quarta-feira, junho 17, 2009

BE apresenta candidato à CM de Aveiro

Na senda das autarquicas, o BE volta a apostar forte em personalidades fortes e aguerridas.

Desta feita, bastou a conferencia de imprensa para se perceber com o que estamos a lidar, ao disparar imediatamente com acusações sérias contra o executivo.

Nada de novo no BE: insinuações, populismo e irresponsabilidade.

O Mário Lino ainda ca anda !

Em qualquer parte do mundo, um ministro que fizesse a palhaçada que Mário Lino fez com a margem sul e o novo aéroporto, já nao era ministro. Nem precisava de ser demitido, porque a honra o obrigava a sair.

Hoje, Mário Lino junta ao curriculo o adiamento do TGV após insistencia de que o Governo nao estava beliscado pelo resultado eleitoral.

As duas obras de Estado e de Regime do PS falharam (e ainda bem!). O Ministro foi incompetente e agarrado ao poder. O PM nao o mudou e preferiu ser teimoso.

É Portugal !

domingo, junho 14, 2009

Irracionalidade Exuberante - Não houve “Vende em Maio e Foge”

Parece que tudo voltou à normalidade nos mercados financeiros. A volatilidade que tanto vinha sendo a notícia, deixou de ter a importância de outros tempos. Há, no entanto, uma enorme indefinição quanto ao futuro em termos macroeconómicos, e será provavelmente aí que reside a chave sobre a evolução dos mercados de capitais no médio prazo.

Assim, dada a enorme quantidade de dinheiro injectada na economia, qualquer sinal de retoma poderia deixar antever um outro problema: a inflação. Contudo, sendo este um cenário possível, a sua concretização assentaria necessariamente na certeza de que todos os esforços foram suficientes (e até mais do que suficientes) para reerguer as economias mundiais, assim como reavivar o consumo, retomar o crédito a níveis normais e até incentivar a poupança, levando ao investimento. Outro cenário possível, contudo, é que todos estes esforços, apesar de avultados, não sejam ainda suficientes, sendo então possível que o mundo retome a perspectiva de deflação, cujas consequências são, a esta proporção, imprevisíveis. Actualmente, o mercado desconta uma maior probabilidade do primeiro cenário ocorrer, e como tal, as taxas de juro de longo prazo tanto da Europa como dos EUA estão a subir de forma bastante forte. Com elas, no entanto, sobem também as taxas das hipotecas a 30 anos, e como tal, tornam mais difícil a recuperação do mercado imobiliário que, relembro, foi precisamente a génese de toda esta crise. Este nível de taxas de juro não é compatível (pelo menos para já) com uma sustentada subida dos índices de acções, pelo que será importante tomar esta variável em atenção aquando da tomada de decisão de investimento.

Por outro lado, foram surgindo alguns sinais de recuperação (ainda que muito ligeiros) da economia mundial. Os números de desemprego nos EUA foram melhores do que a expectativa (ainda assim, o desemprego continua a subir a um ritmo extraordinário), e os níveis de produção tanto nos EUA, como em alguns mercados emergentes com a China e India podem dar alguma esperança. Todavia, estes sinais imediatamente foram reflectidos nas chamadas commodities, nomeadamente o petróleo e o cobre a retomarem níveis quase de pré-crise. Em sentido contrário, como normalmente acontece, esteve o US Dollar, que perdeu em relação às principais moedas, principalmente contra o Euro.

Não obstante toda esta construção macroeconómica, há ainda vários casos por resolver no meio de toda esta crise. Talvez o mais relevante seja o da GM, que na passada semana recorreu à protecção de credores (Chapter 11), sendo a sua falência já amplamente discutida entre stakeholders; assim, a entidade que vai emergir desta falência será maioritariamente detida pelo Estado Americano, mas com participações dos pensionistas e dos detentores de dívida da antiga GM.

No que concerne à Europa, a muito antecipada reunião do ECB não resultou em nenhuma novidade, com o natural anúncio da manutenção das taxas de juro a 1% e com o desvendar de pormenores sobre o processo de compra de covered bonds a não explicar se o ECB irá de alguma forma “imprimir moeda” para financiar essa compra. Certeza fica no entanto quanto à vontade inequívoca do ECB em focar-se no mercado deste tipo de obrigações, esclarecendo que é aquele que mais directa e imparcialmente permite facilitar a retoma do mercado de crédito na Zona Euro.

É já com muita acalmia própria de Verão que seguem os mercados nos últimos dias. Verão que para todos os efeitos não existia assim há mais de dois anos no meio da banca de investimento. Parece tudo demasiado calmo…

in Diário de Aveiro, Suplemento de Economia 09-06-2009

As eleições europeias

Parece que, ironicamente, só as equipas de sondagens se surpreenderam em tom cinicamente assustado quando saíram os resultados das europeias.

O PS provavelmente até deliberadamente escolheu um candidato reconhecidamente MAU para poder invocar a ingovernabilidade do País nas próximas legislativas. A questão é saber se os eleitores gostam que se brinque com eles, com o seu direito de voto e com os seus representantes. Por outro lado, pode ser perigoso para o PS deixar o PSD crescer animicamente.

O PSD parece que renasceu para a política com estas eleições, mas tudo parece muito pouco sustentável. Um partido que vive para o poder, se reune para o poder, sem ideologia própria, dificilmente consegue sustentabilidade fora da aleatoriedade das escolhas alheias. E ja agora, uma líder antipática que "nao gosta de comícios" também não ajuda. Apesar de lembrar a senhora Tatcher, não lhe chega aos calcanhares. Infelizmente.

A extrema-esquerda e a esquerda radical em Portugal nestas europeias é que cresceu assustadoramente. Aconselho vivamente a todos os jovens que votaram cegamente num desses partidos para se informarem um pouco melhor do tipo de ideologia que estão a apoiar e assim poderem justificar racionalmente a razao da seu sentido de voto. Nenhum desses partidos tem na sua genese ideologica qualquer apego pelos mais basicos fundamentos democráticos ou de liberdade, pelo este radicalismo é deveras assustador.

Já o CDS-PP registou um agradabilissimo resultado, fruto de um esforço e da competência unanimemente aceite dos seus candidatos, em particular o cabeça-de-lista Nuno Melo, cujo trabalho na Assembleia da Republica é elogiado por todos. É uma enorme prova que a meritocracia em Portugal tem apoiantes, e que os portugueses sabem reconhecer e premiar quem realmente se empenha pela causa pública.

Em suma, com o nível de abstenção registada, pouco ou nada se poderá concluir para as legislativas, embora seja claro o sinal de protesto em relação ao Governo PS. A legitimidade do PS para governar tecnicamente é a mesma, mas politicamente saiu extraordinariamente fragilizada a capacidade de implementar medidas que afectem recursos dos contribuintes por várias gerações.

A coligação PSD - CDS/PP avança em Aveiro

Depois de muitas hesitações, os dois partidos entenderam-se localmente para manter a coligação que os levou ao poder na últimas autarquicas. Dada a falta de vivacidade e destreza da candidatura do PS, resta à coligação exigir-se melhorar nos erros que eventualmente possa ter cometido e nos aspectos onde pode ser melhor.

Reservo-me a mais comentários quando forem oficializadas as listas.

Governo recusa plano do BPP

Por uma vez nesta legislatura, o Governo PS parece ter tido em conta os interesses dos contribuintes (resultado da reprimenda eleitoral ?), e recusou garantir as aplicações financeiras dos clientes do BPP.

Nada de mais correcto. Das duas, uma: ou os clientes foram enganados pelo banco, e nesse é um caso de justiça, ou os clientes estavam cientes dos riscos, e acabaram na parte errada da curva de probabilidades. Em qualquer um dos casos, o Governo nada tem a ver, muito menos o contribuinte.

Deixar o mercado funcionar (e a Justiça, já agora..) é o que se exige.

De regresso

Não, o anúncio da morte do neo-liberalismo foi claramente exagerado.

Após uma visita à Islândia, eleições Europeias, resignações de Conselheiros de Estado, rescusa de nacionalização de mais um banco em Portugal, anúncio das candidaturas à CM de Aveiro e mais uns quantos factos relevantes em termos políticos e económicos em Portugal e no Mundo, senti-me de novo obrigado a voltar aos posts. Até porque deixar a blogosfera entregue à esquerda é um erro que já chega ter sido cometido na comunicação social tradicional...

Mais uma lavagem de cara do blog, para anúnciar mais um regresso.