terça-feira, agosto 26, 2008

A segurança do País: brandos costumes!?

Uma agencia do BES foi alvo de um assalto ao estilo sul-americano e conclusao hollywoodesca. A escalada de violência em Portugal é notória, e a inércia - que não verbal - do Ministro da Admin. Interna inequivoca.

Não é contudo o Ministro o maior alvo de crítica. Ja se sabe que as polícias estão mal preparadas para prevenir o crime, que a falta de condiçoes para acolher tamanho numero de imigrantes e a revolta da segunda geraçao sao problemas graves que Portugal nunca esteve à altura.

E convem acrescentar que ao elevadíssimo nível de profissionalismo dos GOE, cuja actuação foi - essa sim - verdadeiramente preventiva, a acutilancia e rapidez da operação merece todos os aplausos. Alias, so com acçoes em que o Estado defende realmente a legalidade (e invoco aqui a defesa da vida dos refens) é que será possível conter a crescente onda de criminalidade.

O problema é, no entanto, o próprio Estado. Com uma actuação meritória neste caso, as primeiras reacções sao de interrogação face à actuação da polícia. Em caso posterior, em que também houve uso de armas de fogo (e acidentalmente uma criança levada para um assalto foi atingida) eis senão que se erguem imediatamente vozes sobre o uso excessivo de força. E deixa de ser questionada a violencia e acções contra a lei, e é discutida a forma (que ja de si é insuficiente) como combater as infracções. Enfraquece a legalidade do Estado e a propria confiança das forças policias. Ridiculo, portanto.

Ah, e Neo-Liberalismo contempla a manutenção da Segurança como um dos grandes (e poucos pilares) que deverão continuar na tutela do Estado. Pena é que aqueles que avogam a defesa da liberdade considerem a Segurança uma ameaça. A esquerda continua com os mesmo complexos de sempre. Sem segurança não ha legalidade nem liberdade.

1 comentário:

ZÉ FAGOTE disse...

Resumindo Carlos Martins:
Preso por ter cão e preso por não ter.
Com certeza o meu Amigo sabe que num país que cresce, cresce em todos os sentidos, a criminalidade acompanha esse “desenvolvimento” em proporcionalidade.
O homem por natureza é mau, é violento. Essa agressividade pode andar abafada indefinidamente, até nunca se manifestar, mas está dentro de si adormecida, e em qualquer instante pode ser despoletada.
A prova está nas guerras que se desenrolam um pouco por todo o lado, e dos horrores que um ser humano é capaz de cometer. Vemos e assistimos em muitos sítios do globo à coexistência pacífica de vizinhos que podem ser ou não da mesma raça ou credos, vivem em paz e harmonia anos ou até séculos.De repente há um click um “desalinhamento” que despoleta e acorda o animalesco que todos possuímos, e as pessoas cometem atrocidades inimagináveis.
No nosso país, a falta de emprego, uma política de educação e ensino errada que teima em persistir há longos anos, uma justiça ineficaz, são grandes factores que contribuem para o que se está a passar.
Demitir ministros, ou meter polícias nunca será a solução para resolver esta situação que atravessamos. Temos de ter uma politica preventiva maior que a repressiva.
É preciso semear as bases de sustentação de um comportamento mais cívico, e isso só é possível se for nuclear no ensino e na educação.
Cumprimentos.