É sempre positivo para as democracias que haja uma consulta através de amostragem dos eleitores. Com este ponto prévio, devo dizer que tendo alguma formação em estatística, dou alguma importância e significância (que não significado) às sondagens, embora tenha algumas reservas quanto ao rigor das respostas.
É inquivoco que Elio Maia se perfila como o natural candidato de uma coligação formada para resolver o problema financeiro da CMA. Também é evidente que a actual Concelhia do CDS-PP se foi gradualmente afastando do espírito da Coligação, embora esta posição não é de todo consensual, com as figuras proeminentes do projecto inicial a manterem a sua postura de compromisso por Aveiro no espírito de Coligação. Nos tempos díficeis, como são indubitavelmente os que se adivinham, não é altura para preponderancia de grandes egos ou de partidarismos, quando o grande desafio é navegar Aveiro pela tormenta da crise financeira internacional e da crise orçamental herdada. Aveiro não pode dar-se ao luxo de falhar novamente, nem de promover carreiras políticas motivadas pela ambição pessoal, e não o serviço pela Cidade.
Outro ponto interessante é o regresso (sem nunca de facto ter partido) de Alberto Souto. Uma curiosa batalha parece emergir no PS. De um lado um líder socialista que não encontra candidato, do outro, um ex-presidente, ex-candidato derrotado, que nunca aceitou humildemente a derrota pelo voto popular, nem nunca admitiu o desastre financeiro criado nas obras megalomanas, permanceu o periodo do actual mandato sempre numa penumbra iluminada e recatada, assombrando sempre que possível as decisões do actual executivo. E eis que agora surge ávido por uma recandidatura que ninguem (até os socialistas mais conotados com o anterior executivo...) parece querer.
Aveiro merece e precisa de credibilidade e estabilidade.