Aguardava com alguma expectativa a divulgação da lista da Coligação, essencialmente para perceber a) como iria a Coligação responder às dificuldades sentidas durante o actual mandato; b) de que forma iriam ser levadas a cabo as negociações entre os dois partidos; c) até que ponto iria ser dada uma resposta à maior riqueza de curriculo evidenciada na lista do PS.
Infelizmente, as minhas expectativas foram amplamente defraudadas em todos estes items.
Para mim, a maior qualidade desta lista surge no cabeça de lista à AM, onde Miguel Capão Filipe é sem dúvida uma excelente escolha para um lugar de imenso prestígio.
No entanto, consigo dar à partida maior dose de favoritivismo à Coligação, que parte à frente de um PS ainda pouco rejuvenescido, sem ideias capazes de fazer diferença e ainda muito conotado com a desastrosa gestão de Alberto Souto (que curiosamente, continua a fazer sombra aos actuais candidatos).
A lista do PS, apesar da reconhecidamente ter enorme valia técnica e académica, terá pouca experiência na gestão pública e ainda menos na gestão política. A maior parte dos seus elementos tem experiência mínima fora da Academia, o que é claramente uma menos valia.
Aliado a isto, há ainda a dicotomia Raul Martins - Jose Costa: um "lava a roupa suja", o outro a pureza do "lava mais branco", que ainda nao percebi quem favorece, se é que favorece algum. Dúvido.
7 comentários:
A metáfora do último parágrafo está bem esgalhada. No geral tb concordo com a apreciação.
Ab
Resumindo:
Dum lado temos a panela, do outro,o testo para ela.
Mais 4 anos a penar.
Estamos fritos!
Concordo que o Alberto Souto é uma sombra mas para ambos os lados.Fosse ele candidato e a coisa piava mais fina!
Ou estou enganado?
Para mim só devia participar na política quem tivesse currículo profissional capaz e convincente .
Os melhores, independentemente do seu currículo escolar ou académico é que deveriam ser “recrutados” para dar a sua experiência e saber a favor dos outros.A política é, ou devia ser, uma acção e prestação social
Vivemos uma época em que está tudo alterado e adulterado.
Os homens e profissionais bons não se interessam e evitam promiscuidades com as gentes da política, arredam-se dessas “famílias”, não lhes querem pertencer nem mesmo por afinidade.
O neo-liberalismo faliu no mundo e a política era o seu sustentáculo.
Andavam de braço dado, “ajudavam-se” mutuamente.
Hoje, de um, já ninguém quer ouvir falar. Do outro,é flagrante o mal- estar geral, reflectido nas abstenções constantes e permanentes de participar ou votar, seja para o que fôr.
A política está agonizante, sinónimo que antecede um colapso de insolubilidade próximo futuro.
A ética, honestidade e honradez, base nuclear de um político sério, é letra morta nas suas cartilhas.
O povo está cansado, saturado, falta só revoltar-se contra este estado de coisas.
Estão fartos de bacocos, de “xicos espertos”, mentirosos, arrogantes e desonestos que se preocupam é em governar as suas vidinhas.
Quanto ao Post, se você o diz quem sou eu para o contrariar?
Cumprimentos.
JB
Em cada lado, em cada sítio, há um palco para a politica.
Pelos nossos lados conjugando-se todas as cenas que nos apresentam verificamos serem fraquinhas.
Os protagonistas são grosseiros saltibancos que procuram um lugarzito para se imporem e sobreviverem.
http://www.beiramar.pt/scid/webscbm/defaultArticleViewOne.asp?articleID=270&categoryID=774
JB, belo paradigma mas muito distante da realidade. Já viste que, em Aveiro, os poucos que se aproveitam estão moribundos às mãos do Godfather?
Enviar um comentário