Nos bancos centrais tradicionais, como o japonês, americano ou inglês, o mandato inclui a possibilidade de expansão monetária, ou seja, a criação de moeda.
Contudo, o Banco Central Europeu tem como único objectivo a manutenção da estabilidade de preços no longo prazo. Num cenário normal, isto não inclui criação de moeda para além do normal. No cenário actual...também não. Se a situação actual é grave e a recessão uma certeza, a saída da crise dificilmente será a expansão monetária. Tal poderá ter efeitos no curto prazo (e então estamos na pura teoria keynesiana), mas no longo prazo implica inflação descontrolada.
O dilema do ECB é, porém grande. O perigo de forte recessão pode empurrar a medidas de curto prazo, tal a pressão e emergencia actual. Se temos ou não a capacidade de olhar para o futuro com uma perspectiva de sustentabilidade é o que resta saber. À partida, o ECB tem o mandato para tal.
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