terça-feira, agosto 29, 2006

Rentrée agitada

Não sou adepto do tunning ou chunning como alguns lhe chamam. Nem sou, tão pouco, adepto da utilização da mulher como objecto sexual ou a sua exploração bárbara.

Agora que estas situações existem e são legais, não o posso negar.

Tem sido grande polémica em torno do Show Tunning marcado para o próximo fim de semana no EMA, principalmente pelas vozes dos elementos do PS. Contudo, se por um lado até consigo compreender, aceitar e até concordar com as reservas morais que têm posto e têm feito públicas, por outro lado parece que toda esta situação não passa de "politiquice", do mesmo género que o Governo do PS acusou o Presidente da CM de Coimbra de fazer. Não me parece que este seja o caminho de ajudar Aveiro, parece antes uma corrida à pole position nas próximas autarquicas. E Aveiro precisa é de ideias. Por falar em ideias, ainda não ouvi nenhum elemento do PS sugerir nenhuma para rentabilizar o "monstro colorido" que decidiu construir (com os votos a favor de toda a AM, é certo).

Curiosamente, surge agora também a questão da venda em hasta pública de terrenos do PP do centro e da Forca. Ao que parece apenas uma parcela foi vendida. Os restantes lotes terão de ser negociados individualmente.

Interessante foi observar a reacção do vereador do PS que se esqueceu de referir que ja em 2005 o anterior executivo tinha falhado a venda destes terrenos. Pior, decidiu criticar o Executivo por não ter vendido os terrenos do antigo Mário Duarte, alegando que a cidade já tem um estádio. Ora bem, que fique bem claro a partir de agora, o PS quer ver-se livre desses terrenos. Não nos esqueçamos é que a ideia inicial de Élio Maia é não entregar esses terrenos para construção. A ver vamos se o consegue.

Por último, falta a questão da Refer. A divida da Câmara impede a transferência dos serviços para a nova estação e a entrega do edifício histórico à CMA. Uma vez mais o vereador do PS - parece que veio mal disposto das férias ou ainda não as teve - disparou novamente para onde estava virado, exigindo explicações para o atraso. Tudo parece ser tão simples para Marques Pereira...

4 comentários:

Francisco Dias disse...

Será que o bilhete de época que comprei para o Beira-Mar permite assitir este espectáulo?

Nelson Peralta disse...

Em relação ao strip-tease deves ter mais informação que eu! Eu até agora não sei se é feminino - como relatas na exploração da mulher -, masculino ou misto! Exploração da mulher não poderá ser, a memnos que incluas do homem na lista.

Quero em breve, quando o tempo me permitir, desenvolver uma discussão sobre as questão relacionadas com o strip-tease analisado das mais diversas perspectivas.

Do brainstorming que surgir na minha caixa de comentários logo se verá do que falarei. A avaliar pelo teu texto, dissertar sobre o direito ao corpo e a exploração corporal e sexual é já uma certeza.

Carlos Martins disse...

Oh meu caro Nelson,

Podes discutir as questões que quiseres, não me verás é nisso tipo de "brainstorming" como lhe chamas. E ainda me vais ter que explicar que perspectivas é que há no strip-tease...

E devo dizer que - deve ser pela minha falta de inteligencia - não consegui perceber se estas contra ou a favor o strip tease; contra ou a favor de se realizar no EMA; contra ou a favor da exploração da mulher.

Mas eu compreendo-te. No BE nem sempre é facil tomar posições claras. Ora se é a favor da prostituição, ora se é contra a discriminação da mulher.

É consoante os ventos, eu percebo. Quem diz ventos, lê votos...

Nelson Peralta disse...

Não é apenas sobre o strip que quero falar. Esse é um episódio que gira em volta de conceitos importantes: espaço público e a sua utilização, direito ao corpo versus exploração sexual, moralidade relativa e absoluta, nudez, etc.

Não tenho que estar contra ou a favor do strip. A CM concedeu à organização de eventos a utilização do estádio. Se esta colocou no programa o strip, poderá a CM proibir a sua realização?

Ah, e ser a favor da legalização de alguma cisa não implica que se seja a favor dessa mesma coisa. Não constituiria isso um acto de censura?