Contudo, foi o fim para a Lehman. Hoje os empregados viram os seus emails vedados, e muitos deles empacotaram os seus pertences. A desilusao era enorme. A grande maioria, nem o salário deste mês vai receber. Salas inteiras vazias, milhares de subito no desemprego. E um arranha-céus a 100 m de Times Square (comprado ha 7 anos por 600 milhoes USD e avaliado em mais de 1000 milhoes) com dezenas de andares.
O fim-de-semana foi longo. Barclays e Bank of America perfilavam se como possíveis compradores, tudo gerido e apadrinhado pelo Fed, que contudo nao queria e nao iria contribuir para aumentar o risco moral de salvar mais uma empresa privada. E assim aconteceu. So que nenhum dos bidders avançou para o deal.
O Bank of America preferiu comprar (fusionou-se) com a Merrill Lynch (o terceiro maior banco de investimento americano e também ha muito tempo em situação muito dificil), e o Barclays nao chegou a acordo com o Fed para as condiçoes de compra, nomeadamente quanto à manutenção das perdas do portfolio de crédito da Lehman.
E assim, na madrugada de ontem, a Lehman Brothers - o banco criado por emigrantes judeus para transaccionar contratos de algodão ha 158 anos - fez "Chapter 11".
Desta vez nao houve intervenção do Estado nem dos contribuintes. Acabou o moral hazard. Será ?
1 comentário:
Carlos Martins
Fica tranquilo.
O FED está atento. E quando for necessário mostrará a sua mão visível. Para preservar as virtudes do "livre mercado".
Senão para onde é que ele iria?
Raul Martins
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