal mas sentimentalista, o que não me provoca problemas nenhuns (até porque também não vou ter a quem comprar nada). É sabido que todos gostamos de receber prendas (seja homens ou mulheres), pelo que maximizamos a utilidade (nossa e do parceiro/a).
Para um anti-capitalista, tudo se complica. O mercado parece obrigar ao consumo, há um factor superior a esta procura ou oferta - qual Estado - que obriga o consumo. Uma espécie de imposto de relacionamento.
Mas então, não será este "imposto" o verdadeiro problema? Senão houvesse este imposto, não seria apenas uma pura escolha entre comprar ou não comprar presente?
Nota: se este post parecer completamente disparatado, é normal. é uma questão de ignorar.
1 comentário:
Há mesmo quem diga que Jerónimo de Sousa tem a corda ao pescoço porque há 30 anos que oferece à mulher um presunto neste dia.
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