quinta-feira, fevereiro 22, 2007
terça-feira, fevereiro 20, 2007
A Cuba Portuguesa
Nao é socialista, bem pelo contrário. É a única oposição séria aos socialistas.
Não é totalitária, é democráticamente eleita ha mais de 30 anos.
Não está isolada, é apoiada financeiramente pelo Governo Português e pela UE, com transferências chorudas.
Não é pobre, é a segunda região mais rica de Portugal. (Isto em valores médios, se considerarmos o desvio padrão...talvez a dispersão diga outra coisa...)
Não é isolada do mundo desenvolvido, é um paraíso fiscal embora cada vez menos paradisiaco.
Mas tem...Alberto João Jardim. Que também não está às portas da morte. Bem pelo contrário, é talvez o mais hábil politico português em actividade, a par de Sócrates.
E o mais versátil também. Inteligente e com sensibilidade para o povo que o elege.
Voam as críticas à sua decisão de demissão e recandidatura, mas é um golpe de mestre que afronta o Governo Central. Dizem que ao ser re-eleito nada mudará, mas o facto é que pode reformular o seu programa de acordo com os novos valores de transferências. Para além de ter um mês para atirar muitas farpas em clima de euforia e apoio popular ao Governo Central. Ou seja, Jardim está como quer. De qualquer forma nunda ligou muito ao que dizem dele por cá... E por lá, continua a ser incontornável como líder do arquipelago...
Não é totalitária, é democráticamente eleita ha mais de 30 anos.
Não está isolada, é apoiada financeiramente pelo Governo Português e pela UE, com transferências chorudas.
Não é pobre, é a segunda região mais rica de Portugal. (Isto em valores médios, se considerarmos o desvio padrão...talvez a dispersão diga outra coisa...)
Não é isolada do mundo desenvolvido, é um paraíso fiscal embora cada vez menos paradisiaco.
Mas tem...Alberto João Jardim. Que também não está às portas da morte. Bem pelo contrário, é talvez o mais hábil politico português em actividade, a par de Sócrates.
E o mais versátil também. Inteligente e com sensibilidade para o povo que o elege.
Voam as críticas à sua decisão de demissão e recandidatura, mas é um golpe de mestre que afronta o Governo Central. Dizem que ao ser re-eleito nada mudará, mas o facto é que pode reformular o seu programa de acordo com os novos valores de transferências. Para além de ter um mês para atirar muitas farpas em clima de euforia e apoio popular ao Governo Central. Ou seja, Jardim está como quer. De qualquer forma nunda ligou muito ao que dizem dele por cá... E por lá, continua a ser incontornável como líder do arquipelago...
sábado, fevereiro 17, 2007
Inside Trading na OPA do BCP ao BPI
Foi hoje divulgado pelo Expresso indicios de utilização de informação priviligiada na OPA do BCP ao BPI, em que alguns investidores teriam comprado acções do BPI 3 dias antes do anuncio da operação, incluindo o empresário Monteiro de Barros, e sob o upgrade da Lisbon Brokers para "strong buy" também dias antes do anuncio da oferta de compra.
Tais acções, a provarem-se verdadeiras, são um choque muito negativo para um mercado. É a evidência da falta de eficiencia e de supervisão que pode levar à descredibilização de um mercado. Portugal nao pode dar-se a esse luxo. Teriamos muito a perder se os investidores estrangeiros deixassem de olhar para a nossa Bolsa como um mercado desenvolvido.
Tais acções, a provarem-se verdadeiras, são um choque muito negativo para um mercado. É a evidência da falta de eficiencia e de supervisão que pode levar à descredibilização de um mercado. Portugal nao pode dar-se a esse luxo. Teriamos muito a perder se os investidores estrangeiros deixassem de olhar para a nossa Bolsa como um mercado desenvolvido.
Há 20 anos que o desemprego nao era tão elevado
Ainda a meio do mandado de Governo, as indicações de cumprimento daquela que foi a grande arma eleitoral de Socrates começam a desvanecer.
Relembro os cartazes de campanha que prometiam a criação de 150 000 novos postos de trabalho.
150 000 !
Esqueceram-se talvez de avisar que muitos desses postos iam ser criados sob forma de estágios na funçao pública para recém-licenciados e cujo contrato não vai ser renovado segundo informações divulgadas pela Bloomberg.
Esqueceram-se também de avisar que os tais 150 000 era apenas o lado da criação de emprego, sendo que se teria que descontar a destruição para se chegar ao número do desemprego. Ou seja, publicidade enganosa, neste caso, campanha.
Os numeros do desemprego em Portugal atingiram o máximo dos últimos 20 anos, passando agora dos 8,2%. Com um governo socialista e que havia prometido criação de emprego.
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
E a terra tremeu...
Pela primeira vez senti o que é um tremor de terra. É de facto assustador e intrigante. Relativiza tudo sobre o que construimos. A começar pelos prédios. De um 8º andar de um edificio do centro de Lisboa o sismo sentia-se na sua plenitude. Não deixa de ser uma experiencia engraçada, a não repetir, claro.
Portugueses legitimam decisão de liberalizar aborto
O "sim" venceu o referendo sobre a IVG este domingo. Naturalmente sem a vinculação necessária de 50% dos eleitores, mas devido à hábil manobra política anterior a esta votação por parte do Governo e José Socrates, parece que a decisão a ser tomada pouco dependeria da quantidade de portugueses a votar.
Com efeito, esta consulta popular pouco passou do que uma legitimação da decisão ha muito tomada pelo PS e Sócrates, fortemente apoiado pelo BE, e que desta forma passou o fardo moral para os eleitores, saindo mais um vez em beleza de uma decisão à partida dificil.
Para os apoiantes do "não" trata-se de uma desilusão o facto da maioria dos portugueses não ser sensível à argumentação pró-vida.
Para os apoiantes do "sim" foi uma festa. Exacerbada, exagerada. Não consigo conceber como pode uma vitória de uma decisão que no entender destes apoiantes favorece os direitos da mulher, possa ser comemorada de uma forma tão entusiastica. E isto porque sempre argumentaram que não seriam anti-vida. Não obstante, ficam por se saber quais os direitos de ambos os pais na decisão, qual a forma de financiamento, e pior ainda, quais as medidas de natalidade para contrariar uma natural expansão e democratização do uso desta medida. E claro, que medidas irão ser propostas para que a IVG não se torne uma medida contraceptiva. Demasiadas interrogações para um Governo fraco na hora das decisões dificeis. Demasiadas políticas novas para um Ministério da Saúde com problemas gravíssimos ao nivel da gestão e decisões falhadas. O Povo fez a vontade a Sócrates, agora será ele e o seu Governo capaz de estar à altura das exigências resultantes deste referendo?
Ficamos por saber como irá o Governo reflectir na Lei o espírito e senso-comum de uma população que vê na actual Lei algo contra a mulher e não algo a favor de uma vida ainda por nascer, mas que não obstante considera moralmente condenável esta prática.
Em última análise, que vai este Governo fazer para a IVG não se "democratize" mas sim se torne apenas "possível". Ou será o objectivo mesmo democratizar uma prática perfeitamente anti-natura e resultante de uma paupérrima educação sexual na generalidade da população? Como não se resolve o problema, atenua-se a dor?
Esta noite ouvi dizer que Portugal se tornou mais moderno. Como pode um País tornar-se mais moderno matando fetos legalmente?
Esta noite ouvi dizer que até os católicos votaram sim. Quão ridiculo é o líder partidário que diz tal idiotice, como sabe em quem votaram os católicos (sim, não estamos em nenhuma ditadura bolchevique), e pior, que moral terá alguem que sempre ignorou e até odiou a religião mais difundida em Portugal para comentar em quem votam ou deixam de votar?
Portugal está de facto mais pobre de espírito. Metaforica e literalmente.
Com efeito, esta consulta popular pouco passou do que uma legitimação da decisão ha muito tomada pelo PS e Sócrates, fortemente apoiado pelo BE, e que desta forma passou o fardo moral para os eleitores, saindo mais um vez em beleza de uma decisão à partida dificil.
Para os apoiantes do "não" trata-se de uma desilusão o facto da maioria dos portugueses não ser sensível à argumentação pró-vida.
Para os apoiantes do "sim" foi uma festa. Exacerbada, exagerada. Não consigo conceber como pode uma vitória de uma decisão que no entender destes apoiantes favorece os direitos da mulher, possa ser comemorada de uma forma tão entusiastica. E isto porque sempre argumentaram que não seriam anti-vida. Não obstante, ficam por se saber quais os direitos de ambos os pais na decisão, qual a forma de financiamento, e pior ainda, quais as medidas de natalidade para contrariar uma natural expansão e democratização do uso desta medida. E claro, que medidas irão ser propostas para que a IVG não se torne uma medida contraceptiva. Demasiadas interrogações para um Governo fraco na hora das decisões dificeis. Demasiadas políticas novas para um Ministério da Saúde com problemas gravíssimos ao nivel da gestão e decisões falhadas. O Povo fez a vontade a Sócrates, agora será ele e o seu Governo capaz de estar à altura das exigências resultantes deste referendo?
Ficamos por saber como irá o Governo reflectir na Lei o espírito e senso-comum de uma população que vê na actual Lei algo contra a mulher e não algo a favor de uma vida ainda por nascer, mas que não obstante considera moralmente condenável esta prática.
Em última análise, que vai este Governo fazer para a IVG não se "democratize" mas sim se torne apenas "possível". Ou será o objectivo mesmo democratizar uma prática perfeitamente anti-natura e resultante de uma paupérrima educação sexual na generalidade da população? Como não se resolve o problema, atenua-se a dor?
Esta noite ouvi dizer que Portugal se tornou mais moderno. Como pode um País tornar-se mais moderno matando fetos legalmente?
Esta noite ouvi dizer que até os católicos votaram sim. Quão ridiculo é o líder partidário que diz tal idiotice, como sabe em quem votaram os católicos (sim, não estamos em nenhuma ditadura bolchevique), e pior, que moral terá alguem que sempre ignorou e até odiou a religião mais difundida em Portugal para comentar em quem votam ou deixam de votar?
Portugal está de facto mais pobre de espírito. Metaforica e literalmente.
sábado, fevereiro 10, 2007
Rocky Balboa de volta!
Quem não se lembra dos míticos filmes protagonizados por Silvester Stallone encarnando esta estranha personagem de seu nome Rocky Balboa, que conseguia encaixar soco atras de soco, durante horas a fio, para finalmente desferir o golpe fatal que o fazia ganhar o combate.
Agora com 50 anos (Stallone já passa dos 60), volta aos ringues. A não perder.
Benfica 20º mais rico do mundo (?)
Um estudo da Delloite coloca o SL Benfica como o 20º clube mais rico do mundo em 2006, fruto da excelente prestação na Liga dos Campeões.
Fica apenas a ressalva que o estudo nao inclui valorização de passes de jogadores e foca-se unicamente nas receitas atingidas.
Mesmo assim, melhor estar em 20º que nem aparecer na lista. Não perde nada em credibilidade institucional nos mercados...
Fica apenas a ressalva que o estudo nao inclui valorização de passes de jogadores e foca-se unicamente nas receitas atingidas.
Mesmo assim, melhor estar em 20º que nem aparecer na lista. Não perde nada em credibilidade institucional nos mercados...
Martifer lança OPA conjunta a Repower
A Martifer, empresa participada da Mota Engil, com sede no distrito de Aveiro, lançou esta sexta-feira uma OPA à empresa alemã ligada a energia eólica Repower, conjuntamente com uma empresa indiana.
Tal oferta é uma contra-OPA, dado que já uma empresa francesa de energia havia feito uma oferta anteriormente, sendo que a parada agora foi subida.
Este é claramente um sinal da vocação cada vez ligada às energias renováveis por parte da Martifer, e um bom sinal de vivacidade da empresa que agora ve adiada a sua estreia em bolsa (IPO) para depois da resolução deste processo de takeover.
Tal oferta é uma contra-OPA, dado que já uma empresa francesa de energia havia feito uma oferta anteriormente, sendo que a parada agora foi subida.
Este é claramente um sinal da vocação cada vez ligada às energias renováveis por parte da Martifer, e um bom sinal de vivacidade da empresa que agora ve adiada a sua estreia em bolsa (IPO) para depois da resolução deste processo de takeover.
Branson e Gore contra aquecimento Global
Al Gore veio a Portugal falar de aquecimento global, numa sessão só para convidados. Por meio de críticas - que em Portugal há sempre - pelo facto da sessão ser só pra convidados, e ser pago a peso de ouro e que quem tem que ser educado são as pessoas comuns (se fosse aberto a todos, dir-se-ia que quem tem que ser educado são os poderosos, se fosse aberto a todos falar-se-ia em gastos de dinheiro excessivo...), houve também a palestra que talvez sirva de pouco, mas que serviu para repor o topico na agenda nacional, depois de Manuel Pinho ter falado em Economia baseada em custos salariais baixos na China.
Curiosamente, 24h após esta visita, Al Gore e o dono do Império da Virgin, Richard Branson anunciaram um prémio de 25 Milhões de Dollars para o cientista que conseguir descobrir um método para eliminar os gases que provocam o efeito de estufa a nível Global.
Curiosamente, 24h após esta visita, Al Gore e o dono do Império da Virgin, Richard Branson anunciaram um prémio de 25 Milhões de Dollars para o cientista que conseguir descobrir um método para eliminar os gases que provocam o efeito de estufa a nível Global.
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domingo, fevereiro 04, 2007
Grandes Portugueses segundo Maria Elisa
Os comentários opinativos sobre Mário Soares e até Pinto da Costa ja indiciava o que estava para vir. Uma postura absolutamente ridícula na condução do programa. Não será função da "apresentadora" opinar, muito menos guiar e conduzir ou condicionar votos.
So o desespero pode explicar a postura perfeitamente parcial que a leva quase a implorar para não votar em António de Oliveira Salazar. Curioso também não ter a mesma postura para Alvaro Cunhal...
Parece já mais que obvio quem vai ganhar este concurso. A questão é: terá a RTP coragem para o divulgar? E se sim, não será no minimo irónico que Salazar ganhe uma votação democrática?
So o desespero pode explicar a postura perfeitamente parcial que a leva quase a implorar para não votar em António de Oliveira Salazar. Curioso também não ter a mesma postura para Alvaro Cunhal...
Parece já mais que obvio quem vai ganhar este concurso. A questão é: terá a RTP coragem para o divulgar? E se sim, não será no minimo irónico que Salazar ganhe uma votação democrática?
Uma Aventura...na CP
A CP é uma empresa pública. A partir daqui muito se poderia dizer. Incluindo, uma infindável lista de parecenças com o funcionalismo público puro e duro. Não vou entrar por aí. Prefiro contar uma história, que quem quiser pode considerar verídica.
Certo dia, resolvi experimentar comprar bilhete para o alfa pendular através do serviço online. Nada de mais. Em qualquer País da Europa tal ja é possível ha varios anos. Fiquei agradado por também aqui o poder fazer. Até aqui tudo bem. Até o lugar e a carruagem pude escolher... Como não tinha impressora, ate utilizei o simpatico serviço de bilhete por SMS...
O pior foi quando mudei de ideias quanto ao horário, e decidi que preferia ir em outro alfa uma hora mais tarde. Pensei para mim mesmo que nada mais simples do que ir também ao site e fazer a mudança. Nada portanto de mais errado. Não existe nenhuma opção para o efeito no site. Então procurei melhor e vi que realmente dizia aquando da compra que alteração e/ou reembolso, apenas é possível na estação de origem... Como não estava disposto a perder 24 Euros, decidi dirigir-me à estação...sabendo que teria de efectuar todo o processo até 30 minutos antes do horário de saída do referido comboio.
Ora, chegado à estação, obviamente me dirigi à bilheteira, pedindo à pouco simpática funcionária que procedesse ao reembolso, sendo que no entanto apenas lhe poderia apresentar o tal bilhete por SMS - prontamente exibo a mensagem no telemovel por entre o vidro do guichet, perante o seu olhar estranhamente espantado, como se não fosse meio de prova de bilhete em pleno alfa... -, esperando reaver os tais 24 Euros.
A visão era clara para mim: não estava numa bilheteira da CP, antes em qualquer repartição pública, com a habitual antipatia com o cliente/utente, cara de frete e o "chuta para canto" que "não me apetece que me chateiem com coisas complicadas". Portanto a senhora perguntou em voz mais alta do que seria de esperar no front office de uma empresa à sua colega se saberia resolver a situação, que no seu entender apenas poderia ser resolvida com um print do bilhete, o qual teria obrigatoriamente de ser feito no posto de atendimento do cliente, sala 53 da Linha 3, uns bons 100 metros à frente. Espantado, calmo e revoltado, fiz-lhe a vontade.
Chegado ao tal posto, apenas um funcionário estava disponível, mas atendia uma idosa que precisava de conversar e não de resolver problemas. Portanto, esperei. Enquanto esperava, pedi o livro de reclamações. Pareceu-me a atitude correcta para ajudar todos os que fazem da CP aquilo que é: uma empresa sobre-endividada mas viva porque há contribuintes que não sabem como os seus impostos são geridos.
Finalmente fui atendido. Faltava uma hora para a saída do comboio. Felizmente resolveria o problema a tempo, pensei. O que não sabia era o poder do livro de reclamações, pois permitiu por o funcionario imediatamente em sentido. Antes mesmo de me perguntar o problema, prontamente perguntou porque quereria eu o livro e imediatamente após ter apresentado o meu problema - e portanto ainda no espaço de tempo antes de o resolver - telefonou não sei muito bem a quem, avisando que haveria uma reclamação que certamente iria incluir gente da bilheteira... Afinal era possivel o reembolso mesmo apenas mostrando o SMS - milagre! - mesmo assim, foi me dado um print do bilhete para levar à bilheteira e aí sim, ter o meu dinheiro de volta.
Consegui o meu print, dirigi-me á bilheteira, recuperei 20 dos 24 Eur (sim, há as tavas de reembolso) e prosegui viagem, pensando quais seriam as reais consequencias do meu acto. Penso que nenhumas, a não ser ter ficado de consciencia totalmente limpa.
Moral da história: a CP não é o mesmo que funcionalismo público, mas parece. A CP precisa de não parecer funcionalismo publico. A CP precisa de um choque tecnológico, mas primeiro precisa de um choque de mentalidade (e formação ja agora).
Ah....! Como a concorrência faz milagres...
Certo dia, resolvi experimentar comprar bilhete para o alfa pendular através do serviço online. Nada de mais. Em qualquer País da Europa tal ja é possível ha varios anos. Fiquei agradado por também aqui o poder fazer. Até aqui tudo bem. Até o lugar e a carruagem pude escolher... Como não tinha impressora, ate utilizei o simpatico serviço de bilhete por SMS...
O pior foi quando mudei de ideias quanto ao horário, e decidi que preferia ir em outro alfa uma hora mais tarde. Pensei para mim mesmo que nada mais simples do que ir também ao site e fazer a mudança. Nada portanto de mais errado. Não existe nenhuma opção para o efeito no site. Então procurei melhor e vi que realmente dizia aquando da compra que alteração e/ou reembolso, apenas é possível na estação de origem... Como não estava disposto a perder 24 Euros, decidi dirigir-me à estação...sabendo que teria de efectuar todo o processo até 30 minutos antes do horário de saída do referido comboio.
Ora, chegado à estação, obviamente me dirigi à bilheteira, pedindo à pouco simpática funcionária que procedesse ao reembolso, sendo que no entanto apenas lhe poderia apresentar o tal bilhete por SMS - prontamente exibo a mensagem no telemovel por entre o vidro do guichet, perante o seu olhar estranhamente espantado, como se não fosse meio de prova de bilhete em pleno alfa... -, esperando reaver os tais 24 Euros.
A visão era clara para mim: não estava numa bilheteira da CP, antes em qualquer repartição pública, com a habitual antipatia com o cliente/utente, cara de frete e o "chuta para canto" que "não me apetece que me chateiem com coisas complicadas". Portanto a senhora perguntou em voz mais alta do que seria de esperar no front office de uma empresa à sua colega se saberia resolver a situação, que no seu entender apenas poderia ser resolvida com um print do bilhete, o qual teria obrigatoriamente de ser feito no posto de atendimento do cliente, sala 53 da Linha 3, uns bons 100 metros à frente. Espantado, calmo e revoltado, fiz-lhe a vontade.
Chegado ao tal posto, apenas um funcionário estava disponível, mas atendia uma idosa que precisava de conversar e não de resolver problemas. Portanto, esperei. Enquanto esperava, pedi o livro de reclamações. Pareceu-me a atitude correcta para ajudar todos os que fazem da CP aquilo que é: uma empresa sobre-endividada mas viva porque há contribuintes que não sabem como os seus impostos são geridos.
Finalmente fui atendido. Faltava uma hora para a saída do comboio. Felizmente resolveria o problema a tempo, pensei. O que não sabia era o poder do livro de reclamações, pois permitiu por o funcionario imediatamente em sentido. Antes mesmo de me perguntar o problema, prontamente perguntou porque quereria eu o livro e imediatamente após ter apresentado o meu problema - e portanto ainda no espaço de tempo antes de o resolver - telefonou não sei muito bem a quem, avisando que haveria uma reclamação que certamente iria incluir gente da bilheteira... Afinal era possivel o reembolso mesmo apenas mostrando o SMS - milagre! - mesmo assim, foi me dado um print do bilhete para levar à bilheteira e aí sim, ter o meu dinheiro de volta.
Consegui o meu print, dirigi-me á bilheteira, recuperei 20 dos 24 Eur (sim, há as tavas de reembolso) e prosegui viagem, pensando quais seriam as reais consequencias do meu acto. Penso que nenhumas, a não ser ter ficado de consciencia totalmente limpa.
Moral da história: a CP não é o mesmo que funcionalismo público, mas parece. A CP precisa de não parecer funcionalismo publico. A CP precisa de um choque tecnológico, mas primeiro precisa de um choque de mentalidade (e formação ja agora).
Ah....! Como a concorrência faz milagres...
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