Uma agencia do BES foi alvo de um assalto ao estilo sul-americano e conclusao hollywoodesca. A escalada de violência em Portugal é notória, e a inércia - que não verbal - do Ministro da Admin. Interna inequivoca.
Não é contudo o Ministro o maior alvo de crítica. Ja se sabe que as polícias estão mal preparadas para prevenir o crime, que a falta de condiçoes para acolher tamanho numero de imigrantes e a revolta da segunda geraçao sao problemas graves que Portugal nunca esteve à altura.
E convem acrescentar que ao elevadíssimo nível de profissionalismo dos GOE, cuja actuação foi - essa sim - verdadeiramente preventiva, a acutilancia e rapidez da operação merece todos os aplausos. Alias, so com acçoes em que o Estado defende realmente a legalidade (e invoco aqui a defesa da vida dos refens) é que será possível conter a crescente onda de criminalidade.
O problema é, no entanto, o próprio Estado. Com uma actuação meritória neste caso, as primeiras reacções sao de interrogação face à actuação da polícia. Em caso posterior, em que também houve uso de armas de fogo (e acidentalmente uma criança levada para um assalto foi atingida) eis senão que se erguem imediatamente vozes sobre o uso excessivo de força. E deixa de ser questionada a violencia e acções contra a lei, e é discutida a forma (que ja de si é insuficiente) como combater as infracções. Enfraquece a legalidade do Estado e a propria confiança das forças policias. Ridiculo, portanto.
Ah, e Neo-Liberalismo contempla a manutenção da Segurança como um dos grandes (e poucos pilares) que deverão continuar na tutela do Estado. Pena é que aqueles que avogam a defesa da liberdade considerem a Segurança uma ameaça. A esquerda continua com os mesmo complexos de sempre. Sem segurança não ha legalidade nem liberdade.
terça-feira, agosto 26, 2008
CGD: convem nao deixar passar
Apesar de ja se ter passado ha algumas semanas, convem nao deixar passar - e digo convém, porque é do interesse de todos os contribuintes - as movimentaçoes do Governo na Caixa Geral de Depósitos.
Depois de receber dividendos de cerca de 350 Milhoes de Euros, a CGD precisou de um aumento de capital de 400 Milhoes. Curioso. Diria que o accionista único é o mesmo que poe e tira. Curiosamente o Estado. Curiosamente, aquele que mais benificia desta artimanha contabilistica.
Em termos liquidos, apesar de parecer zero, é bem pior. Porque é normal a CGD pagar dividendos ao Estado. Mas 400 milhoes de aumento de capital...nem por isso. Não há problema. Pagamos nós.
Depois de receber dividendos de cerca de 350 Milhoes de Euros, a CGD precisou de um aumento de capital de 400 Milhoes. Curioso. Diria que o accionista único é o mesmo que poe e tira. Curiosamente o Estado. Curiosamente, aquele que mais benificia desta artimanha contabilistica.
Em termos liquidos, apesar de parecer zero, é bem pior. Porque é normal a CGD pagar dividendos ao Estado. Mas 400 milhoes de aumento de capital...nem por isso. Não há problema. Pagamos nós.
sexta-feira, agosto 01, 2008
Causa e consequencia
A actividade partidária e política deve reger-se por princípios éticos e morais, pela honestidade e integridade. Não se pode - sob pena de total incoerência - usar-se de dois pesos e duas medidas para avaliar as situações, mesmo que seja julgamento em caso próprio.
O líder da CPC de Aveiro do CDS-PP tem vindo a insurgir-se, desde a sua tomada de posse e com muitos recuos, contra as decisões e posições de vários elementos que constituem o Executivo Camarário que, aliás, apoiou nas últimas Eleições Autarquicas. Esta viragem política, apesar das muitas hesitações, culminou no pedido de demissão do Vereador das Finanças Pedro Ferreira, caso o empréstimo não fosse aprovado pelo Tribunal de Contas.
Ora, sempre defendi que a coerência e ética política devem imperar. A aprovação do TC constitui uma derrota política do líder da CPC de Aveiro do CDS-PP. Não é possivel em política exigir-se reacções a derrotas sem também as tomar em caso próprio. E não é possível recuar nas graves declarações por si proferidas.
Entendo que na actual conjuntura, e tendo em atenção que as relações institucionais de lealdade do actual líder da CPC de Aveiro do CDS-PP para com a coligação que apoiou para ser eleito vogal da Assembleia Municipal de Aveiro, assim como para com o próprio Executivo - do qual fazem parte dois distintos militantes do CDS-PP -, estão feridas de morte.
Concluo, portanto, como militante do CDS-PP de Aveiro, que o actual líder da CPC de Aveiro do CDS-PP deixou de reunir as condições políticas necessárias para o exercício do cargo para o qual foi eleito. Por manifesta falta de sentido de Estado e lealdade. E acima de tudo por manifesta inabilidade política.
Carlos Martins
Militante do CDS-PP de Aveiro
O líder da CPC de Aveiro do CDS-PP tem vindo a insurgir-se, desde a sua tomada de posse e com muitos recuos, contra as decisões e posições de vários elementos que constituem o Executivo Camarário que, aliás, apoiou nas últimas Eleições Autarquicas. Esta viragem política, apesar das muitas hesitações, culminou no pedido de demissão do Vereador das Finanças Pedro Ferreira, caso o empréstimo não fosse aprovado pelo Tribunal de Contas.
Ora, sempre defendi que a coerência e ética política devem imperar. A aprovação do TC constitui uma derrota política do líder da CPC de Aveiro do CDS-PP. Não é possivel em política exigir-se reacções a derrotas sem também as tomar em caso próprio. E não é possível recuar nas graves declarações por si proferidas.
Entendo que na actual conjuntura, e tendo em atenção que as relações institucionais de lealdade do actual líder da CPC de Aveiro do CDS-PP para com a coligação que apoiou para ser eleito vogal da Assembleia Municipal de Aveiro, assim como para com o próprio Executivo - do qual fazem parte dois distintos militantes do CDS-PP -, estão feridas de morte.
Concluo, portanto, como militante do CDS-PP de Aveiro, que o actual líder da CPC de Aveiro do CDS-PP deixou de reunir as condições políticas necessárias para o exercício do cargo para o qual foi eleito. Por manifesta falta de sentido de Estado e lealdade. E acima de tudo por manifesta inabilidade política.
Carlos Martins
Militante do CDS-PP de Aveiro
Emprestimo aprovado
O TC decidiu favoravelmente ao pedido de emprestimo da CM de Aveiro esta Sexta-Feira. Tal como vinha sendo adiantado aqui no Blog, a aprovaçao concretizou-se. Agora é que começa o real problema: aplicar de forma comedida, séria, competente e racional o folego financeiro que é permitido.
Não se deve, portanto, embandeirar em arco, e refuto qualquer celebraçao no momento. O momento é de tal forma grave que foi necessário um emprestimo de "last resort" ao Estado.
O Plano apresentado deve, portanto, para o bem e para o mal ser aplicado ao milimetro, sem desvios e sem incompetências.
Para já, o PS sai derrotado tres vezes:
1. Criou a divida e nada sugiriu para resolve-la;
2. Apoiou a primeira tentativa de aprovaçao ao TC, e foi rejeitado;
3. Foi contra a segunda tentativa de aprovaçao, e foi mesmo aprovado.
Cada tiro cada melro ! (ou será andorinha?)
Não se deve, portanto, embandeirar em arco, e refuto qualquer celebraçao no momento. O momento é de tal forma grave que foi necessário um emprestimo de "last resort" ao Estado.
O Plano apresentado deve, portanto, para o bem e para o mal ser aplicado ao milimetro, sem desvios e sem incompetências.
Para já, o PS sai derrotado tres vezes:
1. Criou a divida e nada sugiriu para resolve-la;
2. Apoiou a primeira tentativa de aprovaçao ao TC, e foi rejeitado;
3. Foi contra a segunda tentativa de aprovaçao, e foi mesmo aprovado.
Cada tiro cada melro ! (ou será andorinha?)
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