quinta-feira, março 26, 2009

JC no FB

O novo candidato do PS à Camara de Aveiro ao que parece ja tem perfil no Facebook. Porreiro pah! 


Cool !

sexta-feira, março 20, 2009

Os bónus dos executivos ( II )

Passou no senado norte-americano por larga maioria um imposto especial de 90% ( !!!!!!!!!! ) sobre os bónus dos colaboradores das empresas "bailed-out" pelo Governo americano.

Algo me diz que isto nao é a solução...

quinta-feira, março 19, 2009

Quão ridícula consegue a JS ser ?

Diz-se que a estupidez, ao contrário da inteligência, não tem limites.

quarta-feira, março 18, 2009

Os Bónus dos executivos

A grande polémica do momento nos EUA e na Europa são os bónus pagos aos colaboradores, de acordo com o seu rendimento.

A questão é saber se o facto das empresas não serem lucrativas durante o periodo em questão, tendo mesmo que ser socorridas pelos respectivos Governos, com dinheiro dos contribuintes, é ou não suficiente para não cumprir os contratos estabelecidos.

Se de facto esses contratos nao preveem que esses bónus so possam ser pagos em caso de lucros, então de facto a empresa deverá considera-los como um custo inerente ao rendimento dos trabalhadores. Contudo, sendo a alternativa a falência, será correcto pagar esses bónus?

Por outro lado, será razoável retirar os rendimentos contratualmente merecidos aos colaboradores, so porque, por um lado a gestão foi má, e por outro, há enorme pressão de desemprego que impede esses trabalhadores de reclamar sob pena de perder o emprego ?


Quantitative Easing, versão Aveiro

Como já se percebeu, não é intenção de nenhum Banco Central deixar as taxas de curto ou longo prazo subirem a níveis muito altos. Ou seja, agora sim, é uma excelente altura para fixar créditos a taxa fixa (os Swaps a 30 anos estarão a rondar os 4%....)

Claro que quem fixou a dívida a uma taxa muito superior (timing ou opção errada...) está a ter um custo de funding (e de oportunidade) gigantescamente superior e durante periodo razoavel e previsivelmente alargado do que poderia caso optasse pela taxa variável...

Opções estratégicas...

Quantitative Easing, versão FED

O UK já tinha avançado com esta medida, e hoje a Reserva Federal Norte-Americana decidiu iniciar à compra de 300 mil milhões de USD de Treasuries, ou seja, obrigações de dívida pública americana, de longo prazo, isto é, com prazos superiores a 10 anos. Para além disto, anunciou também que vai comprar dívida das GSEs e MBS. Tudo somado, são 1,25 trillion USD em compras.

Estas compras, contudo, vão ser feitas sem financiamento ao FED, ou seja, representa a expansão da massa monetária, vulgo, impressão de moeda.

O grande objectivo passa por manter as taxas de longo prazo baixas, assim como evitar que a expectativa de crescimento e/ou inflação de longo prazo agrave essas mesmas taxas.

As consequencias práticas são:

1. Aumento do preço da dívida pública americana (aumento de procura, baixa da taxas de juro)

2. Monetarização da dívida existente

3. Possibilidade de pressão inflaccionista no longo prazo

sábado, março 14, 2009

José Costa: a primeira entrevista

O candidato do PS à CM de Aveiro nas primeiras declarações como tal ao Diário de Aveiro mostrou como está o PS no Concelho. Preso entre um passado cheio de obras feitas por pagar e um futuro que passa precisamente pelas medidas que a actual Coligação tem vindo a implementar. 

Esgotado o espaço socialista, resta então o recurso ao aproveitamento dos conflitos sociais que sempre surgem quando se tenta solucionar problemas financeiros gravissimos como o da CMA. 

Neste caso, foi bem visivel que o PS vai seguir esse caminho demagógico, e começou precisamente pela MoveAveiro. E veja-se como é um exemplo perfeito do que referi no primeiro paragrafo: uma empresa criada pelo mandato socialista de Souto que criou a actual situação, mas cujo actual PS diz-se contra. Além do mais, é fácil criticar quem tem que gerir a CMA no estado que foi deixada pelos socialistas, pois nenhuma decisão é fácil ou sem externalidades negativas. 

E quem pode acreditar que depois de dois mandatos socialistas sem nenhuma racionalidade económico-financeira serão os próprios socialistas a tentar continar a resolver o problema das contas da CMA !? Eu não.

O inigualavel ministro da Administrçao Interna maçon

Para o ministro da Administação Interna o facto relevante de 2008 não é a criminalidade ter disparado exponencialmente (apesar de admitir que tal aconteceu, mal era...), mas antes que foi por causa da intervenção das forças policiais que este aumento desacelerou no segundo semestre de 2008 (!!!!!!!!!!!!!)

Ou seja, o Ministro prefere relegar para segundo plano a evidente falta de segurança dos cidadãos e o aumento dos crimes violentos e outros, e preferindo ao invés evidenciar o decréscimo da primeira derivada (em linguagem matemática) da criminalidade. Brilhante!

Deve estar à espera que o "Grande Arquitecto do Universo" faça o resto...

Pirate Bay transformado em movimento cívico

A polémica está lançada. Após o encerramento do site Pirate Bay por um tribunal sueco, surge agora um movimento cívico transformado em partido político da Suécia e com vontade de eleger um deputado para o Parlamento Europeu. Ao que parece está a reunir bastantes apoios junto dos eleitores mais jovens da Suécia e por essa Europa fora.

Para os curiosos, aqui fica o site: 

sexta-feira, março 13, 2009

Islândia ( II )



Apesar de falido, eis uma das maiores riquezas da Islândia, a Blue Lagoon.


one trillion dollars

Quem nunca tentou imaginar o que significa 1 trillion de dolares (em bom português, um bilião de dolares)?

Aqui finalmente essa visualização é possível.

Islândia

Vou iniciar uma série de posts sobre este estranho país cuja principal vantagem comparativa da economia(na expressão de David Ricardo)é a pesca, mas que se tornou num gigantesco hedge fund, sem particular especialização ou dotação, mas a que aos seus bancos foi permitido todo o tipo de loucuras, incluíndo disponibilizar à economia crédito financiado por moeda estrangeira. Claro que hoje a moeda local (a coroa islandesa) não tem valor (ninguem aceita ou sequer lhe dá um preço) e a dívida deixada pelos 3 bancos existentes ronda as 8,5 vezes o PIB islandês, e o Glitnir, Kaupthing e Landsbanki naturalmente faliram.

A Vanity Fair fez uma reportagem fantástica sobre este país que aconselho vivamente ler:

http://www.vanityfair.com/politics/features/2009/04/iceland200904?printable=true¤tPage=all

Madoff finalmente na cadeia

Bernie Madoff, o responsável pelo maior esquema Ponzi (ou Dona Branca, como por cá é conhecido) da História (ou será o de Sir Allen Stanford???), declarou-se hoje culpado dos crimes de que é acusado, arriscando-se a cerca de 150 anos de prisão.

Uma das mais relevantes regulações num mercado liberal é precisamente a punição. Sem ela, nada é livre, tudo é arbitrário e perigosamente grotesca.

Fica a questão: o que é um mercado ou uma economia sem punição dos infractores ?

Um caos?

Uma economia com incentivo ao crime e à corrupção?

Faz lembrar algum país em particular ?

sexta-feira, março 06, 2009

Main Street vs Wall Street

http://www.thedailyshow.com/video/index.jhtml?videoId=220252&title=cnbc-gives-financial-advice



A sátira aos mercados financeiros. Admito que as vezes parece ser merecido...


Citações Históricas

"We achieved absolutely nothing except that we collected a lot of money from a lot of poor devils and gave it to the four winds." 

Montagu Norman, Bank of England Governor (1920-1944) looking back in 1948 on the effect of central bank action during the 1930's (quoted in the Economist 10-01-09)

quarta-feira, março 04, 2009

Diáspora aveirense do programa Contacto na blogosfera







O seu telemovel vale ouro !

Segundo dados recolhidos pela Bloomberg, cada tonelada de telemovel tem quase 350 g de ouro ! Quem disse que o metal precioso estava fora de moda !? 

Sendo Portugal um dos países com maior indice de penetraçao e utilização de telemovel por habitante, vamos é encher os cofres da nação com telemoveis! Just in case...

terça-feira, março 03, 2009

Autarquicas '09

Finalmente o PS de Aveiro decide o seu candidato, depois de vários nomes falhados e recusas mais ou menos públicas. 

O enorme respeito que tenho pelo Dr Jose Costa não me permite elaborar sobre o facto de notoriamente não ser primeira escolha. 

Contudo, o que me parece evidente é que o PS em Aveiro está altamente fraccionado, e pior que isso, é incapaz de definir um rumo de ruptura com o passado ou, legitimamente, de retoma da herança (pesada) de Alberto Souto. É sob este céu que o Dr. José Costa terá que provar ser uma alternativa real. Para já, não o é.


domingo, março 01, 2009

Tempos sombrios

Muitos de nós, jovens, nunca terão vivido qualquer verdadeira recessão económica, quanto mais uma depressão. Aliás, mesmo aqueles jovens mais atentos à evolução da sociedade e da civilização nunca talvez ponderaram, sequer, que chegasse uma altura em que tanto pode estar hipotecado no seu futuro, como indivíduos, e acima de tudo como sociedade.

 

Com a quantidade de dissertações sobre a actual crise, importa reflectir sobre como tirar partido da actual situação e, se possível, o que aprender para tornar a sociedade como um todo melhor, queira isso dizer uma nacionalização total dos meios de produção e um novo caminho de mercado para optimizar os recursos disponíveis.

 

O choque na procura mundial por bens e serviços vai eliminar milhões de postos de trabalho e causar a falência de inúmeras empresas, grande e pequenas. Todo o mundo até aqui considerado próspero, fora construido sobre um enorme balão de crédito, que subitamente deixou de existir. E sobre este enorme redimensionamento da economia mundial, pouco haverá a fazer, a não ser suavizar alguns efeitos mais devastadores do ponto de vista humano. Mas é indispensável olhar para o futuro – em todo o mundo, e em particular em Portugal – de uma perspectiva de transformação, de inovação, de construção, de optimismo, sob pena de se perder uma oportunidade única –  talvez em séculos – de lançar as bases para uma sociedade e uma economia sustentável e competitiva. Por mais doloroso que possa ser a transição, nomeadamente ao nível do desemprego com as consequentes crises sociais, é um período crítico de inovação. É este o momento das grandes decisões. É agora possível adequar e redimensionar empresas que viveram anos de constrangimento legal para despedir funcionários não produtivos ou excedentários (e isto aplicar-se-ia à função pública, não fosse o inevitável eleitoralismo); é agora possível criar um espírito de competição e mérito, onde a enorme massa de capital humano disponível para trabalhar irá competir não só para manter o posto de trabalho, no caso dos empregados, como para conseguir o melhor emprego possível, no caso dos desempregados (é talvez uma forma cínica de incentivo à produtividade que durante largos períodos andou afastada das relações laborais); é agora possível eliminar do tecido empresarial as empresas não competivivas, numa verdadeira selecção natural darwiniana; é agora possível ver as vantagens de uma economia de mercado forte, mas também as fragilidades do Estado para regular; é, enfim, agora possível elencar as vantagens da integração europeia e da moeda única, cuja presença de Portugal lhe permitiu manter as portas do crédito abertas para continuar a financiar a dívida pública, manter uma moeda estável e taxas de juro adequadamente baixas sem preocupações de ataques cambiais.

 

Mas nem tudo passa pelos agentes económicos. Cabe também ao Estado como supervisor, regulador e entidade responsável por evitar excessos (tarefa que lhe foi confiada e paga a peso de outro pelos contribuintes) a tomada de decisões orçamentais e fiscais adequadas, e acima de tudo, responsável. Depois do natural choque inicial, é necessário implementar medidas arrojadas. Os constrangimentos são, contudo, enormes, mas a altura é a ideal, tanto do ponto de vista de disponibilidade dos eleitores, como da flexibilidade das autoridades europeias nas contas públicas. A margem de erro é, contudo, reduzida, com os mercados a vigiarem de muito perto a viabilidade do próprio país para contrair mais dívida. Assim, urge impor medidas orçamentais estruturais, ou seja, evitar a tentação do keynesianismo das obras públicas, cujo efeito de curto prazo desaparece, mas a dívida fica, e apostar na competitividade fiscal e atractividade de investimento de qualidade. E acima de tudo, evitar ineficiências e injustiças fiscais; impor definitivamente uma política onde o contribuinte perceba por que paga impostos e qual o seu destino. E fazer isto tudo, com o intuito de suavizar efeitos da crise, mas lançando bases para o futuro.

                                                            

Mas não será só a economia que marcará este período. É normalmente nestas alturas mais depressivas que a criatividade surge e se manifesta mais intensamente. É, portanto, previsível, que a criação artistica sofra novo impulso, nas suas diversas vertentes, inspirada na variedade de dramas humanos e temáticas sombrias que estão a assolar o mundo. A manifestação e a concretização na arte dos desesperos sempre trouxe um novo fôlego à pintura, música e literatura. Verdadeiros legados de como é viver tempos sombrios e difíceis. Também aqui poderemos um dia olhar para este período e ver como a sua intensidade espoletou obras intemporais, para além da memória e da experiência pessoal de entender que o mundo nem sempre mantém a rota de felicidade que aparenta; mas que é nas assimptotas que reside a força da humanidade para se renovar, recriar e reaparecer mais forte e mais sustentada.



in Jornal "O Jovem" da JP da Maia