Já se temia há muito, mas agora parece mais certo que nunca. Aveiro não vai ter ligação de alta velocidade com Salamanca.
Tudo porque os espanhois anteciparam-se mais uma vez na decisão de preterir a ligação a Salamanca via Madrid.
E Portugal...foi atrás...
sexta-feira, março 30, 2007
Tensão no Irão
A actual situação no médio oriente é cada vez mais preocupante. Não que haja evoluções significativas na área - a detenção dos marinheiros e militares ingleses não passa de um incidente menor, ainda que possivelmente detonador -, mas o mundo olha para este área com muita apreensão.
Todos já apontaram os erros que foi a operação no Iraque, mas muitos agora precupam-se porque percebem a incapacidade política, económica e operacional dos EUA em encetar nova missão,desta vez no Irão. Não que sejamos a favor da guerra, mas a ameaça nuclear vinda de um país radical muçulmano preocupa o ocidente.
Que solução então?
Curioso ou não, há um facto relevante que nem sempre é do conhecimento geral. O Irão, embora seja um dos maiores produtores mundiais e detentores de reservas brutais de petróleo, o facto é que não possui refinarias. Este facto só por si estranho, não é o mais insólito.
Na verdade, o Irão subsisidia os consumidores de produtos finais petroliferos em mais de 70%, criando uma oportunidade de arbitragem (troca sem risco e com lucro) com os mercados vizinhos.
Ora, facilmente daqui se percebe o problema de uma possível embargo. Se por lado, poderia colocar o petroleo a 100$ por barril, também colocaria o Irão numa situação de paralização total.
Todos já apontaram os erros que foi a operação no Iraque, mas muitos agora precupam-se porque percebem a incapacidade política, económica e operacional dos EUA em encetar nova missão,desta vez no Irão. Não que sejamos a favor da guerra, mas a ameaça nuclear vinda de um país radical muçulmano preocupa o ocidente.
Que solução então?
Curioso ou não, há um facto relevante que nem sempre é do conhecimento geral. O Irão, embora seja um dos maiores produtores mundiais e detentores de reservas brutais de petróleo, o facto é que não possui refinarias. Este facto só por si estranho, não é o mais insólito.
Na verdade, o Irão subsisidia os consumidores de produtos finais petroliferos em mais de 70%, criando uma oportunidade de arbitragem (troca sem risco e com lucro) com os mercados vizinhos.
Ora, facilmente daqui se percebe o problema de uma possível embargo. Se por lado, poderia colocar o petroleo a 100$ por barril, também colocaria o Irão numa situação de paralização total.
Finalmente!
O edíficio de boas-vindas à cidade de Aveiro foi finalmente demolido, naquilo que foi uma triste história de não planeamento e atrasos burocráticos lamentáveis num espaço nevralgico da cidade: a sua porta de entrada.
Não é minha intenção enaltecer a actual CMA pelo facto, mas sim afirmar que demolir nao chega. É preciso dotar aquele espaço da atractividade que a cidade merece. Sem mais erros urbanisticos.
Não é minha intenção enaltecer a actual CMA pelo facto, mas sim afirmar que demolir nao chega. É preciso dotar aquele espaço da atractividade que a cidade merece. Sem mais erros urbanisticos.
terça-feira, março 27, 2007
Bosch investe em Aveiro
A Bosch prepara-se para reforçar o seu investimento em investigação em Aveiro. Este investimento surge na sequencia da sua intenção de apostar em energias renováveis e aplicá-las aos seus produtos, nomeadamente aos que são produzidos na fábrica de Aveiro.
É certamente um investimento bem-vindo,
É certamente um investimento bem-vindo,
EdP adquire empresa americana Horizon
A EdP (Energias de Portugal) anunciou hoje a compra da empresa norte-americana de energias eólicas Horizon por valores superiores a dois mil milhoes de dollares.
Mas se é um negócio que faz todo o sentido tendo em conta a estratégia de internacionalização da EdP no contexto mundial ao nível das energias renováveis (já detém posições importantes no Brasil, Espanha e obviamente Portugal), tendo em conta o actual estado dos mercados mundiais, algumas duvidas se podem naturalmente levantar.
Desde logo, segundo a Bloomberg, a Horizon era detida pela Goldman Sachs por inteiro. Ou seja, não era cotada, sendo portanto inteiramente private. Por si só levanta a questão: porque será que o banco de investimento mais rentável de sempre pretender vender uma empresa inteiramente detida por si ?
Para mais, esta compra permite à EdP encaixar cerca de 700 milhões de dollares em benefícios fiscais americanos, que contudo já estarão certamente englobados no preço.
Por último, surge também a natural dúvida de como a EdP será capaz de gerir uma empresa num mercado que não conhece e no qual não tem nenhum gestor capaz de uma ligação eficiente. Um português no texas a gerir uma empresa nums sector altamente competitivo ou um americano sem qualquer ligação a Portugal?
Esta operação vai ser portanto financiada via dívida e via benefícios fiscais. Como resultado, a dívida titulada da EdP estará prestes a sofrer um downgrade, pois esta compra não será capaz de produzir cash flows no curto prazo.
Não será contudo uma má compra. Isso só o futuro o dirá. Mas com os mercados de equity overvalued, é certamente uma compra muito cara...
Mas se é um negócio que faz todo o sentido tendo em conta a estratégia de internacionalização da EdP no contexto mundial ao nível das energias renováveis (já detém posições importantes no Brasil, Espanha e obviamente Portugal), tendo em conta o actual estado dos mercados mundiais, algumas duvidas se podem naturalmente levantar.
Desde logo, segundo a Bloomberg, a Horizon era detida pela Goldman Sachs por inteiro. Ou seja, não era cotada, sendo portanto inteiramente private. Por si só levanta a questão: porque será que o banco de investimento mais rentável de sempre pretender vender uma empresa inteiramente detida por si ?
Para mais, esta compra permite à EdP encaixar cerca de 700 milhões de dollares em benefícios fiscais americanos, que contudo já estarão certamente englobados no preço.
Por último, surge também a natural dúvida de como a EdP será capaz de gerir uma empresa num mercado que não conhece e no qual não tem nenhum gestor capaz de uma ligação eficiente. Um português no texas a gerir uma empresa nums sector altamente competitivo ou um americano sem qualquer ligação a Portugal?
Esta operação vai ser portanto financiada via dívida e via benefícios fiscais. Como resultado, a dívida titulada da EdP estará prestes a sofrer um downgrade, pois esta compra não será capaz de produzir cash flows no curto prazo.
Não será contudo uma má compra. Isso só o futuro o dirá. Mas com os mercados de equity overvalued, é certamente uma compra muito cara...
quinta-feira, março 22, 2007
A ler
Com a reconhecida qualidade da melhor consultora do mundo, vale a pena perder alguma atenção num artigo da The McKinsey Quarterly sobre a competitividade em Portugal.
Aqui fica o link:
http://www.mckinseyquarterly.com/article_abstract_visitor.aspx?ar=1428&l2=7&l3=8&srid=190&gp=0
Fica esta citação como teaser:
"Portugal's government should tackle its productivity problem by easing rigid labor laws, removing barriers to competition, and reining in the informal economy. "
Aqui fica o link:
http://www.mckinseyquarterly.com/article_abstract_visitor.aspx?ar=1428&l2=7&l3=8&srid=190&gp=0
Fica esta citação como teaser:
"Portugal's government should tackle its productivity problem by easing rigid labor laws, removing barriers to competition, and reining in the informal economy. "
FED mantém taxas
Ao contrário do que o mercado descontava nos yields das obrigações do tesouro norte-americanas de curto e longo prazo, as taxas de referência da Reserva Norte-Americana não sofreram alterações, com o Governador Bernanke a decidir-se por manter as taxas, numa altura onde o problema de crédito à habitação do sector subprime (nivel mais alto de risco) ameaça alastrar. O risco de crédito crunch é portanto muito real, e os níveis de inflação permanecem a ser alvo de atenção, pelo que o FED manteve as taxas a 5,25%. Os mercados de equity reagiram favoravelmente a esta decisão, surpreendentemente.
domingo, março 18, 2007
Bancos Centrais
A sua visibilidade tem vindo a ser gradualmente reduzida ao longos dos tempos, fruto das taxas de juro historicamente baixas. Contudo, e com o progressivo aumento que ultimamente se tem vindo a assistir, a sua preponderancia volta a ser notada.
Esta semana será com certeza um desses momentos. Tanto o Banco do Japão como a Reserva Federal americana vão pronunciar-se sobre o nivel do preço do dinheiro e com repercussões a nivel global.
Senão veja-se. Ultimamente os investidores tem vindo a utilizar o chamado carry trade, ou seja, vendem activos com reduzido funding para investir em activos com maior rentabilidade. O mais comum tem sido a venda (ou a tomada de posições curtas) no Iene (moeda japonesa) para compra de dollars e sobretudo de titulos do tesouro americano. Tal operação é possivel porque a taxa de juro japonesa encontra-se demasiado baixa, e o iene estável em subvalorização.
Por outro lado, nos EUA, há um duplo problema que possivelmente conduz a um dilema do FED: se por um lado há uma crise instalada nos chamados subprime mortgages (hipotecas para faixa da população com maior nivel de risco e de incumprimento) onde os defaults dispararam para os 14%, por outro lado a inflação continua a ser um problema sério. Para agudizar a situação, os futuros dos titulos do tesouro americanos de curto prazo já descontam mais de 2 cortes do FED, ou seja, taxas de juro a 4,60%, contra a actual de 5,25%.
Ora, um corte das taxas do FED se por um lado poderia dinamizar a economia e dar lhe um maior impulso, resolvendo o grave problema que se anteve no mercado da habitação e construção, por outro lado poderia compromenter o crescimento, folgando o combate à inflação. É a vez de Bernanke falar (actual responsável do FED) apesar dos constantes avisos do anterior responsável e sobejamente conhecido Alan Greenspan, agora conferencista profissional.
Esta semana será com certeza um desses momentos. Tanto o Banco do Japão como a Reserva Federal americana vão pronunciar-se sobre o nivel do preço do dinheiro e com repercussões a nivel global.
Senão veja-se. Ultimamente os investidores tem vindo a utilizar o chamado carry trade, ou seja, vendem activos com reduzido funding para investir em activos com maior rentabilidade. O mais comum tem sido a venda (ou a tomada de posições curtas) no Iene (moeda japonesa) para compra de dollars e sobretudo de titulos do tesouro americano. Tal operação é possivel porque a taxa de juro japonesa encontra-se demasiado baixa, e o iene estável em subvalorização.
Por outro lado, nos EUA, há um duplo problema que possivelmente conduz a um dilema do FED: se por um lado há uma crise instalada nos chamados subprime mortgages (hipotecas para faixa da população com maior nivel de risco e de incumprimento) onde os defaults dispararam para os 14%, por outro lado a inflação continua a ser um problema sério. Para agudizar a situação, os futuros dos titulos do tesouro americanos de curto prazo já descontam mais de 2 cortes do FED, ou seja, taxas de juro a 4,60%, contra a actual de 5,25%.
Ora, um corte das taxas do FED se por um lado poderia dinamizar a economia e dar lhe um maior impulso, resolvendo o grave problema que se anteve no mercado da habitação e construção, por outro lado poderia compromenter o crescimento, folgando o combate à inflação. É a vez de Bernanke falar (actual responsável do FED) apesar dos constantes avisos do anterior responsável e sobejamente conhecido Alan Greenspan, agora conferencista profissional.
quarta-feira, março 14, 2007
Novo Blog
Foi criado um blog de apoio à candidatura de Paulo Portas à liderança do CDS-PP, blog no qual também sou autor.
Aqui fica o link:
http://voltar-a-crescer.blogspot.com/
Aqui fica o link:
http://voltar-a-crescer.blogspot.com/
De volta...alguma vez fui embora?
Um blog é assim mesmo: é suposto escrever nele quando e se pudermos. E como só agora consegui um pouco desse bem precioso,escasso e não transacionável, cá estou eu para dar sinal de vida.
Obrigado pela paciência de insistir em visitar um blog que esteve parado demasiado tempo.
Obrigado pela paciência de insistir em visitar um blog que esteve parado demasiado tempo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)