Governo vai encetar uma revolução nas urgências hospitalares em Portugal. Na zona Centro vão encerrar os serviços de urgência de São João da Madeira, Espinho, Estarreja, Ovar, Anadia, Fundão e Cantanhede.
Deste modo, a zona Centro fica apenas servida com os serviços de urgência polivalente (SUP) dos Hospitais de Coimbra e de S.Teotonio, os serviços de urgência médico-cirurgica (SUMC) de Aveiro, Caldas da Raínha, Sta Maria da Feira, Figueira da Foz, Leiria, Guarda, Castelo Branco e Covilhã e os restantes serviços de urgência básicos actuais.
Ou seja, Aveiro fica enquadrado no meio de uma rede cada vez mais escassa e não servida convenientemente por nenhum SUP (Coimbra a PELO MENOS 45 minutos assim como o S.João do Porto). Ainda para mais, ao analisar a proposta do Ministro da Saúde, facilmente se nota que a grande facada é precisamente no Norte e Centro do País.
Sinceramente, não sou grande adepto de forçar sempre a tecla no centralismo de Lisboa. Mas esta medida parece-me manifestamente um atentado às regiões que mais densidades populacionais tem e até que mais contribuem em impostos... Para já não relembrar que só Coimbra possiu DUAS, sim leu bem, DUAS unidades de urgência polivalente, enquanto que toda a região de Aveiro possui ZERO. Haja critério técnico, com certeza. Mas haja critério e coragem para implementá-lo a todos os níveis.
Para terminar, ainda a questão das urgências e dos utentes. É certo que há algum abuso deste serviço. Mas não me parece boa política fechar primeiro as urgências para só depois implementar novas redes de unidades de saúde familiares ou novos horarios de SAPs. É obvio que assim só se conseguirá entupir as urgências actuais...
O mais engraçado disto tudo é que tanto se discutiu e argumentou contra a entrada de privados na saúde e nos hospitais, porque "iria encarecer o serviço" e "escolher os doentes" e agora nem caro nem barato, é apenas LONGE e ESCASSO. Brilhante.
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