Este fim de semana, estava eu descansado a ver notícias quando me deparei com o o Ministro da Administração Interna António Costa a defender o Cartão do Cidadão perante a Assembleia da República.
"Muito bem, finalmente vai poder cruzar-se informação e detectar fraudes..." pensei eu.
Ao que instantaneamente ouço do Ministro: "Mas não se alertem, não se trata do cruzamento de bases de dados dos Ministérios, apenas um porta-chaves, em que cada serviço tem a sua chave no mesmo documento".
Não querendo atentar em relação à utilidade do documento, pergunto-me por vezes em que raio de país romântico vivemos. A era da informática e da informação permite inumeras facilidades, uma delas é bloquear informação a quem não esteja credenciado para ter acesso. Se o medo é da incompetência ou corrupção dos funcionários públicos, então que o digam. Se o receio é de que utentes sejam discriminados por informação fiscal, que bloqueiem quem possa ter acesso in loco.
A questão vai muito mais além. É obvio que o Estado precisa deter este tipo de informação. Para evitar fraudes e abusos. Que sentido faz a mesma pessoa estar presente em 3 ou mais bases de dados distintas de diferentes ministérios...do mesmo Estado ?
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