Espanha - A vitória do terrorismo
De que adiantam 8 anos de prosperidade económica? Ao longo destes 8 anos sempre fui admirando um político que apesar de não ser do meus país, sempre transpareceu uma postura de dignidade como poucos. Não era ele que estava directamente sujeito ao escrotínio, mas sim o seu sucessor, Mariano Rajoy. Dos dois mandatos, tudo foi esquecido, como se uma bomba tivesse apagado a sua política. A esquerda, encontrou no atentado de Madrid a sua oportunidade de regressar ao poder, e não a desperdiçou.
Não era a política que era discutida, mas sim, quem tinha feito o atentado em Madrid. A direita esperava que tivesse sido a ETA, a esquerda a Al-Queida. A lotaria calhou à esquerda. Não parece isto tudo ridículo, quando o que está em causa é o futuro de um país? A questão que se deveria colocar seria: está o povo espanhol ao lado do seu líder quando este decidiu apoiar os Estados Unidos na guerra no Iraque? Se não fosse essa a vontade, compreender-se-ia a vontade de mudança. O problema é que todos ficaram com a sensação que este atentado tivesse sido cometido uns dias depois, o PP não perderia as eleições. Foi claramente uma eleição "a quente". E mais que os 200 mortos no atentado, essa foi a grande vitória do terrorismo.
Nota 1: Na hora da derrota estranhou-se o facto de Aznar ter aparecido ao lado de Rajoy. Nada que me tivesse espantado, num homem que pelo que fez pela Espanha, não merecia ter o final de governação que teve.
Nota 2: Li hoje no Jornal de Notícias algumas reacções da vitória de Zapatero. Gostaria de destacar a de Mário Soares: "Os espanhois perceberam que o atentado teve a ver com a Al-Queida e não com a ETA, pelo que estão de parabéns". O ridículo da frase, adjectiva-se a si mesma.
terça-feira, março 16, 2004
sábado, março 13, 2004
Terrorismo - O Pesadelo do século XXI
É uma guerra que o mundo não sabe como vencer. Porque não basta ter um arsenal militar maior, nem tem um teatro de operações definido. Pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer hora, sem aviso prévio. E aquilo que estamos a ver, é apenas a utilização de armas convencionais. Vamos esperar para que não tenhamos que assistir ao uso de armas químicas ou biológicas.
A única forma de vencer esta guerra, não passa por ceder, mas por verificar que não basta o nosso país estar bem para estarmos bem. Quando tanto se fala em globalização, cabe aos países unirem-se e resolverem não só os seus problemas, mas também aqueles cujos intervenientes não o conseguem. Estamos habituados a ver com alguma naturalidade os consecutivos atentados, quer na Palestina, quer em Israel. Agora que essas barbáries chegam ao pseudo mundo civilizado, todos ficamos chocados. Será que é preciso que a Europa e os EUA sofram na pele as consequências desses atentados para por como prioridade a pacificação do médio oriente?
É uma guerra que o mundo não sabe como vencer. Porque não basta ter um arsenal militar maior, nem tem um teatro de operações definido. Pode acontecer em qualquer lugar, a qualquer hora, sem aviso prévio. E aquilo que estamos a ver, é apenas a utilização de armas convencionais. Vamos esperar para que não tenhamos que assistir ao uso de armas químicas ou biológicas.
A única forma de vencer esta guerra, não passa por ceder, mas por verificar que não basta o nosso país estar bem para estarmos bem. Quando tanto se fala em globalização, cabe aos países unirem-se e resolverem não só os seus problemas, mas também aqueles cujos intervenientes não o conseguem. Estamos habituados a ver com alguma naturalidade os consecutivos atentados, quer na Palestina, quer em Israel. Agora que essas barbáries chegam ao pseudo mundo civilizado, todos ficamos chocados. Será que é preciso que a Europa e os EUA sofram na pele as consequências desses atentados para por como prioridade a pacificação do médio oriente?
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