sexta-feira, agosto 01, 2008

Causa e consequencia

A actividade partidária e política deve reger-se por princípios éticos e morais, pela honestidade e integridade. Não se pode - sob pena de total incoerência - usar-se de dois pesos e duas medidas para avaliar as situações, mesmo que seja julgamento em caso próprio.

O líder da CPC de Aveiro do CDS-PP tem vindo a insurgir-se, desde a sua tomada de posse e com muitos recuos, contra as decisões e posições de vários elementos que constituem o Executivo Camarário que, aliás, apoiou nas últimas Eleições Autarquicas. Esta viragem política, apesar das muitas hesitações, culminou no pedido de demissão do Vereador das Finanças Pedro Ferreira, caso o empréstimo não fosse aprovado pelo Tribunal de Contas.

Ora, sempre defendi que a coerência e ética política devem imperar. A aprovação do TC constitui uma derrota política do líder da CPC de Aveiro do CDS-PP. Não é possivel em política exigir-se reacções a derrotas sem também as tomar em caso próprio. E não é possível recuar nas graves declarações por si proferidas.

Entendo que na actual conjuntura, e tendo em atenção que as relações institucionais de lealdade do actual líder da CPC de Aveiro do CDS-PP para com a coligação que apoiou para ser eleito vogal da Assembleia Municipal de Aveiro, assim como para com o próprio Executivo - do qual fazem parte dois distintos militantes do CDS-PP -, estão feridas de morte.

Concluo, portanto, como militante do CDS-PP de Aveiro, que o actual líder da CPC de Aveiro do CDS-PP deixou de reunir as condições políticas necessárias para o exercício do cargo para o qual foi eleito. Por manifesta falta de sentido de Estado e lealdade. E acima de tudo por manifesta inabilidade política.

Carlos Martins
Militante do CDS-PP de Aveiro

16 comentários:

Anónimo disse...

caramba vocês são piores que o PSD... ainda só passaram meia dúzia de horas... quase que já tenho pena do granizé :-)

Anónimo disse...

Muita coerencia, não esperava tanto,
surpreendeste-me
Um abraço

ZÉ FAGOTE disse...

Não será tanto assim Caro Carlos Martins:
Sabe perfeitamente que a Coligação há muito que demonstra fragilidades como equipa que deveria ser, e não é.

O meu Amigo, filiado no CDS/PP e Vogal na Assembleia Municipal, assistiu, estou certo, a diversas desconsiderações para com a sua bancada por parte da bancada do PSD, não só em nomeação de comissões, mas em outras.
O seu companheiro de partido, e de bancada, Diogo Machado, já protestou publicamente na própria A.M. contra esse estado de coisas e comportamentos, ou será mentira?

Se o CDS/PP está coligado com o PSD e é considerado fundamental para o bom trabalho da Câmara, penso que deveria ter conhecimento das estratégias seguidas pelo Município, (não sendo preciso entrar em pormenores, mas pelos menos saber os tópicos) e tenho quase a certeza que não são ouvidos nem achados para nada, daí o comportamento “revoltado” do seu companheiro de partido, Miguel Fernandes.

Por outro lado penso que esta Coligação existe e foi formada não com intenções de ganhar a Câmara, que lhes parecia impossível, mas era intenção amolecê-la, torná-la menos forte. Os mais optimistas, (que os há sempre em todo o lado) pensavam como óptimo meter um vereador, o que seria para todos vós, coligação, uma grande vitória.

Faziam um rombo num porta-aviões que parecia indestrutível, e assim, alimentavam no ego a esperança de a médio, ou longo prazo,conseguirem o poder.

Afinal, não era difícil desalojar os socialistas, coisa que ninguém sabia, nem os próprios.
A política não é futebol, mas há fenómenos idênticos.
Estou convencido que tanto o PSD, como o CDS/PP, estão arrependidos de não terem concorrido cada um per si.

É que agora à distância cada um pensa que poderia ter ganho sozinho, e sabemos lá se o PSD prejudicou o PP ou se o contrário também é verdade?

VC sabe que pelo menos alguns militantes do seu partido, CDS/PP, puseram-se de fora porque não concordaram com a coligação.
E no comportamento dos eleitores comuns como foi?

Se o PS não apresentar um candidato forte, penso que o PSD vai dispensar o CDS/PP, já que, Bloco de esquerda e Comunistas, não vão buscar votos ao PSD, mas sim ao PS.

Sabemos lá se o seu companheiro Miguel Fernandes não raciocina mais ou menos nestes moldes, e vendo o andar da carruagem não está já a prever o que vai acontecer ao seu PP?

Ou será preferível andar na coligação a fazer figura de “corpo presente” sem ninguém se permitir dar satisfações seja do que for?

Desculpe lá, distraí-me o que não é costume, mas já estou a ir...
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Então o MSF a única coisa que conseguiu dizer sobre as suas palavras aqui ditas foi que não comentava "notas de rodapé"!
Então o lactogalo (garnizé/iogurte) permite-se agora tratá-lo a si por nota de rodapé?

António Granjeia disse...

Sou do CDS desde sempre. Ajudei a crescer o CDS de Aveiro e fui fundador da Juventude Centrista. Sou convictamente democrata-cristão porque acredito que a capacidade de criar riqueza não pode andar desligada da preocupação e consciência social e sobretudo essa, não pode ser confundida com a caridade daqueles que apenas se lembram do desespero dos outros para encobrirem a seu crescimento desmesurado.

Na questão que o Carlos Martins coloca neste post discordo frontalmente. Tenho aliás pena que o Carlos e o Miguel tenham entrado em rota de colisão por causa deste assunto. Acho-os um valor seguro do CDS e por lhes reconhecer valor, fiz questão que ficassem acima de mim na lista da AM.

A nossa liberdade de pensar e agir, mesmo em política, é podermos ser críticos de nós próprios e daqueles que em determinado momento apoiámos. Isso não significa que estejamos contra eles (CM) ou que por esse facto fiquemos reféns das nossas discordâncias pontuais. O que interessa é saber se o objectivo geral, se a política é coerente ou se a percepção que de nós tem o eleitorado aveirense é a mais correcta. Também importa avaliar em qualquer momento se a confiança nos autarcas cai drasticamente traindo por inaptidão a confiança depositada ou ao invés se reforça com a acção.

Quem não se sente não é filho de boa gente lá diz um ditado popular. Ora o que os CDSs de outrora e o povo aveirense têm sentido é o desligar da realidade por parte dos autarcas no poder. Tudo se apostou no empréstimo, mas os sinais de perigo quanto à aprovação, eram mais que muitos. O vereador das finanças dava a impressão de não dar a importância necessária ao assunto. O CDS, por outro lado nem sempre foi bem tratado pelo parceiro de coligação e algumas vezes, na questão do empréstimo por exemplo, não foi ouvido pela CM (aliás penso que nem o PSD).

Por isso entendi a mensagem do Miguel Fernandes como um aviso e não como uma provocação ou ameaça. Sempre achei que o Dr Souto, tinha visão estratégica mas não lhe dava sustentabilidade. Infelizmente implementou dívidas e mais dívidas e obra não sustentável. Seremos nós capazes de alterar o paradigma? O empréstimo, resolve o curto prazo e abre uma janela de oportunidade para resolver alguns problemas estruturais. Até por isso se impunham alguns avisos ao executivo e a um vereador que parece distante dos problemas do dia-a-dia, tantas foram já as promessas não cumpridas e os buracos que abriu. Nada tenho contra o Pedro Ferreira mas acho que ocupa um lugar de responsabilidade tal que o devia ocupar com um bocadinho mais de humildade. Teve no final da semana passad uma vitória importante mas infelizmente para Aveiro não ganhou a guerra e até porque o seu departamente vai perdendo outras batalhas como a da regeneração do espaço público entre o Alboi e a Urbanização de Santiag. Foi assim que entendi as declarações do presidente da CPC do CDS. Por isso entendo despropositada a sua demissão. Quanto ao vereador tem agora a oportunidade de justificar e exigir que nele acreditem.

António Granjeia

Anónimo disse...

Carlos não vaz a baixo,a coerencia é muito importante e o Miguel Fernandes neste momento só representa un certo CDS caduco sem prespectivas e que errou redondamente na sua estratégia delineada pelos gurus António Grangeia e Vitor Silva ( bloco de interesses)

Anónimo disse...

Li no OLN.pt: Miguel Fernandes disse que as declarações de Carlos Martins são «infantis e irresponsáveis, típicas de um menino de recados».

Então V. agora anda aos recados???

Anónimo disse...

O MSF deve lealdade à Coligação que apoiou e o Carlos Martins não deve à Comissão Política do partido (legitimada em eleições demotráticas) através do qual foi eleito para a AM???
"A actividade partidária e política deve reger-se por princípios éticos e morais, pela honestidade e integridade."
Esta máxima só é válida para alguns???
Isto é o cúmulo da insensatez!!!
Felizmente que a liberdade de expressão está consagrada na Constituição e vos permite a todos fazer estas figuras ridículas.
A Assembleia Municipal cá da terra é de um nível intelectual medíocre e deprimente. Pensei que havia algumas excepções, mas afinal jogam todos no mesmo tabuleiro. E lembre-se que não é o Rei, mas sim apenas um peão!

Anónimo disse...

ó carlinhos ... até podes ir abaixo, não vás é com Z!!

Esse anónimo deve ser algum autor de um blog que já é conhecido por querer APARESSER às custa dos outros!

Anónimo disse...

Diz o Povo e com razão que"o pior cego é aquele que não quer ver".
Infelizmente, há por aí muito boa(?) gente com a mania de que vê bastante mais do que aquilo que deus quis que visse...
Enfim, é o que vamos tendo e quem dá o que pode a mais não é obrigado.
E caro Carlos, tomara muitos moços de recados chegarem-te aos calcanhares.
E eles sabem que tu sabes, que eles sabem que tu sabes.
Abraço.

Anónimo disse...

Carlos Martins, pela tua postura seria, e em devida altura, veste defender "civismo politico", e muito bem. Aliás, quem não quer ser carneiro não lhe veste a pele!
Miguel Fernandes, quis brilhar, e veio por ele, ou por terceiros (quiçá), defender uma demissão, indexando-a a um acontecimento. Podia ter-se resguardado e não o fez.
Ora, se tais palavras em seu entender tinham uma consequencia, no caso do que defendia acontecer, ou seja, a não aprovação do emprestimo de 58 milhões, o contrário, ou seja, a sua aprovação, obviamente, tem consequencias. Em seu entender certamente cai um ou outro.

O povo deixou de ser burro, e creio que está um pouco farto destes politicos que acham que são senhores e donos da sabedoria, e que tudo se pode dizer, nada tem consequencias, e que o povo compreende.
Mas não é assim, quem quer estar na politica, tem de saver assumir os seus actos, mesmo que tenham pouca validade, tanta como a de um iogurte!

Não há cá recados! O unico recado, é que esse senhor que subir ao poder do CDS, para disfarçar a sua inabilidade ou inadequação profissional, pensou que ao ser lider concelhio, seria o mesmo que presidente do partido; olhe, igual ao vosso camarada Diogo Machado, que ai ser nomeado director de uma EM, sempre se julgou e actuou como se fosse o presidente da câmara, e a sua empresa fosse a propria câmara... as coisas, são muito clarinhas, e as posturas politicas, são para serem assumidas com civismo.

Por isso mesmo, Carlos Martins, aqui do anonimato, porque não pode ser de outra maneira, te digo que estiveste muito bem, ao defender uma postura honrada nas coisas. E nomeadamente no CDS que defendes, que como sabes é o mesmo que poderá enfrentar nova coligação em Aveiro para governar o municipio, e não é certamento o mesmo CDS desse senhor que quer trepar o ramos, mas cortou as unhas!
Bem hajas! E aguenta-te.

Anónimo disse...

O que está dito, está dito.
Fez-se uma tempestade num copo de água.
Os que até aqui foram maus, agora são bons, e o contrário também é verdade !
O PSD anda caladinho que nem um rato, porque será?
A grande obra desta Câmara foi efectivamente conseguir o empréstimo, andaram 3 anos para o fazer, acumulando dívidas à Dívida que toda a gente continua sem saber de quanto é.Conveniências!
Vamos saber de quanto é quando deixarem o poder, antes não, porque não convém.
Agora têm o "euromilhões" e oxalá não espatifem tudo como fazem aqueles que nunca tiveram dinheiro nas mãos...

Anónimo disse...

Caro anónimo das 9h52,

Esse Diogo director da Ema é o mesmo da Assembleia Municipal?

Anónimo disse...

Caro Carlos Martins,

Olhe que o MSF ás vezes tem razão, como e que se pode ser um vereador das financas com tantos e tao bons administradores? A saber :

PDA - Ulisses Pereira (ex-presidente do PSD Aveiro)
- Gilberto Ferreira (irmão do vereador Pedro Ferreira)

EMA - Joao Pedro Dias (CDS)
- Susana Esteves (PSD, candidada a vereadora e ex-escritora assidua de blogs)

TEMA - Maria de Luz Nolasco (CDS e conhecida como a inventora do Sal de Aveiro)
- Virgilio Nogueira (PSD e ex- orquestra)

MoveAveiro - Genro do Verador Carlos Santos - PSD

ParqueExpo - *Diogo Machado (CDS - O director que não o é!*)

*Nota - o sr Diogo Machado repete o tachinho, já tendo representado as mesmas funções no mandato de Alberto Souto.

Cumprimentos

Anónimo disse...

e em que gamela comem os entendidos cobardolas?

Anónimo disse...

na gamela dos anónimos cobardolas. na mesma caro anonimo cobardolas, na mesma!